Um retrato de fluidez "feminina" na obra Um sopro de vida

• Autor(a) principal: Vieira, Nathalia Barreto
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/20338
• topic: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::LITERATURA BRASILEIRA; Literatura brasileira; Mulheres na literatura; Feminismo na literatura; Lispector, Clarice

Com base na análise do livro póstumo “Um Sopro de Vida (Pulsações)”, de Clarice Lispector, o presente estudo teve por objetivo investigar como a performance de uma suposta “feminilidade" – representada por Ângela Pralini – é retratada diante do discurso de um narrador (ou “autor”) masculino. Para tanto, a metodologia aplicada para o desenvolvimento do presente estudo foi a revisão bibliográfica. A pesquisa feita teve um aspecto de exploratória-descritiva, tendo um caráter qualitativo. Concluiu-se que, ao grau em que o leitor é apresentado para uma voz masculina que transcorre o livro, mais o leitor se depara com problemas que fazem parte da literatura de Lispector. A narrativa do livro se mostra regulada por questionamentos tais como: “sou um escritor que tem medo da cilada das palavras”. Deste modo, o leitor é exibido a figura de autor implícito masculino. O espectro de descontinuidade e fluidez presente na obra, apesar de sua quase constância, ainda traz discursos que buscam diferir o que seria “masculino” do que seria “feminino”.