Mortalidade infantil por doenças respiratórias agudas na Região Sudeste do Brasil (2009-2014): uma análise a partir dos sistemas de informação do ministério da saúde

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Duarte, Márcia Cristina da Luz
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/15675
Resumo: A magnitude das doenças respiratórias agudas permanece expressiva no Brasil. Casos graves e óbitos, geralmente causados por pneumonia e influenza, são mais frequentes em crianças e idosos. A análise das causas específicas de mortalidade segundo características da população propicia a identificação de grupos mais vulneráveis e subsidia o planejamento de intervenções a fim de reduzir iniquidades. O trabalho teve como objetivo descrever as Taxas de Mortalidade Infantil (TMI) global e específicas por Doenças do Aparelho Respiratório (Cap. X - CID 10); por Infecção Respiratória Aguda (IRA); e por Pneumonia & Influenza (P&I) segundo sexo, idade e raça/cor. No estudo descritivo utilizaram-se dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) referentes à região Sudeste do Brasil de 2009 a 2014. As tabulações foram obtidas por meio do programa TabWin e os dados analisados no Excel Microsoft Office. Foram estimadas TMI pelo Cap. X, IRA e P&I pelo método direto (dividindo-se o número de óbitos de crianças menores de um ano de idade pelo número de nascidos vivos), sendo também estimadas TMI segundo seus componentes: neonatal precoce, tardio e pós-neonatal. Foram comparadas as taxas anuais ao longo do período e as taxas nos triênios 2009-2011 e 2012-2014. A TMI na região Sudeste declinou de 13,2 para 11,7/1.000 NV entre 2009 e 2014. O período neonatal precoce apresentou a TMI mais elevada em ambos os triênios (6,2 e 6,0/1.000 NV). A TMI por Doenças do Aparelho Respiratório, IRA e P&I foram maiores no período pós-neonatal. O sexo masculino apresentou TMI superior ao sexo feminino em todos os anos do período analisado. Na análise por raça/cor, a TMI mais elevada do período foi para a categoria indígena (14,8/1.000 NV), a qual diminuiu 50% entre os triênios (27,6 para 11,5/1.000 NV); na categoria “branca” houve um aumento de 16,8% (11,9-13,7/1.000 NV). Os indígenas apresentaram maior TMI para todos desfechos analisados. Apesar de potenciais limitações na qualidade da informação, a TMI no Sudeste vem caindo, sendo menor que a nacional. Os óbitos infantis prevalecem no período neonatal precoce e no sexo masculino. Observaram-se desigualdades na TMI por doenças respiratórias, IRA e P&I entre os grupos de cor/raça, com desvantagem para os indígenas. A maioria dessas causas de óbito é considerada evitável, demandando ações que promovam redução dessas iniquidades.
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