A crítica Sraffiana à Teoria Neoclássica no âmbito do equilíbrio geral de longo prazo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Daudt, Gabriel Marino
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/2081
Resumo: A partir de 1960, com a publicação do livro Produção de Mercadorias por Meio de Mercadorias: Prelúdio a uma Crítica da Teoria Econômica por Piero Sraffa, teve início um dos mais intensos debates sobre teoria econômica. Essa obra teve um duplo impacto: (i) propôs uma solução para o problema do valor, retomando a abordagem clássica do excedente há muito esquecida e (ii) iniciou uma crítica à corrente teórica dominante no campo da Economia. De acordo com o segundo ponto levantado acima, que será explorado nesse trabalho, o mainstream economics apresenta falhas lógicas internas. Sob a égide do tradicional conceito de equilíbrio geral de longo prazo, a mensuração do fator de produção “capital” em valor faz com que a teoria marginalista caia em raciocínios circulares. Não obstante, a escola sraffiana mostrou que é impossível determinar a dotação de capital de forma independente da distribuição de renda e mostrou também que é possível (e provável) que a curva de demanda por capital não seja “bem comportada”, isto é, que ela não seja negativamente inclinada, como é necessário para as análises marginalistas possuírem significado. Admitidas essas falhas lógicas, não há como conciliar o tradicional método de longo prazo com a análise marginalista.
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