Caracterização geológica com base em pesquisa bibliográfica da bacia de Sergipe-Alagoas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2000 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRJ |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11422/8861 |
Resumo: | A Bacia de Sergipe-Alagoas situa-se no litoral nordeste do Brasil e abrange uma área de 45.760 km², sendo 13 .000 km² na porção emersa, estendendo-se por 32.760 km² na porção submersa, considerando-se a cota batimétrica de 3 000 metros. A bacia ocupa uma faixa alongada NE-SW com aproximadamente 350 km paralela a costa, entre os paralelos 9° e 11 °30' S. A estratigrafia de sequências na Bacia de Segipe-Alagoas mostra um desenvolvimento desde a idade Permo-carbonífera até o presente, com sedimentos que congregam características dos mais diversos ambientes deposicionais. Esta bacia possui um arcabouço tectônico estabelecido pelas diversas etapas do processo de rifteamento que causou a ruptura entre a África e América do Sul, podendo ser feita uma correlação entre esta bacia, através das estruturas formadas pelo processo de rifteamento que co n sistem de uma série de halj-grabens com mergulho aproximado de 10-150 para SW, cercados por uma série de zonas transcorrentes com direção NE, e as bacias conjugadas do Oeste Africano (Meyers et alii, 1996). A história deposicional na área iniciou-se no fin al do Paleozóico (PermoCarbonífero)com a fase de sinéclise interi o r que perdurou até o final do Jurássico, incluindo também o início do Cretáceo (Neocomiano ), gerando um registro sedimentar caracterizado por sedimentos de origem continental. A partir do Neocomiano (Hauteriviano) a Bacia de Sergipe-Alagoas começou a sofrer os reflexos da abertura do Oceano Atlântico desenvolvendo a fase rift até a metade do Aptiano, quando então passou a ter um caráter transicional e por segui nte do final do Aptiano até os tempo s atuais evoluiu para uma bacia do tipo margem passiva. A produção de hidrocarbonetos é conhecida em todos os intervalos estratigráficos na Bacia de Sergipe-Alagoas, exceto no Paleozóico (Van der Ven et alii., 1'989) . Os reservatórios tem sido classificados tectono-estratigraficamente, como: sedimentos pré-rift, rift, e pós-rift. A maior parte da recuperação de hidrocarbonetos na bacia ocorre nos reservatórios na porção elá st ica pós-rift da Formação Muribeca no Aptiano, depositada em lagos e mares restritos, durante a fase transicional do desenvolvimento da Bacia. As correlações entre os óleos analisado s das rochas geradoras identificadas na bacia determinaram dois grandes pacotes geradores, representados pelo s sedimentos do Andar Alagoas e dos andares Jiquiá e Buracica/Aratu/Rio da Serra, que geraram óleos com características genéticas marinhas e/ou evaporíticas e continentais, respectivamente (Babinski & Santos apud Falkenhein et alii , 1985).As rochas selantes são os evaporitos e folhelhos marinhos depositados entre o Aptiano-Albiano até o Maestrichtiano (Aquino & Lana , 1990; Gaglianone et al. , 1991). A formação de trapas começa logo após o final da deposição das rochas geradoras e prolongase até o Paleogeno, são essencialmente estruturais devido a compartimentação de toda a Bacia causada pelo processo de rifteamento, porém entre o Albiano e o Cenomaniano, ocorreu uma subsidência termal pós-rift que possibilitou a deposição de carbonatos marinhos sobre evaporitos de mar fechado, propiciando a formação de estruturas halocinéticas de grande porte, que afetam a seção pós-Aptiana, como nas bacias de Campos e Santos. Foram descobertos na bacia 28 campos de petróleo, sendo 23 em terra e 5 no mar. A produção atual é de aproximadamente 23.000 barris/ dia de óleo equivalente (dezembro 99), acumulada de 660x 106 barris e uma reserva de 4lOx106 barris (dezembro 97) . Apesar da longa história, em especial na porção emersa, onde o esforço exploratório foi mais intenso, essa Bacia ainda apresenta boas possibilidades exploratórias na parte ojf-shore , onde já se iniciou um estudo mais detalhado, principalmente nos turbiditos Calumbi, aonde obteve-se resultados satisfatório. |
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Caracterização geológica com base em pesquisa bibliográfica da bacia de Sergipe-AlagoasBacia de Sergipe-AlagoasGeologiaCNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIAA Bacia de Sergipe-Alagoas situa-se no litoral nordeste do Brasil e abrange uma área de 45.760 km², sendo 13 .000 km² na porção emersa, estendendo-se por 32.760 km² na porção submersa, considerando-se a cota batimétrica de 3 000 metros. A bacia ocupa uma faixa alongada NE-SW com aproximadamente 350 km paralela a costa, entre os paralelos 9° e 11 °30' S. A estratigrafia de sequências na Bacia de Segipe-Alagoas mostra um desenvolvimento desde a idade Permo-carbonífera até o presente, com sedimentos que congregam características dos mais diversos ambientes deposicionais. Esta bacia possui um arcabouço tectônico estabelecido pelas diversas etapas do processo de rifteamento que causou a ruptura entre a África e América do Sul, podendo ser feita uma correlação entre esta bacia, através das estruturas formadas pelo processo de rifteamento que co n sistem de uma série de halj-grabens com mergulho aproximado de 10-150 para SW, cercados por uma série de zonas transcorrentes com direção NE, e as bacias conjugadas do Oeste Africano (Meyers et alii, 1996). A história deposicional na área iniciou-se no fin al do Paleozóico (PermoCarbonífero)com a fase de sinéclise interi o r que perdurou até o final do Jurássico, incluindo também o início do Cretáceo (Neocomiano ), gerando um registro sedimentar caracterizado por sedimentos de origem continental. A partir do Neocomiano (Hauteriviano) a Bacia de Sergipe-Alagoas começou a sofrer os reflexos da abertura do Oceano Atlântico desenvolvendo a fase rift até a metade do Aptiano, quando então passou a ter um caráter transicional e por segui nte do final do Aptiano até os tempo s atuais evoluiu para uma bacia do tipo margem passiva. A produção de hidrocarbonetos é conhecida em todos os intervalos estratigráficos na Bacia de Sergipe-Alagoas, exceto no Paleozóico (Van der Ven et alii., 1'989) . Os reservatórios tem sido classificados tectono-estratigraficamente, como: sedimentos pré-rift, rift, e pós-rift. A maior parte da recuperação de hidrocarbonetos na bacia ocorre nos reservatórios na porção elá st ica pós-rift da Formação Muribeca no Aptiano, depositada em lagos e mares restritos, durante a fase transicional do desenvolvimento da Bacia. As correlações entre os óleos analisado s das rochas geradoras identificadas na bacia determinaram dois grandes pacotes geradores, representados pelo s sedimentos do Andar Alagoas e dos andares Jiquiá e Buracica/Aratu/Rio da Serra, que geraram óleos com características genéticas marinhas e/ou evaporíticas e continentais, respectivamente (Babinski & Santos apud Falkenhein et alii , 1985).As rochas selantes são os evaporitos e folhelhos marinhos depositados entre o Aptiano-Albiano até o Maestrichtiano (Aquino & Lana , 1990; Gaglianone et al. , 1991). A formação de trapas começa logo após o final da deposição das rochas geradoras e prolongase até o Paleogeno, são essencialmente estruturais devido a compartimentação de toda a Bacia causada pelo processo de rifteamento, porém entre o Albiano e o Cenomaniano, ocorreu uma subsidência termal pós-rift que possibilitou a deposição de carbonatos marinhos sobre evaporitos de mar fechado, propiciando a formação de estruturas halocinéticas de grande porte, que afetam a seção pós-Aptiana, como nas bacias de Campos e Santos. Foram descobertos na bacia 28 campos de petróleo, sendo 23 em terra e 5 no mar. A produção atual é de aproximadamente 23.000 barris/ dia de óleo equivalente (dezembro 99), acumulada de 660x 106 barris e uma reserva de 4lOx106 barris (dezembro 97) . Apesar da longa história, em especial na porção emersa, onde o esforço exploratório foi mais intenso, essa Bacia ainda apresenta boas possibilidades exploratórias na parte ojf-shore , onde já se iniciou um estudo mais detalhado, principalmente nos turbiditos Calumbi, aonde obteve-se resultados satisfatório.Universidade Federal do Rio de JaneiroBrasilInstituto de GeociênciasUFRJAbreu, Carlos Jorgehttp://lattes.cnpq.br/0298294865365128http://lattes.cnpq.br/1644153033875925Margueron, Claudiohttp://lattes.cnpq.br/2701425513569008Bettini, Cláudiohttp://lattes.cnpq.br/2763042240539946Costa, Vagner Luis Ferreira da2019-07-19T14:18:14Z2023-12-21T03:01:26Z2000-03info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesishttp://hdl.handle.net/11422/8861porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRJinstname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJ2023-12-21T03:01:26Zoai:pantheon.ufrj.br:11422/8861Repositório InstitucionalPUBhttp://www.pantheon.ufrj.br/oai/requestpantheon@sibi.ufrj.bropendoar:2023-12-21T03:01:26Repositório Institucional da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false |
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