São Cristovão, São Januário e Barreira do Vasco: a subjetividade e a transgressão como instrumentos para o rompimento dos limites e livre manifestação dos corpos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mello, Luiz Gustavo Costa
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/19019
Resumo: Este trabalho se debruça sobre o bairro de São Cristóvão, São Januário e a Favela Barreira do Vasco, na Zona Central do Rio de Janeiro. Parte de minhas experiências pessoais e se desenvolve ao redor das narrativas e memória daqueles que vivem e dão vida ao lugar em suas diversas esferas. Suas subjetividades e a transfressãodas lógicas que limitam os espaços e os indivíduos. Antes casa da Aldeia Indígena dos Tamoios -exterminada pelos portugueses em 1565-, o bairro de São Cristóvão foi fundado em 1627, junto à Igreja de São Cristóvão, à beira do mar na época. O local acumula diversos tempos em suas materialidades e histórias, desde sua configuração como Bairro Imperial em 1810, até sua consolidação como Bairro Industrial em 1889, junto à queda do Império. Nos conta a história do Rio de Janeiro e do Brasil. Ao percorrer o lugar, tem-se como inquietação inicial a tensão na relação entre os limites (fisicos ou não) e seu papel na construção de uma paisagem urbana onde os corpos são controlados, o verde é negado e a memória negligenciada. Mais importante que isso, observa-se, também, as maneiras encontradas pelas pessoas para aproveitar ao máximo o lugar, rompendo com as lógicas da terra na política urbana e criando e pulsando espaços de festa, coletividade e significado. Nesse sentido, tendo a Praça Carmela Dutra, coração da Favela Barreira do Vasco, como modelo de um espaço público como espaço político, o trabalho atua em um recorte que inclui os Reservatórios do Morro do Pedregulho (1880), o Estádio São Januário (1927) e os galpões industriais da Rua Ricardo Machado (a partir de 1940, com a construção da Avenida Brasil). Sendo essas, infraestruturas urbanas que, quando interagem com os corpos do local, o fazem de maneira que nega a existência e o acesso delas. O estudo tem como objetivo incentivar o atravessamento dessas estruturas, compreendendo seus limites e as formas de transgressão já existentes e utilizadas e criadas pelos indivíduos.
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