Crise de mobilidade urbana e realização de megaeventos nas metrópoles brasileiras: uma análise sobre acessibilidade e tempo de deslocamento

• Autor(a) principal: Alexandrino, Paulo Felipe Reis Bistene
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/19753
• topic: Investimentos; Infraestrutura urbana; Metrópole; Mobilidade; Tempo; Deslocamento; CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::ECONOMIA

A Copa do Mundo FIFA 2014 exigiu ampla mobilização de recursos para o provimento da infraestrutura requerida para sua realização. Dentre os investimentos planejados, os de mobilidade urbana eram apresentados como justificativa para o evento. Dez das onze cidades-sede receberiam projetos orçados em R$ 8 bilhões, para melhorias viárias, em sistemas de BRT e VLT e adequação de acesso às arenas. Nos anos anteriores ao evento, as principais regiões metropolitanas do país registraram pioras em indicadores de tempo de deslocamento, congestionamento e vitimização de acidentes de trânsito, ao que se denominou “crise da mobilidade urbana”. Desta forma, os investimentos a serem realizados para a Copa foram anunciados como um “legado”, já que seriam utilizados não apenas para os eventos, mas atenderiam às necessidades da população das cidades-sede. Contudo, atrasos, cancelamentos e aumentos de valores caracterizaram a execução dos projetos. A ênfase dada ao modais motorizados, levantaram questionamentos sobre a manutenção de um padrão de mobilidade urbana que havia produzido a crise. Esta monografia busca avaliar o impacto da conclusão das obras de mobilidade no tempo de deslocamento casa-trabalho nas cidades-sede entre os anos de 2014 e 2015, utilizando dados da PNAD-IBGE. Para tanto, ela se divide em: i) referencial teórico; ii) descrição da crise de mobilidade e suas origens históricas; iii) apresentação das obras de mobilidade planejadas para a Copa do Mundo; iv) apresentação da base de dados e de suas estatísticas descritiva; v) estimação dos modelos econométricos por meio do método dos mínimos quadrados empilhados. Os resultados encontrados indicam um efeito heterogêneo entre as diferentes regiões metropolitanas, com um efeito nulo para a média agregada.