Aos loucos, a cidade: projeto de residência terapêutica

• Autor(a) principal: Carvalho, Raphaelle Tavares de
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/19032
• topic: CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::ARQUITETURA E URBANISMO; Saúde mental; Habitação; Humanização; Desinstitucionalização

As Residências Terapêuticas são uma alternativa de moradia para a desinstitucionalização de pacientes com transtornos mentais advindos de longas internações em instituições psiquiátricas. Estas Residências buscam superar a ideia do hospital psiquiátrico como principal espaço para a atenção e o morar terapêutico das pessoas em sofrimento mental. Neste modelo o espaço hospitalar como moradia dá lugar a um lar de fato. A implantação das Residências Terapêuticas vai ao encontro das premissas de desinstitucionalização, promoção de autonomia, reinserção social e oferta de tratamento digno previstas na Reforma Psiquiátrica Brasileira. Esta Reforma foi formalmente instituída em 2001 pela Lei Federal nº 10.216, que redirecionou o modelo assistencial da saúde mental após mais de 20 anos de reivindicações do Movimento da Luta Antimanicomial e após mais de 50 anos da notável empreitada da psiquiatra Nise da Silveira, que ofereceu a seus clientes assistência terapêutica com olhar humanizado em uma época que ainda se acreditava no isolamento, nos eletrochoques e nas camisas de força como tratamento adequado. Este trabalho final de graduação explora a relação entre produção arquitetônica residencial e saúde mental. Como resultado almeja propor um projeto de Residência Terapêutica para um recorte específico da cidade do Rio de Janeiro, no bairro do Engenho de Dentro, a fim de suprir as necessidades básicas e existenciais do habitar de seus potenciais clientes, auxiliando assim no seu processo de desinstitucionalização.