Avaliação do potencial biotecnológico da palha de cana-de-açúcar para a produção de etanol de segunda geração

• Autor(a) principal: Pedro, Kelly Cristina Nascimento Rodrigues
• Data de Publicação: 2010
• Outros Autores: Melo, Patrycia Garcia de
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/18523
• topic: CNPQ::ENGENHARIAS::ENGENHARIA QUIMICA::TECNOLOGIA QUIMICA::ALCOOL; Cana-de-açúcar; Palha; Etanol; Produção

O desenvolvimento tecnológico tem levado à diminuição das reservas energéticas mundiais, assim como o uso dos combustíveis fósseis vem provocando aumento no aquecimento global. Diante dessa problemática, tem-se apresentado interesse por fontes de energia alternativas e renováveis. A palha de cana-de-açúcar, material lignocelulósico, é um resíduo agrícola abundante no Brasil, e representa uma importante fonte de biomassa (resíduos orgânicos) para a produção de etanol de segunda geração. A palha se converteu em um problema de ordem ecológica, por ter sido queimada indiscriminadamente durante muitos anos. O objetivo deste trabalho foi avaliar o aproveitamento das frações polissacarídicas da palha gerada na produção de cana-de-açúcar como matéria-prima para a produção de etanol de segunda geração. Para isso, a fração hemicelulósica foi separada do complexo lignocelulósico, através de um pré-tratamento ácido, que teve suas condições determinadas através de um planejamento experimental, onde se objetivou conseguir o hidrolisado nas condições de melhor concentração de xilose com a menor concentração possível de solução de ácido H2SO4. Deste processo, foi obtido um resíduo sólido denominado celulignina, que foi submetido a diferentes metodologias de deslignificação em busca da que melhor se adequasse ao processo denominado SSF (Simultaneous Saccharification and Fermentation) onde utilizou-se a levedura comercial Saccharomyces cerevisiae. Para a fermentação das pentoses obtidas da fração hemicelulósica, foi realizada uma fermentação em batelada utilizando o microorganismo Pichia stipitis. A caracterização da matéria-prima foi realizada pelo método Klason e a determinação da Lignina Ácido Solúvel foi feita através do protocolo da NREL (National Renewable Enerny Laboratory). Foi possível utilizar todas as frações polissacarídicas da palha para a produção de etanol de segunda geração, uma vez que estas forem separadas e processadas de forma diferente. Com a fração hemicelulósica obteve-se uma concentração de 20g/L de etanol, e para o caso do SSF 51 g/L.