Fosfolipase A₂ secretória do grupo V e infecção por Schistosoma mansoni: análise do impacto de gênero em modelo experimental murino
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRJ |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11422/17415 |
Resumo: | A enzima fosfolipase A2 secretória do grupo V (sPLA₂gV) parece ser uma molécula imunomodulatória com impacto na definição do perfil da resposta imune a ser instalado em diferentes contextos fisiopatológicos. Um modelo experimental interessante para investigar o papel da sPLA₂gV na polarização da resposta é a infecção por S. mansoni, visto que esta caracteriza-se por instalação inicial de uma resposta imunológica de tipo 1, seguida por polarização da resposta para o tipo 2. Camundongos C57BL/6 versus BALB/c apresentam diferentes perfis de montagem da resposta imune frente a diferentes estímulos, sendo o gatilho de resposta Th1 predominante em camundongos C57BL/6, enquanto animais BALB/c preferencialmente montam resposta tipo 2 caracterizada por inflamação eosinofílica. Mais ainda, diferenças de gênero em modelos experimentais murinos são observadas no desenvolvimento da infecção, que parecem ser parcialmente ocasionadas pela ação de hormônios sexuais, indicando ser necessário estudo de moléculas regulatórias durante este modelo de infecção. Dessa forma, o estudo visou a identificação do modelo experimental murino ideal para se investigar o papel da sPLA₂gV no contexto da infecção por S. mansoni. Acompanhamos o desenvolvimento da infecção em machos e fêmeas, C57BL/6 e BALB/c, em animais deficientes para a enzima sPLA2gV e selvagens, através da avaliação de sobrevida, da carga parasitária e resposta do tipo 2. A análise da sobrevida dos animais infectados por S. mansoni mostrou que, dentre os quatro modelos estudados, apenas “C57BL/6 macho” exibe diminuição de sobrevida dos animais deficientes para a sPLA2gV a partir do 55º dia de infeção. A quantificação de ovos presentes nas fezes foi realizada com 20, 30, 45, 55 e 75 dias de infecção, onde em machos C57BL/6 selvagens, ovos são detectáveis nas fezes com 45 dias, atingem número máximo com 55 e decaem com 75 dias de infecção. Apesar de cinética similar, fêmeas C57BL/6 e ambos os gêneros de BALB/c exibem deposição de ovos nas fezes com magnitude inferior. Em animais C57BL/6 machos deficientes para a enzima, o número de ovos de S. mansoni encontrados nas fezes em 55 dias de infecção mostrou-se marcadamente reduzido comparado aos animais WT, enquanto os outros modelos animais estudados não mostraram diferença significativa.. Para análise da eosinofilia peritoneal os animais foram eutanasiados com 55 dias. Resultado similar foi encontrado para o parâmetro de eosinofilia peritoneal induzida pela infecção, onde os machos C57BL/6 também desenvolveram reação eosinofílica de maior intensidade que se mostrou sensível à ausência da enzima. Como marcador de estabelecimento de resposta imune do tipo 2, foram avaliados também os níveis de IL-13 no sobrenadante do lavado peritoneal, onde o grupo de camundongos “C57BL/6 macho” apresentou redução acentuada da citocina em animais deficientes para a enzima sPLA₂gV, enquanto os modelos “C57BL/6 fêmea”, “BALB/c macho” e “BALB/c fêmea” não exibiram diferenças significativas entre animais selvagens (WT) e com ausência da enzima (Pla2g5-/-). Assim, selecionamos camundongos C57BL/6 machos como modelo experimental ideal para o estudo do papel da enzima sPLA₂gV na infecção por Schistosoma mansoni. |
id |
UFRJ_e950306f40d97827ce8e1b3a28c19a31 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:pantheon.ufrj.br:11422/17415 |
network_acronym_str |
UFRJ |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFRJ |
repository_id_str |
|
spelling |
Zissou, Hellen Albuquerquehttp://lattes.cnpq.br/8219054938857092Melo, Christianne Bandeira deMontenegro, Caroline de SouzaFilardy, Alessandra D’AlmeidaVicentino, Amanda Roberta RevoredoMuniz, Valdirene de SouzaGuedes, Herbert Leonel de MatosDiaz, Bruno Lourenço2022-06-28T15:35:35Z2023-11-30T03:04:57Z2022-03-07ZISSOU, H. A. (2022). Fosfolipase A₂ secretória do grupo V e infecção por Schistosoma mansoni: análise do impacto de gênero em modelo experimental murino [Trabalho de Conclusão de Curso, Universidade Federal do Rio de Janeiro]. Repositório Institucional Pantheon.http://hdl.handle.net/11422/17415Submitted by Luiza Arias (luiza@micro.ufrj.br) on 2022-06-28T15:35:35Z No. of bitstreams: 1 HAZissou.pdf: 1033676 bytes, checksum: 4caa9e1f890882f4803cecbdf4c0051e (MD5)Made available in DSpace on 2022-06-28T15:35:35Z (GMT). No. of bitstreams: 1 HAZissou.pdf: 1033676 bytes, checksum: 4caa9e1f890882f4803cecbdf4c0051e (MD5) Previous issue date: 2022-03-07A enzima fosfolipase A2 secretória do grupo V (sPLA₂gV) parece ser uma molécula imunomodulatória com impacto na definição do perfil da resposta imune a ser instalado em diferentes contextos fisiopatológicos. Um modelo experimental interessante para investigar o papel da sPLA₂gV na polarização da resposta é a infecção por S. mansoni, visto que esta caracteriza-se por instalação inicial de uma resposta imunológica de tipo 1, seguida por polarização da resposta para o tipo 2. Camundongos C57BL/6 versus BALB/c apresentam diferentes perfis de montagem da resposta imune frente a diferentes estímulos, sendo o gatilho de resposta Th1 predominante em camundongos C57BL/6, enquanto animais BALB/c preferencialmente montam resposta tipo 2 caracterizada por inflamação eosinofílica. Mais ainda, diferenças de gênero em modelos experimentais murinos são observadas no desenvolvimento da infecção, que parecem ser parcialmente ocasionadas pela ação de hormônios sexuais, indicando ser necessário estudo de moléculas regulatórias durante este modelo de infecção. Dessa forma, o estudo visou a identificação do modelo experimental murino ideal para se investigar o papel da sPLA₂gV no contexto da infecção por S. mansoni. Acompanhamos o desenvolvimento da infecção em machos e fêmeas, C57BL/6 e BALB/c, em animais deficientes para a enzima sPLA2gV e selvagens, através da avaliação de sobrevida, da carga parasitária e resposta do tipo 2. A análise da sobrevida dos animais infectados por S. mansoni mostrou que, dentre os quatro modelos estudados, apenas “C57BL/6 macho” exibe diminuição de sobrevida dos animais deficientes para a sPLA2gV a partir do 55º dia de infeção. A quantificação de ovos presentes nas fezes foi realizada com 20, 30, 45, 55 e 75 dias de infecção, onde em machos C57BL/6 selvagens, ovos são detectáveis nas fezes com 45 dias, atingem número máximo com 55 e decaem com 75 dias de infecção. Apesar de cinética similar, fêmeas C57BL/6 e ambos os gêneros de BALB/c exibem deposição de ovos nas fezes com magnitude inferior. Em animais C57BL/6 machos deficientes para a enzima, o número de ovos de S. mansoni encontrados nas fezes em 55 dias de infecção mostrou-se marcadamente reduzido comparado aos animais WT, enquanto os outros modelos animais estudados não mostraram diferença significativa.. Para análise da eosinofilia peritoneal os animais foram eutanasiados com 55 dias. Resultado similar foi encontrado para o parâmetro de eosinofilia peritoneal induzida pela infecção, onde os machos C57BL/6 também desenvolveram reação eosinofílica de maior intensidade que se mostrou sensível à ausência da enzima. Como marcador de estabelecimento de resposta imune do tipo 2, foram avaliados também os níveis de IL-13 no sobrenadante do lavado peritoneal, onde o grupo de camundongos “C57BL/6 macho” apresentou redução acentuada da citocina em animais deficientes para a enzima sPLA₂gV, enquanto os modelos “C57BL/6 fêmea”, “BALB/c macho” e “BALB/c fêmea” não exibiram diferenças significativas entre animais selvagens (WT) e com ausência da enzima (Pla2g5-/-). Assim, selecionamos camundongos C57BL/6 machos como modelo experimental ideal para o estudo do papel da enzima sPLA₂gV na infecção por Schistosoma mansoni.porUniversidade Federal do Rio de JaneiroUFRJBrasilInstituto de Microbiologia Paulo de GóesCNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::MICROBIOLOGIASchistosoma mansoniFosfolipases A2 SecretóriasImunidadePhospholipases A2, SecretoryImmunityFosfolipase A₂ secretória do grupo V e infecção por Schistosoma mansoni: análise do impacto de gênero em modelo experimental murinoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisabertoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRJinstname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81853http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/17415/2/license.txtdd32849f2bfb22da963c3aac6e26e255MD52ORIGINALHAZissou.pdfHAZissou.pdfapplication/pdf1033676http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/17415/1/HAZissou.pdf4caa9e1f890882f4803cecbdf4c0051eMD5111422/174152023-11-30 00:04:57.053oai:pantheon.ufrj.br:11422/17415TElDRU7Dh0EgTsODTy1FWENMVVNJVkEgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08KCkFvIGFzc2luYXIgZSBlbnRyZWdhciBlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqihzKSBvKHMpIGF1dG9yKGVzKSBvdSBwcm9wcmlldMOhcmlvKHMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBjb25jZWRlKG0pIGFvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBQYW50aGVvbiBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSaW8gZGUgSmFuZWlybyAoVUZSSikgbyBkaXJlaXRvIG7Do28gLSBleGNsdXNpdm8gZGUgcmVwcm9kdXppciwgY29udmVydGVyIChjb21vIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBlbSB0b2RvIG8gbXVuZG8sIGVtIGZvcm1hdG8gZWxldHLDtG5pY28gZSBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvLCBpbmNsdWluZG8sIG1hcyBuw6NvIGxpbWl0YWRvIGEgw6F1ZGlvIGUvb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIGEgVUZSSiBwb2RlLCBzZW0gYWx0ZXJhciBvIGNvbnRlw7pkbywgdHJhZHV6aXIgYSBhcHJlc2VudGHDp8OjbyBkZSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gY29tIGEgZmluYWxpZGFkZSBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogdGFtYsOpbSBjb25jb3JkYSBxdWUgYSBVRlJKIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXNzYSBzdWJtaXNzw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIGUgcHJlc2VydmHDp8OjbyBkaWdpdGFsLgoKRGVjbGFyYSBxdWUgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgc2V1IHRyYWJhbGhvIG9yaWdpbmFsLCBlIHF1ZSB2b2PDqiB0ZW0gbyBkaXJlaXRvIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIGEgc3VhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvLCBjb20gbyBtZWxob3IgZGUgc2V1cyBjb25oZWNpbWVudG9zLCBuw6NvIGluZnJpbmdpIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIHRlcmNlaXJvcy4KClNlIG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIGNvbnTDqW0gbWF0ZXJpYWwgZG8gcXVhbCB2b2PDqiBuw6NvIHRlbSBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciwgZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzc8OjbyBpcnJlc3RyaXRhIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBlIGNvbmNlZGUgYSBVRlJKIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRhIHN1Ym1pc3PDo28uCgpTZSBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSDDqSBiYXNlYWRvIGVtIHRyYWJhbGhvIHF1ZSBmb2ksIG91IHRlbSBzaWRvIHBhdHJvY2luYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIHVtYSBhZ8OqbmNpYSBvdSBvdXRybyhzKSBvcmdhbmlzbW8ocykgcXVlIG7Do28gYSBVRlJKLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjdW1wcml1IHF1YWxxdWVyIGRpcmVpdG8gZGUgUkVWSVPDg08gb3UgZGUgb3V0cmFzIG9icmlnYcOnw7VlcyByZXF1ZXJpZGFzIHBvciBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUkogaXLDoSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgc2V1KHMpIG5vbWUocykgY29tbyBhdXRvcihlcykgb3UgcHJvcHJpZXTDoXJpbyhzKSBkYSBzdWJtaXNzw6NvLCBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIHBhcmEgYWzDqW0gZGFzIHBlcm1pdGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIG5vIGF0byBkZSBzdWJtaXNzw6NvLgo=Repositório de PublicaçõesPUBhttp://www.pantheon.ufrj.br/oai/requestopendoar:2023-11-30T03:04:57Repositório Institucional da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Fosfolipase A₂ secretória do grupo V e infecção por Schistosoma mansoni: análise do impacto de gênero em modelo experimental murino |
title |
Fosfolipase A₂ secretória do grupo V e infecção por Schistosoma mansoni: análise do impacto de gênero em modelo experimental murino |
spellingShingle |
Fosfolipase A₂ secretória do grupo V e infecção por Schistosoma mansoni: análise do impacto de gênero em modelo experimental murino Zissou, Hellen Albuquerque CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::MICROBIOLOGIA Schistosoma mansoni Fosfolipases A2 Secretórias Imunidade Phospholipases A2, Secretory Immunity |
title_short |
Fosfolipase A₂ secretória do grupo V e infecção por Schistosoma mansoni: análise do impacto de gênero em modelo experimental murino |
title_full |
Fosfolipase A₂ secretória do grupo V e infecção por Schistosoma mansoni: análise do impacto de gênero em modelo experimental murino |
title_fullStr |
Fosfolipase A₂ secretória do grupo V e infecção por Schistosoma mansoni: análise do impacto de gênero em modelo experimental murino |
title_full_unstemmed |
Fosfolipase A₂ secretória do grupo V e infecção por Schistosoma mansoni: análise do impacto de gênero em modelo experimental murino |
title_sort |
Fosfolipase A₂ secretória do grupo V e infecção por Schistosoma mansoni: análise do impacto de gênero em modelo experimental murino |
author |
Zissou, Hellen Albuquerque |
author_facet |
Zissou, Hellen Albuquerque |
author_role |
author |
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/8219054938857092 |
dc.contributor.advisorCo1.none.fl_str_mv |
Melo, Christianne Bandeira de |
dc.contributor.advisorCo2.none.fl_str_mv |
Montenegro, Caroline de Souza |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Zissou, Hellen Albuquerque |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Filardy, Alessandra D’Almeida |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Vicentino, Amanda Roberta Revoredo |
dc.contributor.referee3.fl_str_mv |
Muniz, Valdirene de Souza |
dc.contributor.referee4.fl_str_mv |
Guedes, Herbert Leonel de Matos |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Diaz, Bruno Lourenço |
contributor_str_mv |
Filardy, Alessandra D’Almeida Vicentino, Amanda Roberta Revoredo Muniz, Valdirene de Souza Guedes, Herbert Leonel de Matos Diaz, Bruno Lourenço |
dc.subject.cnpq.fl_str_mv |
CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::MICROBIOLOGIA |
topic |
CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::MICROBIOLOGIA Schistosoma mansoni Fosfolipases A2 Secretórias Imunidade Phospholipases A2, Secretory Immunity |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Schistosoma mansoni Fosfolipases A2 Secretórias Imunidade Phospholipases A2, Secretory Immunity |
description |
A enzima fosfolipase A2 secretória do grupo V (sPLA₂gV) parece ser uma molécula imunomodulatória com impacto na definição do perfil da resposta imune a ser instalado em diferentes contextos fisiopatológicos. Um modelo experimental interessante para investigar o papel da sPLA₂gV na polarização da resposta é a infecção por S. mansoni, visto que esta caracteriza-se por instalação inicial de uma resposta imunológica de tipo 1, seguida por polarização da resposta para o tipo 2. Camundongos C57BL/6 versus BALB/c apresentam diferentes perfis de montagem da resposta imune frente a diferentes estímulos, sendo o gatilho de resposta Th1 predominante em camundongos C57BL/6, enquanto animais BALB/c preferencialmente montam resposta tipo 2 caracterizada por inflamação eosinofílica. Mais ainda, diferenças de gênero em modelos experimentais murinos são observadas no desenvolvimento da infecção, que parecem ser parcialmente ocasionadas pela ação de hormônios sexuais, indicando ser necessário estudo de moléculas regulatórias durante este modelo de infecção. Dessa forma, o estudo visou a identificação do modelo experimental murino ideal para se investigar o papel da sPLA₂gV no contexto da infecção por S. mansoni. Acompanhamos o desenvolvimento da infecção em machos e fêmeas, C57BL/6 e BALB/c, em animais deficientes para a enzima sPLA2gV e selvagens, através da avaliação de sobrevida, da carga parasitária e resposta do tipo 2. A análise da sobrevida dos animais infectados por S. mansoni mostrou que, dentre os quatro modelos estudados, apenas “C57BL/6 macho” exibe diminuição de sobrevida dos animais deficientes para a sPLA2gV a partir do 55º dia de infeção. A quantificação de ovos presentes nas fezes foi realizada com 20, 30, 45, 55 e 75 dias de infecção, onde em machos C57BL/6 selvagens, ovos são detectáveis nas fezes com 45 dias, atingem número máximo com 55 e decaem com 75 dias de infecção. Apesar de cinética similar, fêmeas C57BL/6 e ambos os gêneros de BALB/c exibem deposição de ovos nas fezes com magnitude inferior. Em animais C57BL/6 machos deficientes para a enzima, o número de ovos de S. mansoni encontrados nas fezes em 55 dias de infecção mostrou-se marcadamente reduzido comparado aos animais WT, enquanto os outros modelos animais estudados não mostraram diferença significativa.. Para análise da eosinofilia peritoneal os animais foram eutanasiados com 55 dias. Resultado similar foi encontrado para o parâmetro de eosinofilia peritoneal induzida pela infecção, onde os machos C57BL/6 também desenvolveram reação eosinofílica de maior intensidade que se mostrou sensível à ausência da enzima. Como marcador de estabelecimento de resposta imune do tipo 2, foram avaliados também os níveis de IL-13 no sobrenadante do lavado peritoneal, onde o grupo de camundongos “C57BL/6 macho” apresentou redução acentuada da citocina em animais deficientes para a enzima sPLA₂gV, enquanto os modelos “C57BL/6 fêmea”, “BALB/c macho” e “BALB/c fêmea” não exibiram diferenças significativas entre animais selvagens (WT) e com ausência da enzima (Pla2g5-/-). Assim, selecionamos camundongos C57BL/6 machos como modelo experimental ideal para o estudo do papel da enzima sPLA₂gV na infecção por Schistosoma mansoni. |
publishDate |
2022 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2022-06-28T15:35:35Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2022-03-07 |
dc.date.available.fl_str_mv |
2023-11-30T03:04:57Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/bachelorThesis |
format |
bachelorThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
ZISSOU, H. A. (2022). Fosfolipase A₂ secretória do grupo V e infecção por Schistosoma mansoni: análise do impacto de gênero em modelo experimental murino [Trabalho de Conclusão de Curso, Universidade Federal do Rio de Janeiro]. Repositório Institucional Pantheon. |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/11422/17415 |
identifier_str_mv |
ZISSOU, H. A. (2022). Fosfolipase A₂ secretória do grupo V e infecção por Schistosoma mansoni: análise do impacto de gênero em modelo experimental murino [Trabalho de Conclusão de Curso, Universidade Federal do Rio de Janeiro]. Repositório Institucional Pantheon. |
url |
http://hdl.handle.net/11422/17415 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal do Rio de Janeiro |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFRJ |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
Instituto de Microbiologia Paulo de Góes |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal do Rio de Janeiro |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFRJ instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) instacron:UFRJ |
instname_str |
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) |
instacron_str |
UFRJ |
institution |
UFRJ |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFRJ |
collection |
Repositório Institucional da UFRJ |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/17415/2/license.txt http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/17415/1/HAZissou.pdf |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
dd32849f2bfb22da963c3aac6e26e255 4caa9e1f890882f4803cecbdf4c0051e |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1784097253030363136 |