Efeitos da tricostatina A, um inibidor de histonas desacetilases, em Angomonas deanei, um tripanosomatídeo com endossimbionte
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRJ |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11422/19278 |
Resumo: | Angomonas deanei é um tripanosomatídeo monoxênico que possui em seu citoplasma uma bactéria simbiótica. Nessa relação mutualística, a divisão da bactéria é controlada pelo hospedeiro durante o ciclo celular e é dependente do citoesqueleto de microtúbulos, de forma que cada célula filha herde apenas um endossimbionte. Histonas Desacetilases (HDACs) são enzimas que catalisam a retirada de radicais acetil (desacetilação) de proteínas tais como histonas e tubulina, podendo influenciar na expressão gênica e no dinamismo do citoesqueleto do tripanosomatídeo. A Tricostatina A (TSA) é um inibidor de HDACs utilizado como agente antitumoral e antiparasitário e, mais recentemente, como agente quimioterápico contra Trypanosoma cruzi. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi analisar os efeitos da TSA sobre Angomonas deanei, especialmente a fim de investigar se a divisão sincronizada do simbionte com outras estruturas celulares é afetada. Células controle e tratadas com diferentes doses do inibidor por até 60 horas foram então analisadas por Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) e de Transmissão (MET) e por Contrastação Negativa. A técnica de imunofluorescência usando anticorpo anti-tubulina acetilada foi utilizada para avaliar os efeitos do composto sobre o citoesqueleto do protozoário hospedeiro e sobre o endossimbionte. Além disso, foi analisada a relação entre a proliferação e viabilidade celular e a progressão do ciclo celular. Os resultados mostraram inibição da proliferação, mas não da viabilidade. Alterações morfológicas e ultraestruturais foram observadas em protozoários tratados, como a não segregação do simbionte e alterações no arranjo do citoesqueleto, assim como parada do ciclo celular na fase G1. Concluimos que a inibição da desacetilação afeta a sincronia de divisão do simbionte com o protozoário hospedeiro e que a divisão da bactéria depende do dinamismo dos microtúbulos. |
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Efeitos da tricostatina A, um inibidor de histonas desacetilases, em Angomonas deanei, um tripanosomatídeo com endossimbionteSimbioseMicrotúbulosHistona DesacetilaseSymbiosisMicrotubulesHistone DeacetylaseCNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::MICROBIOLOGIACNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::IMUNOLOGIAAngomonas deanei é um tripanosomatídeo monoxênico que possui em seu citoplasma uma bactéria simbiótica. Nessa relação mutualística, a divisão da bactéria é controlada pelo hospedeiro durante o ciclo celular e é dependente do citoesqueleto de microtúbulos, de forma que cada célula filha herde apenas um endossimbionte. Histonas Desacetilases (HDACs) são enzimas que catalisam a retirada de radicais acetil (desacetilação) de proteínas tais como histonas e tubulina, podendo influenciar na expressão gênica e no dinamismo do citoesqueleto do tripanosomatídeo. A Tricostatina A (TSA) é um inibidor de HDACs utilizado como agente antitumoral e antiparasitário e, mais recentemente, como agente quimioterápico contra Trypanosoma cruzi. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi analisar os efeitos da TSA sobre Angomonas deanei, especialmente a fim de investigar se a divisão sincronizada do simbionte com outras estruturas celulares é afetada. Células controle e tratadas com diferentes doses do inibidor por até 60 horas foram então analisadas por Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) e de Transmissão (MET) e por Contrastação Negativa. A técnica de imunofluorescência usando anticorpo anti-tubulina acetilada foi utilizada para avaliar os efeitos do composto sobre o citoesqueleto do protozoário hospedeiro e sobre o endossimbionte. Além disso, foi analisada a relação entre a proliferação e viabilidade celular e a progressão do ciclo celular. Os resultados mostraram inibição da proliferação, mas não da viabilidade. Alterações morfológicas e ultraestruturais foram observadas em protozoários tratados, como a não segregação do simbionte e alterações no arranjo do citoesqueleto, assim como parada do ciclo celular na fase G1. Concluimos que a inibição da desacetilação afeta a sincronia de divisão do simbionte com o protozoário hospedeiro e que a divisão da bactéria depende do dinamismo dos microtúbulos.Universidade Federal do Rio de JaneiroBrasilInstituto de Microbiologia Paulo de GóesUFRJMotta, Maria Cristina Machadohttp://lattes.cnpq.br/6803108380089156Zuma, Aline AraújoSá, Marta Helena Branquinha deNascimento, Michelle Tanny Cunha doCatta-Preta, Carolina Moura CostaBou-Habib, Elvira Maria ChequerMoraes, Júlia Ribeiro2022-12-01T17:51:32Z2023-12-21T03:09:37Z2018-11-30info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisMORAES, J. R. (2018). Efeitos da tricostatina A, um inibidor de histonas desacetilases, em Angomonas deanei, um tripanosomatídeo com endossimbionte [Trabalho de Conclusão de Curso, Universidade Federal do Rio de Janeiro]. Repositório Institucional Pantheon.http://hdl.handle.net/11422/19278porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRJinstname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJ2023-12-21T03:09:37Zoai:pantheon.ufrj.br:11422/19278Repositório InstitucionalPUBhttp://www.pantheon.ufrj.br/oai/requestpantheon@sibi.ufrj.bropendoar:2023-12-21T03:09:37Repositório Institucional da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false |
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