Habitar o Centro: novas perspectivas e prática

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lemme, Alice Ballesté
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/19496
Resumo: O esvaziamento do Centro do Rio de Janeiro ocorre desde a segunda metade do século XX, e agravou-se na conjuntura de crise política, econômica e sanitária — em decorrência da pandemia causada pelo novo coronavírus 19. Dado fenômeno pode ser explicado pelos seguintes fatores: a legislação urbanística com vistas à setorização da cidade; a transferência da capital; as transformações econômicas; a valorização de outros centros urbanos como centralidade de negócios, dentre outros. Na década de 1970, este quadro entrou em evidência. Devido a isso, diversos programas foram formulados, pelo poder público, com o intuito de requalificar o Centro. O Corredor Cultural, por exemplo, foi um programa de preservação do centro histórico do Rio de Janeiro que teve premissas inovadoras, e contribuiu para a mudança, em âmbito nacional, da visão de patrimônio entre as esferas administrativas. Posteriormente, ocorreu a criação das APACs, o sancionamento da ‘Lei do Centro’, a formulação do programa Novas Alternativas e a elaboração de projetos de revitalização da região portuária. Nota-se, no entanto, uma incongruência entre a ideia de esvaziamento — marcada pelos imóveis vacantes, subutilizados e em deterioração — e o aumento da população em situação de rua, que se concentra na região central. Esta situação foi exacerbada pela atual crise alavancada pela pandemia. Diante deste contexto, o presente trabalho visa à elaboração de um projeto arquitetônico habitacional inserido na quadra delimitada pelas vias Senador Pompeu, Visconde da Gávea, Alexandre Mackenzie e Marechal Floriano. O projeto tem como diretrizes o fornecimento de habitação de interesse social (HIS), ou seja, a viabilização econômica e técnica de edificações destinadas a unidades para núcleos familiares com renda entre 0 a 6 salários mínimos; a melhoria da caminhabilidade no trajeto mencionado; e a recuperação de edificações preservadas em arruinamento, com o intuito de ocupar de maneira produtiva estes espaços e, com isso, permitir a devolução do patrimônio para a sociedade. O recorte insere-se no Setor Central do Brasil do programa Reviver Centro, elaborado em 2021 pelo poder executivo municipal.
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