Bela, recatada e do lar: as imagens do feminino da revista “A Casa” e seus enfrentamentos na contemporaneidade
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRJ |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11422/18988 |
Resumo: | O presente trabalho buscou desenvolver as questões de gênero1 junto ao campo da arquitetura por meio da análise das representações do feminino nas imagens da revista “A Casa”. O objetivo principal foi o de questionar o papel da arquitetura na construção e consolidação de imaginários pautados em discursos de gênero. A questão de gênero foi abordada no campo da arquitetura por Diana Agrest (1988), em seu texto “À margem da arquitetura”. Segundo a teórica, o “sistema da arquitetura” – entendido pelo corpo de textos e regras desenvolvidos no Renascimento – gerou sistematicamente um ser reprimido. O reprimido, ou seja, aquilo que está à margem, é a própria mulher e seu corpo. Como abordado por Zaida Martínez (2018), o conhecimento gerado ao longo da história é um conhecimento masculino e portanto, no qual as mulheres não se reconhecem. A fim de identificar o processo de transformação da Casa como um periódico de arquitetura para um manual feminino, produziu-se uma linha do tempo que relaciona as mudanças do editorial da revista durante seu período de veiculação, 1923 a 1952, a eventos históricos significativos do país. A partir dessa análise, foram identificados dois momentos de direcionamento explícito ao público feminino, ocorridos nos anos de 1931 e 1945. Ambos corroboram para a conexão direta entre o ideal doméstico de consumo, atribuído ao gênero feminino, e a produção do trabalho que gera renda no âmbito público, atribuída ao gênero masculino. Estabeleceu-se um recorte organizado em três blocos definidos pelos anos de direcionamento do conteúdo para mulheres e, adicionalmente, pelo ano de lançamento do periódico, a saber, Bloco 1, 1923-1924, Bloco 2, 1931 e Bloco 3, 1945. Foram selecionadas três edições de cada bloco, cujas imagens foram selecionadas de acordo com as seguintes categorias: I) tem a presença efetiva de mulheres; e II) sugerem a presença feminina sob uma narrativa pautada em questões de gênero. Tais categorias foram subdivididas a fim de identificar a relação do gênero com o espaço interior ou exterior. Então, realizou-se um levantamento do número total de imagens em cada categoria criada a fim de se comparar os anos do recorte estabelecido. |
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Bela, recatada e do lar: as imagens do feminino da revista “A Casa” e seus enfrentamentos na contemporaneidadeArquitetura - PeriódicosGêneroRepresentaçãoCNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::ARQUITETURA E URBANISMOO presente trabalho buscou desenvolver as questões de gênero1 junto ao campo da arquitetura por meio da análise das representações do feminino nas imagens da revista “A Casa”. O objetivo principal foi o de questionar o papel da arquitetura na construção e consolidação de imaginários pautados em discursos de gênero. A questão de gênero foi abordada no campo da arquitetura por Diana Agrest (1988), em seu texto “À margem da arquitetura”. Segundo a teórica, o “sistema da arquitetura” – entendido pelo corpo de textos e regras desenvolvidos no Renascimento – gerou sistematicamente um ser reprimido. O reprimido, ou seja, aquilo que está à margem, é a própria mulher e seu corpo. Como abordado por Zaida Martínez (2018), o conhecimento gerado ao longo da história é um conhecimento masculino e portanto, no qual as mulheres não se reconhecem. A fim de identificar o processo de transformação da Casa como um periódico de arquitetura para um manual feminino, produziu-se uma linha do tempo que relaciona as mudanças do editorial da revista durante seu período de veiculação, 1923 a 1952, a eventos históricos significativos do país. A partir dessa análise, foram identificados dois momentos de direcionamento explícito ao público feminino, ocorridos nos anos de 1931 e 1945. Ambos corroboram para a conexão direta entre o ideal doméstico de consumo, atribuído ao gênero feminino, e a produção do trabalho que gera renda no âmbito público, atribuída ao gênero masculino. Estabeleceu-se um recorte organizado em três blocos definidos pelos anos de direcionamento do conteúdo para mulheres e, adicionalmente, pelo ano de lançamento do periódico, a saber, Bloco 1, 1923-1924, Bloco 2, 1931 e Bloco 3, 1945. Foram selecionadas três edições de cada bloco, cujas imagens foram selecionadas de acordo com as seguintes categorias: I) tem a presença efetiva de mulheres; e II) sugerem a presença feminina sob uma narrativa pautada em questões de gênero. Tais categorias foram subdivididas a fim de identificar a relação do gênero com o espaço interior ou exterior. Então, realizou-se um levantamento do número total de imagens em cada categoria criada a fim de se comparar os anos do recorte estabelecido.Universidade Federal do Rio de JaneiroBrasilFaculdade de Arquitetura e UrbanismoUFRJOliveira, Flávia Santos deCosta, Elisa Clemente da Fonseca2022-10-27T00:06:22Z2023-12-21T03:07:39Z2021-11info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisCOSTA, Elisa Clemente da Fonseca. Bela, recatada e do lar: as imagens do feminino da revista “A Casa” e seus enfrentamentos na contemporaneidade. 2021. 107 f. Trabalho Final de Graduação (Graduação em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2021.http://hdl.handle.net/11422/18988porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRJinstname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJ2023-12-21T03:07:39Zoai:pantheon.ufrj.br:11422/18988Repositório InstitucionalPUBhttp://www.pantheon.ufrj.br/oai/requestpantheon@sibi.ufrj.bropendoar:2023-12-21T03:07:39Repositório Institucional da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false |
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