Geologia estrutural e estratigrafia da região do Cerro Rayoso, Bacia Neuquén, Argentina
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRJ |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11422/7262 |
Resumo: | No Cerro Rayoso e adjacências, a sul de Chos Malal na pré-cordilheira Argentina, depósitos cretáceos da Bacia Neuquén deformados em regime tectônico de crosta rasa registram a transição de uma bacia de retro arco para bacia de ante-país. Esta transição geotectônica, interpretada como resultado da diminuição do ângulo de subducção da placa proto-pacífica sob a placa Sul-Americana, produziu faixas de dobras e falhas, entre elas o Cinturão Agrio onde se situa a área focada. Nesta área ocorrem falhas reversas de traço N-S com splays NESW e dobras associadas com vergência para oeste e eixos com caimento suave para NNW ou SSE. A estrutura marcante é um braqui-anticlinal em caixa assimétrico com vergência para oeste que cavalga outro antiformal em caixa. A deformação foi acompanhada por sedimentação sin-tectônica dando origem aos depósitos dos Grupos Bajada del Agrio e Neuquén, com deformação cada vez mais suave que seu embasamento e fonte, representada na área pelas sucessões do grupo Mendoza. Estes três grupos estão representados na área por doze unidades de mapeamento que abragem o intervalo do Neocomiano no Eocretáceo até o Cenomaninao no Neocretáceo. A unidade mais antiga é a Formação Agrio do Grupo Mendoza, com três membros mapeáveis: Pilmatué com pelito cinza escuro offshore e intercalações de arenito e coquina (tempestitos?), Avilé com arenitos fluviais representando regressão forçada e, no topo, Água de La Mula, também com pelito cinza offshore, arenito e coquina. Sobre a Formação Agrio ocorrem as formações Huitrín e Rayoso do Grupo Bajada del Agrio. Na Formação Huitrín foram mapeadas duas unidades, inferior com arenitos fluviais e eólicos e, superior com evaporito, carbonato e pelito. Sobre esta aparece a Formação Rayoso com as unidades inferior formada por arenitos litorâneos, média com evaporito, pelito e carbonato de laguna rasa e superior com arenitos e pelitos também litorâneos. No topo da sucessão aparece o Grupo Neuquén com três unidades de arenitos fluviais e eólicos cobrindo em discordância angular os depósitos da Formação Rayoso. O mapeamento geológico foi feito com auxílio de modelos 3D e hillshade e um mosaico georreferenciado de 300 cenas em zoom de detalhe do Google Earth 6.1. |
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Geologia estrutural e estratigrafia da região do Cerro Rayoso, Bacia Neuquén, ArgentinaGeologia EstruturalEstratigrafiaBacia NeuquénCretáceoArgentinaCNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIA::PETROLOGIANo Cerro Rayoso e adjacências, a sul de Chos Malal na pré-cordilheira Argentina, depósitos cretáceos da Bacia Neuquén deformados em regime tectônico de crosta rasa registram a transição de uma bacia de retro arco para bacia de ante-país. Esta transição geotectônica, interpretada como resultado da diminuição do ângulo de subducção da placa proto-pacífica sob a placa Sul-Americana, produziu faixas de dobras e falhas, entre elas o Cinturão Agrio onde se situa a área focada. Nesta área ocorrem falhas reversas de traço N-S com splays NESW e dobras associadas com vergência para oeste e eixos com caimento suave para NNW ou SSE. A estrutura marcante é um braqui-anticlinal em caixa assimétrico com vergência para oeste que cavalga outro antiformal em caixa. A deformação foi acompanhada por sedimentação sin-tectônica dando origem aos depósitos dos Grupos Bajada del Agrio e Neuquén, com deformação cada vez mais suave que seu embasamento e fonte, representada na área pelas sucessões do grupo Mendoza. Estes três grupos estão representados na área por doze unidades de mapeamento que abragem o intervalo do Neocomiano no Eocretáceo até o Cenomaninao no Neocretáceo. A unidade mais antiga é a Formação Agrio do Grupo Mendoza, com três membros mapeáveis: Pilmatué com pelito cinza escuro offshore e intercalações de arenito e coquina (tempestitos?), Avilé com arenitos fluviais representando regressão forçada e, no topo, Água de La Mula, também com pelito cinza offshore, arenito e coquina. Sobre a Formação Agrio ocorrem as formações Huitrín e Rayoso do Grupo Bajada del Agrio. Na Formação Huitrín foram mapeadas duas unidades, inferior com arenitos fluviais e eólicos e, superior com evaporito, carbonato e pelito. Sobre esta aparece a Formação Rayoso com as unidades inferior formada por arenitos litorâneos, média com evaporito, pelito e carbonato de laguna rasa e superior com arenitos e pelitos também litorâneos. No topo da sucessão aparece o Grupo Neuquén com três unidades de arenitos fluviais e eólicos cobrindo em discordância angular os depósitos da Formação Rayoso. O mapeamento geológico foi feito com auxílio de modelos 3D e hillshade e um mosaico georreferenciado de 300 cenas em zoom de detalhe do Google Earth 6.1.Universidade Federal do Rio de JaneiroBrasilInstituto de GeociênciasUFRJRibeiro, Andréhttp://lattes.cnpq.br/0217055111543883Seoane, José Carlos Sícolihttp://lattes.cnpq.br/5256359048551589Schmitt, Renata da Silvahttp://lattes.cnpq.br/2313290767284040Trouw, Rudolph Allard Johanneshttp://lattes.cnpq.br/6311422476235499Oliveira, Felipe Nepomuceno de2019-04-15T16:02:14Z2023-12-21T03:00:13Z2011info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesishttp://hdl.handle.net/11422/7262porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRJinstname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJ2023-12-21T03:00:13Zoai:pantheon.ufrj.br:11422/7262Repositório InstitucionalPUBhttp://www.pantheon.ufrj.br/oai/requestpantheon@sibi.ufrj.bropendoar:2023-12-21T03:00:13Repositório Institucional da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false |
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