Análise filogenética do gênero Lissoscarta Stal, 1869 (Hemiptera: Cicadellidae: Cicadellinae)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Felix, Márcio Eduardo
Data de Publicação: 1999
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/3605
Resumo: The Neotropical genus Lissoscarta Stâl is composed of seven known species: L. beckeri Mejdalani & Felix, L. catutara Young, L. nipata Young, L. pebasensis Young, L. pereneensis Young, L. schlingeri Young, and L. vespiformis (Fabricius). These species are ve1y similar in terms of color and externai morphology and can be identified only through the study of the male genitalia. The members of this genus are apparently Batesian mimics of wasps of the tribe Epiponini (Vespidae: Polistinae). This case of mimicry involves morphological and behavioral features. A phylogenetic analysis of Lissoscarta (excluding L. pebasensis, known only from females) employing the methodology of Phylogenetic Systematics (cladistics) is presented in this study. The external morphology of Lissoscarta with regard to the characters employed in the analysis, as well as the morphology of the male genitalia and the coloration, is detailly described. The following outgroups were selected through the criterion of general similarity with the ingroup: Amblyscartidia albofasciata (Walker), Dilobopterus exaltatus (Fabricius), Dilobopterus trinotatus (Signoret), and Dilobopterus vicinus (Signoret). Only one unrooted diagram was obtained from the data matrix, which included 88 characters and ten species. The monophyletic condition of Lissoscarta is supported by sixteen synapomorphies. The monophyly of this genus, which was subjectively based on the uniformity and exclusiveness of the mimetic pattem of its species, is thus corroborated. One of the most conspicuous apomorphic features of Lissoscarta is the abdomen strongly constricted at the base (a unique aspect within the Cicadellini), which simulates the abdominal petiole of the wasps. Some mimicry-related features of Lissoscarta apparently originated in Dilobopterus Signoret. Severa] of these apomorphies are probably the result of gradual, morphologically directed transfonnations in the Dilobopterus-Lissoscarta lineage. Tirns, the Neotropical genus Dilobopterus, which has about 5 l species, may be a paraphyletic taxon. Lissoscarta is possibly a specialized lineage of this genus in which mimetic features have arisen. Characters from the male pygofer and from the aedeagus were the ones that contributed mostly to the obtained topology. TI1ese structures show a clear increase in morphological complexity that is characterized by the variability of shapes and development of processes. On the other hand, the characters from the externai morphology and from the coloration were more conservative in Lissoscarta. This aspect may be explained by the direct relationship of states of these characters with the composition of the aposematic mimetic signal to the predator. This signal has a high significance in fitness to the mimic, due to the reduction of the risk of predation.
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A phylogenetic analysis of Lissoscarta (excluding L. pebasensis, known only from females) employing the methodology of Phylogenetic Systematics (cladistics) is presented in this study. The external morphology of Lissoscarta with regard to the characters employed in the analysis, as well as the morphology of the male genitalia and the coloration, is detailly described. The following outgroups were selected through the criterion of general similarity with the ingroup: Amblyscartidia albofasciata (Walker), Dilobopterus exaltatus (Fabricius), Dilobopterus trinotatus (Signoret), and Dilobopterus vicinus (Signoret). Only one unrooted diagram was obtained from the data matrix, which included 88 characters and ten species. The monophyletic condition of Lissoscarta is supported by sixteen synapomorphies. The monophyly of this genus, which was subjectively based on the uniformity and exclusiveness of the mimetic pattem of its species, is thus corroborated. One of the most conspicuous apomorphic features of Lissoscarta is the abdomen strongly constricted at the base (a unique aspect within the Cicadellini), which simulates the abdominal petiole of the wasps. Some mimicry-related features of Lissoscarta apparently originated in Dilobopterus Signoret. Severa] of these apomorphies are probably the result of gradual, morphologically directed transfonnations in the Dilobopterus-Lissoscarta lineage. Tirns, the Neotropical genus Dilobopterus, which has about 5 l species, may be a paraphyletic taxon. Lissoscarta is possibly a specialized lineage of this genus in which mimetic features have arisen. Characters from the male pygofer and from the aedeagus were the ones that contributed mostly to the obtained topology. TI1ese structures show a clear increase in morphological complexity that is characterized by the variability of shapes and development of processes. On the other hand, the characters from the externai morphology and from the coloration were more conservative in Lissoscarta. This aspect may be explained by the direct relationship of states of these characters with the composition of the aposematic mimetic signal to the predator. This signal has a high significance in fitness to the mimic, due to the reduction of the risk of predation.FAPERJCAPESO gênero neotropical Lissoscarta Stâl é composto por sete espécies conhecidas: L. beckeri Mejdalani & Felix, L. catutara Young, L. nipata Young, L. pebasensis Young, L. pereneensis Young, L. schlingeri Young e L. vespiformis (Fabricius). Essas espécies são muito semelhantes em tennos de coloração e morfologia externa, podendo ser identificadas somente através do estudo da genitália masculina. Os integrantes desse gênero são, aparentemente, mímicos batesianos de vespas da tribo Epiponini (Vespidae: Polistinae). Esse caso de mimetismo envolve não só características morfológicas, mas também aspectos comportamentais. Uma análise filogenética de Lissoscarta (excluindo-se L. pebasensis, conhecida somente por fêmeas), empregando-se os métodos da Sistemática Filogenética (cladística), é apresentada nesta dissertação. A morfologia externa de Lissoscarta, referente aos caracteres utilizados na análise, assim como a morfologia da genitália masculina e a coloração, é detalhadamente descrita. Os grupos-externos, escolhidos pelo critério de similaridade geral com o grupo-interno, foram os seguintes: Amblyscartidia albofasciata (Walker), Dilobopterus exaltatus (Fabricius), Dilobopterus trinotatus (Signoret) e Dilobopterus vicinus (Signoret). A partir da matriz de dados, com 88 caracteres e dez espécies, obteve-se apenas wn diagrama não-enraizado. A condição monofilética de Lissoscarta, subjetivamente baseada na unifonnidade e exclusividade do padrão mimético de suas espécies, é corroborada, sendo agora sustentada por dezesseis sinapomorfias. A presença de uma forte constrição na base do abdome (aspecto singular nos Cicadellini), simulando o pecíolo abdominal das vespas, é uma das mais conspícuas características apomórficas desse gênero. Determinados aspectos possivelmente relacionadas ao mimetismo originaram-se, ao que parece, em Dilobopterus Signoret. Algumas dessas apomorfias são, provavelmente, o resultado de transformações graduais, morfologicamente direcionadas, na linhagem Diloobopterus-lissoscarta. Assim, o gênero neotropical Dilobopterus, com aproximadamente 51 espécies, pode ser um táxon parafilético. Possivelmente, lissoscarta é uma linhagem especializada desse gênero, na qual teriam surgido características miméticas. Os caracteres do pigóforo masculino e do edeago foram os que mais contribuíram para a topologia obtida. Essas estruturas mostram um claro aumento de complexidade morfológica, caracterizado pela variabilidade de formas e pelo surgimento de processos. Por outro lado, os caracteres da morfologia externa e os da coloração foram mais conservativos em Lissoscarta. Esse aspecto pode ser explicado, provavelmente, pelo fato dos últimos caracteres apresentarem condições diretamente relacionadas à composição de um sinal mimético aposemático para o predador. Esse sinal é de um alto valor adaptativo para o mímico, por reduzir o risco de predação.Universidade Federal do Rio de JaneiroBrasilMuseu NacionalPrograma de Pós-Graduação em Ciências Biológicas (Zoologia)UFRJCarvalho, Alcimar do Lagohttp://lattes.cnpq.br/0661017197956015http://lattes.cnpq.br/9209625731508391Mejdalani, Gabriel Luis FigueiraPatiu, Cátia Antunes de Mellohttp://lattes.cnpq.br/6111953763967066Nessimian, Jorge Luizhttp://lattes.cnpq.br/1987016760938931Cavichioli, Rodney Ramirohttp://lattes.cnpq.br/8501869433698495Felix, Márcio Eduardo2018-02-07T23:24:10Z2023-12-21T03:04:42Z1999-12-02info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/11422/3605porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRJinstname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJ2023-12-21T03:04:42Zoai:pantheon.ufrj.br:11422/3605Repositório InstitucionalPUBhttp://www.pantheon.ufrj.br/oai/requestpantheon@sibi.ufrj.bropendoar:2023-12-21T03:04:42Repositório Institucional da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false
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