Diferenciação craniana infraespecífica em Proechimys iheringi Thomas e Proechimys dimidiatus (Guenter) (Mammalia: Rodentia: Echimyidae)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pessôa, Leila Maria
Data de Publicação: 1989
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/4470
Resumo: O gênero Proechimys é um dos grupos mais diversificados entre os roedores neotropicais, e também um dos mais pobremente compreendidos em termos taxonômicos. Este gênero foi subdividido por Moojen (1948) em dois subgêneros com base no comprimento da dobra principal dos dentes molariformes: o subgênero Proechimys cuja dobra extende-se somente até a metade da superfície de oclusão dos dentes molariformes e o subgênero Trinomys com a dobra principal atravessando transversalmente toda a superfície de oclusão dos dentes molariformes. Os dois subgêneros estão separados por uma importante barreira geográfica que começa no litoral nordeste do Brasil e se estende para o sul e sudeste acompanhando o Rio São Francisco. Assim, Trinomys ocorre no leste do Brasil ao passo que Proechimys possui ampla distribuição, começando no Paraguai estendendo-se pelo Brasil para o norte incluindo o centro e o nordeste, e a América Central. A maior parte dos estudos realizados tem enfocado apenas variação específica para o subgênero Proechimys, sendo que o único trabalho em que se analisou variação infraespecífica em Proechimys e Trinomys foi o estudo clássico de Moojen (1948) sobre especiação em Proechiays. O objetivo do nosso estudo foi analisar variação intrapopulacional (dimorfismo sexual e variação etária) e diferenciação infraespecífica em duas espécies do subgênero Trinoays: Proechiays (Trinoays) iheringi coa seis subespécies descritas e Proechiays (Trinoays) dimidiatus considerada 1onotipica por Noojen (1948), Foram medidos 13 caracteres cranianos e os individuas adultos de três populações de P. iheringi (Bahia, Espirita Santo e Rio de Janeiro) e quatro populações de P. dimidiatus (Teresópolis, Tijuca, Ilha Grande e Parati) depositados na coleção do Museu Nacional, RJ. O dimorfismo sexual foi analisado para três populações de P. dimidiatus de1onstrando que, em média, os machos são maiores do que as fêmeas embora poucos caracteres cranianos diferissem significativamente (P < 0,05). Esta análise mostrou também que o dimorfismo sexual apesar de baixo varia geograficamente. O componente etário de variação foi calculado somente para três caracteres de P. iheringi e variou de 1,77% a 26,45%, Os resultados da análise de variância mostraram que os 13 caracteres medidos diferiram significativamente (P < 0,05) entre as populações de P. iheringi. A maior parte dos individuas de P. iheringi foi corretamente classificada às suas localidades pela análise das funções discriminantes, A análise das variáveis canônicas discriminou as populações de P. iheringi da Bahia e Espirita Santo ao longo da variável canônica I, ao passo que a variável canônica II separou quase completamente as do Rio de Janeiro e Espirita Santo. As três populações foram ordenadas ao longo da variável canônica I em um sentido semelhante ao cline geográfico observado por Noojen. O teste Z de Nantel foi aplicado às matrizes de distâncias geográficas e distâncias morfológicas entre as populações de P. iheringi e demonstrou existir uma correlação significativa (P(0,05) entre a diferenciação morfológica e a distância geográfica. Os resultados da análise de variância para as quatro populações de P. dimidiatus mostraram que 10 dos 13 caracteres medidos diferiram significativamente (P < 0,05). Cem por cento dos indivíduos de Teres6polis e da Ilha Grande, 92% da Tijuca e 76% de Parati foram corretamente classificados pela análise das funções discriminantes. As populações de Teresópolis, Tijuca e Parati estio ordenadas ao longo da variável canônica I, sendo que as populações de Teres6polis e Tijuca foram completamente discriminadas. A variável canônica II discriminou completamente a população da Ilha Grande das de Teresópolis e Tijuca. A população de Parati foi a mais diversificada 1orfologica1ente, sobrepondo-se às demais populações. A comparação entre as matrizes de distâncias morfológicas e geográficas mostrou que não há correlação significativa entre diferenciação morfológica e a distância geográfica entre as populações de P. dimidiatus. Os resultados deste estudo corroboram a análise de Noojen (1948) sobre a 1agnitude da variação ea P. iheringi e demonstraram ainda a existência de variação geográfica em P. dimidiatus. Nossos resultados mostraram, assim, que o padrão de diferenciação nas duas espécies é diferente, pois enquanto em P. iheringi a variação apresenta um cline geográfico, a variação em P. dimidiatus não está geograficamente estruturada.
id UFRJ_eb3792d3b6589a33ebd4f57a44b3d00f
oai_identifier_str oai:pantheon.ufrj.br:11422/4470
network_acronym_str UFRJ
network_name_str Repositório Institucional da UFRJ
repository_id_str
spelling Pessôa, Leila Mariahttp://lattes.cnpq.br/6115144171517578http://lattes.cnpq.br/9111014144707204Caramaschi, Ulisseshttp://lattes.cnpq.br/0170971246387300Peracchi, Adriano Lúciohttp://lattes.cnpq.br/3623943579010680Izecksohn, Eugêniohttp://lattes.cnpq.br/2255604622607801Reis, Sérgio Furtado dos2018-08-14T00:00:28Z2023-11-30T03:00:31Z1989-12-22http://hdl.handle.net/11422/4470O gênero Proechimys é um dos grupos mais diversificados entre os roedores neotropicais, e também um dos mais pobremente compreendidos em termos taxonômicos. Este gênero foi subdividido por Moojen (1948) em dois subgêneros com base no comprimento da dobra principal dos dentes molariformes: o subgênero Proechimys cuja dobra extende-se somente até a metade da superfície de oclusão dos dentes molariformes e o subgênero Trinomys com a dobra principal atravessando transversalmente toda a superfície de oclusão dos dentes molariformes. Os dois subgêneros estão separados por uma importante barreira geográfica que começa no litoral nordeste do Brasil e se estende para o sul e sudeste acompanhando o Rio São Francisco. Assim, Trinomys ocorre no leste do Brasil ao passo que Proechimys possui ampla distribuição, começando no Paraguai estendendo-se pelo Brasil para o norte incluindo o centro e o nordeste, e a América Central. A maior parte dos estudos realizados tem enfocado apenas variação específica para o subgênero Proechimys, sendo que o único trabalho em que se analisou variação infraespecífica em Proechimys e Trinomys foi o estudo clássico de Moojen (1948) sobre especiação em Proechiays. O objetivo do nosso estudo foi analisar variação intrapopulacional (dimorfismo sexual e variação etária) e diferenciação infraespecífica em duas espécies do subgênero Trinoays: Proechiays (Trinoays) iheringi coa seis subespécies descritas e Proechiays (Trinoays) dimidiatus considerada 1onotipica por Noojen (1948), Foram medidos 13 caracteres cranianos e os individuas adultos de três populações de P. iheringi (Bahia, Espirita Santo e Rio de Janeiro) e quatro populações de P. dimidiatus (Teresópolis, Tijuca, Ilha Grande e Parati) depositados na coleção do Museu Nacional, RJ. O dimorfismo sexual foi analisado para três populações de P. dimidiatus de1onstrando que, em média, os machos são maiores do que as fêmeas embora poucos caracteres cranianos diferissem significativamente (P < 0,05). Esta análise mostrou também que o dimorfismo sexual apesar de baixo varia geograficamente. O componente etário de variação foi calculado somente para três caracteres de P. iheringi e variou de 1,77% a 26,45%, Os resultados da análise de variância mostraram que os 13 caracteres medidos diferiram significativamente (P < 0,05) entre as populações de P. iheringi. A maior parte dos individuas de P. iheringi foi corretamente classificada às suas localidades pela análise das funções discriminantes, A análise das variáveis canônicas discriminou as populações de P. iheringi da Bahia e Espirita Santo ao longo da variável canônica I, ao passo que a variável canônica II separou quase completamente as do Rio de Janeiro e Espirita Santo. As três populações foram ordenadas ao longo da variável canônica I em um sentido semelhante ao cline geográfico observado por Noojen. O teste Z de Nantel foi aplicado às matrizes de distâncias geográficas e distâncias morfológicas entre as populações de P. iheringi e demonstrou existir uma correlação significativa (P(0,05) entre a diferenciação morfológica e a distância geográfica. Os resultados da análise de variância para as quatro populações de P. dimidiatus mostraram que 10 dos 13 caracteres medidos diferiram significativamente (P < 0,05). Cem por cento dos indivíduos de Teres6polis e da Ilha Grande, 92% da Tijuca e 76% de Parati foram corretamente classificados pela análise das funções discriminantes. As populações de Teresópolis, Tijuca e Parati estio ordenadas ao longo da variável canônica I, sendo que as populações de Teres6polis e Tijuca foram completamente discriminadas. A variável canônica II discriminou completamente a população da Ilha Grande das de Teresópolis e Tijuca. A população de Parati foi a mais diversificada 1orfologica1ente, sobrepondo-se às demais populações. A comparação entre as matrizes de distâncias morfológicas e geográficas mostrou que não há correlação significativa entre diferenciação morfológica e a distância geográfica entre as populações de P. dimidiatus. Os resultados deste estudo corroboram a análise de Noojen (1948) sobre a 1agnitude da variação ea P. iheringi e demonstraram ainda a existência de variação geográfica em P. dimidiatus. Nossos resultados mostraram, assim, que o padrão de diferenciação nas duas espécies é diferente, pois enquanto em P. iheringi a variação apresenta um cline geográfico, a variação em P. dimidiatus não está geograficamente estruturada.The genus Proechimys is one of the most diversified groups among the neotropical rodents, and also one of the most poorly understood. This genus was subdivided by Moojen (1948) into two subgenera , namely the subgenus Proechimys and the subgenus Trinomys on the basis of the length of the main fold in the molariform teeth. The objective of this study was to analyze variation within populations (sexual dimorphism and age variation) and infraspecific differentiation in two species of the subgenus Trinomys: Proechimys (Trinomys) iheringi with six described subspecies and Proechimys (Trinomys) dimidatus. The latter species is considered to be monotypic . Thirteen cranial measurements were taken from three populations of P. iheringi and four populations of P. dimidiatus. The specimens examined in this study are housed at the Museu Nacional, RJ. Sexual dimorphism was analyzed in three populations of P. dimidiatus, and males were found to be always larger than females, although few characters were statistically significant. This analysis also showed that sexual dimorphism varies geographically, Analysis of variance showed that populations of P. iheringi differed significantly (P < 0.05) in all 13 cranial characters, Discriminant function analysis correctly classified most individuals of P. iheringi to their groups defined 'a priori', Canonical variates analysis discriminated the populations from Bahia and Espírito Santo along canonical variate I, whereas canonical variate II separated almost completely the populations from Rio de Janeiro and Espírito Santo. The three populations were ordinated along a cline of increasing cranial size similar to that found by Moojen (1948) for dental characters. Mantel's Z test deaonstrated a significant posftive correlation between aorphologic and geographic distance among the E, iherinqi populations. ln P. diaidiatus 10 cranial characters differed significantly (P < 0.05) by an analysis of variance, Discriaination between populations of P. diaidiatus froa Teresbpolis and Ilha Grande was coapiete (100%), whereas populations from Tijuca and Parati had 92% and 76% of correct classification, respectively. The populations from Tijuca and Teresópolis were unambiguously discriainated along canonical variate I, whereas the population from Ilha Grande was coapletely separated from the population from Teresópolis and Tijuca along canonical variate II. The population from Parati is morphologically diverse and overlaps aorphologically with the reaaining populations. A nonsignificant correlation was found for geographic and morphologic distance for P. dimidiatus. our results corroborate Moojen's findings on geographic differentiation for P. iheringi. on the other hand, we detected geographic variation for populations of P. ditidiatus not reported by Moojen (1948), The pattern of differentiation in the two species appear to be different, since variation in P. iherinqi is clinal whereas there seeas to be no geographic pattern to the variation observed for P. diaidiatus.Submitted by Alberto Vieira (martins_vieira@ibest.com.br) on 2018-08-14T00:00:28Z No. of bitstreams: 1 493828.pdf: 3256227 bytes, checksum: a8bf2ee8f356efd29b1114933cb0ee13 (MD5)Made available in DSpace on 2018-08-14T00:00:28Z (GMT). No. of bitstreams: 1 493828.pdf: 3256227 bytes, checksum: a8bf2ee8f356efd29b1114933cb0ee13 (MD5) Previous issue date: 1989-12-22CAPESFAPESPFAPporUniversidade Federal do Rio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Ciências Biológicas (Zoologia)UFRJBrasilMuseu NacionalCNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ZOOLOGIA::MORFOLOGIA DOS GRUPOS RECENTESProechimysEchimyidaeDiferenciação craniana infraespecífica em Proechimys iheringi Thomas e Proechimys dimidiatus (Guenter) (Mammalia: Rodentia: Echimyidae)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisabertoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRJinstname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJORIGINAL493828.pdf493828.pdfapplication/pdf3256227http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/4470/1/493828.pdfa8bf2ee8f356efd29b1114933cb0ee13MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81853http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/4470/2/license.txtdd32849f2bfb22da963c3aac6e26e255MD5211422/44702023-11-30 00:00:31.728oai:pantheon.ufrj.br:11422/4470TElDRU7Dh0EgTsODTy1FWENMVVNJVkEgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08KCkFvIGFzc2luYXIgZSBlbnRyZWdhciBlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqihzKSBvKHMpIGF1dG9yKGVzKSBvdSBwcm9wcmlldMOhcmlvKHMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBjb25jZWRlKG0pIGFvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBQYW50aGVvbiBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSaW8gZGUgSmFuZWlybyAoVUZSSikgbyBkaXJlaXRvIG7Do28gLSBleGNsdXNpdm8gZGUgcmVwcm9kdXppciwgY29udmVydGVyIChjb21vIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBlbSB0b2RvIG8gbXVuZG8sIGVtIGZvcm1hdG8gZWxldHLDtG5pY28gZSBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvLCBpbmNsdWluZG8sIG1hcyBuw6NvIGxpbWl0YWRvIGEgw6F1ZGlvIGUvb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIGEgVUZSSiBwb2RlLCBzZW0gYWx0ZXJhciBvIGNvbnRlw7pkbywgdHJhZHV6aXIgYSBhcHJlc2VudGHDp8OjbyBkZSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gY29tIGEgZmluYWxpZGFkZSBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogdGFtYsOpbSBjb25jb3JkYSBxdWUgYSBVRlJKIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXNzYSBzdWJtaXNzw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIGUgcHJlc2VydmHDp8OjbyBkaWdpdGFsLgoKRGVjbGFyYSBxdWUgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgc2V1IHRyYWJhbGhvIG9yaWdpbmFsLCBlIHF1ZSB2b2PDqiB0ZW0gbyBkaXJlaXRvIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIGEgc3VhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvLCBjb20gbyBtZWxob3IgZGUgc2V1cyBjb25oZWNpbWVudG9zLCBuw6NvIGluZnJpbmdpIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIHRlcmNlaXJvcy4KClNlIG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIGNvbnTDqW0gbWF0ZXJpYWwgZG8gcXVhbCB2b2PDqiBuw6NvIHRlbSBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciwgZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzc8OjbyBpcnJlc3RyaXRhIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBlIGNvbmNlZGUgYSBVRlJKIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRhIHN1Ym1pc3PDo28uCgpTZSBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSDDqSBiYXNlYWRvIGVtIHRyYWJhbGhvIHF1ZSBmb2ksIG91IHRlbSBzaWRvIHBhdHJvY2luYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIHVtYSBhZ8OqbmNpYSBvdSBvdXRybyhzKSBvcmdhbmlzbW8ocykgcXVlIG7Do28gYSBVRlJKLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjdW1wcml1IHF1YWxxdWVyIGRpcmVpdG8gZGUgUkVWSVPDg08gb3UgZGUgb3V0cmFzIG9icmlnYcOnw7VlcyByZXF1ZXJpZGFzIHBvciBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUkogaXLDoSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgc2V1KHMpIG5vbWUocykgY29tbyBhdXRvcihlcykgb3UgcHJvcHJpZXTDoXJpbyhzKSBkYSBzdWJtaXNzw6NvLCBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIHBhcmEgYWzDqW0gZGFzIHBlcm1pdGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIG5vIGF0byBkZSBzdWJtaXNzw6NvLgo=Repositório de PublicaçõesPUBhttp://www.pantheon.ufrj.br/oai/requestopendoar:2023-11-30T03:00:31Repositório Institucional da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Diferenciação craniana infraespecífica em Proechimys iheringi Thomas e Proechimys dimidiatus (Guenter) (Mammalia: Rodentia: Echimyidae)
title Diferenciação craniana infraespecífica em Proechimys iheringi Thomas e Proechimys dimidiatus (Guenter) (Mammalia: Rodentia: Echimyidae)
spellingShingle Diferenciação craniana infraespecífica em Proechimys iheringi Thomas e Proechimys dimidiatus (Guenter) (Mammalia: Rodentia: Echimyidae)
Pessôa, Leila Maria
CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ZOOLOGIA::MORFOLOGIA DOS GRUPOS RECENTES
Proechimys
Echimyidae
title_short Diferenciação craniana infraespecífica em Proechimys iheringi Thomas e Proechimys dimidiatus (Guenter) (Mammalia: Rodentia: Echimyidae)
title_full Diferenciação craniana infraespecífica em Proechimys iheringi Thomas e Proechimys dimidiatus (Guenter) (Mammalia: Rodentia: Echimyidae)
title_fullStr Diferenciação craniana infraespecífica em Proechimys iheringi Thomas e Proechimys dimidiatus (Guenter) (Mammalia: Rodentia: Echimyidae)
title_full_unstemmed Diferenciação craniana infraespecífica em Proechimys iheringi Thomas e Proechimys dimidiatus (Guenter) (Mammalia: Rodentia: Echimyidae)
title_sort Diferenciação craniana infraespecífica em Proechimys iheringi Thomas e Proechimys dimidiatus (Guenter) (Mammalia: Rodentia: Echimyidae)
author Pessôa, Leila Maria
author_facet Pessôa, Leila Maria
author_role author
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/6115144171517578
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/9111014144707204
dc.contributor.author.fl_str_mv Pessôa, Leila Maria
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Caramaschi, Ulisses
dc.contributor.referee1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/0170971246387300
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Peracchi, Adriano Lúcio
dc.contributor.referee2Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/3623943579010680
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Izecksohn, Eugênio
dc.contributor.referee3Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/2255604622607801
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Reis, Sérgio Furtado dos
contributor_str_mv Caramaschi, Ulisses
Peracchi, Adriano Lúcio
Izecksohn, Eugênio
Reis, Sérgio Furtado dos
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ZOOLOGIA::MORFOLOGIA DOS GRUPOS RECENTES
topic CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ZOOLOGIA::MORFOLOGIA DOS GRUPOS RECENTES
Proechimys
Echimyidae
dc.subject.por.fl_str_mv Proechimys
Echimyidae
description O gênero Proechimys é um dos grupos mais diversificados entre os roedores neotropicais, e também um dos mais pobremente compreendidos em termos taxonômicos. Este gênero foi subdividido por Moojen (1948) em dois subgêneros com base no comprimento da dobra principal dos dentes molariformes: o subgênero Proechimys cuja dobra extende-se somente até a metade da superfície de oclusão dos dentes molariformes e o subgênero Trinomys com a dobra principal atravessando transversalmente toda a superfície de oclusão dos dentes molariformes. Os dois subgêneros estão separados por uma importante barreira geográfica que começa no litoral nordeste do Brasil e se estende para o sul e sudeste acompanhando o Rio São Francisco. Assim, Trinomys ocorre no leste do Brasil ao passo que Proechimys possui ampla distribuição, começando no Paraguai estendendo-se pelo Brasil para o norte incluindo o centro e o nordeste, e a América Central. A maior parte dos estudos realizados tem enfocado apenas variação específica para o subgênero Proechimys, sendo que o único trabalho em que se analisou variação infraespecífica em Proechimys e Trinomys foi o estudo clássico de Moojen (1948) sobre especiação em Proechiays. O objetivo do nosso estudo foi analisar variação intrapopulacional (dimorfismo sexual e variação etária) e diferenciação infraespecífica em duas espécies do subgênero Trinoays: Proechiays (Trinoays) iheringi coa seis subespécies descritas e Proechiays (Trinoays) dimidiatus considerada 1onotipica por Noojen (1948), Foram medidos 13 caracteres cranianos e os individuas adultos de três populações de P. iheringi (Bahia, Espirita Santo e Rio de Janeiro) e quatro populações de P. dimidiatus (Teresópolis, Tijuca, Ilha Grande e Parati) depositados na coleção do Museu Nacional, RJ. O dimorfismo sexual foi analisado para três populações de P. dimidiatus de1onstrando que, em média, os machos são maiores do que as fêmeas embora poucos caracteres cranianos diferissem significativamente (P < 0,05). Esta análise mostrou também que o dimorfismo sexual apesar de baixo varia geograficamente. O componente etário de variação foi calculado somente para três caracteres de P. iheringi e variou de 1,77% a 26,45%, Os resultados da análise de variância mostraram que os 13 caracteres medidos diferiram significativamente (P < 0,05) entre as populações de P. iheringi. A maior parte dos individuas de P. iheringi foi corretamente classificada às suas localidades pela análise das funções discriminantes, A análise das variáveis canônicas discriminou as populações de P. iheringi da Bahia e Espirita Santo ao longo da variável canônica I, ao passo que a variável canônica II separou quase completamente as do Rio de Janeiro e Espirita Santo. As três populações foram ordenadas ao longo da variável canônica I em um sentido semelhante ao cline geográfico observado por Noojen. O teste Z de Nantel foi aplicado às matrizes de distâncias geográficas e distâncias morfológicas entre as populações de P. iheringi e demonstrou existir uma correlação significativa (P(0,05) entre a diferenciação morfológica e a distância geográfica. Os resultados da análise de variância para as quatro populações de P. dimidiatus mostraram que 10 dos 13 caracteres medidos diferiram significativamente (P < 0,05). Cem por cento dos indivíduos de Teres6polis e da Ilha Grande, 92% da Tijuca e 76% de Parati foram corretamente classificados pela análise das funções discriminantes. As populações de Teresópolis, Tijuca e Parati estio ordenadas ao longo da variável canônica I, sendo que as populações de Teres6polis e Tijuca foram completamente discriminadas. A variável canônica II discriminou completamente a população da Ilha Grande das de Teresópolis e Tijuca. A população de Parati foi a mais diversificada 1orfologica1ente, sobrepondo-se às demais populações. A comparação entre as matrizes de distâncias morfológicas e geográficas mostrou que não há correlação significativa entre diferenciação morfológica e a distância geográfica entre as populações de P. dimidiatus. Os resultados deste estudo corroboram a análise de Noojen (1948) sobre a 1agnitude da variação ea P. iheringi e demonstraram ainda a existência de variação geográfica em P. dimidiatus. Nossos resultados mostraram, assim, que o padrão de diferenciação nas duas espécies é diferente, pois enquanto em P. iheringi a variação apresenta um cline geográfico, a variação em P. dimidiatus não está geograficamente estruturada.
publishDate 1989
dc.date.issued.fl_str_mv 1989-12-22
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2018-08-14T00:00:28Z
dc.date.available.fl_str_mv 2023-11-30T03:00:31Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/11422/4470
url http://hdl.handle.net/11422/4470
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Rio de Janeiro
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas (Zoologia)
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFRJ
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv Museu Nacional
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Rio de Janeiro
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRJ
instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
instacron:UFRJ
instname_str Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
instacron_str UFRJ
institution UFRJ
reponame_str Repositório Institucional da UFRJ
collection Repositório Institucional da UFRJ
bitstream.url.fl_str_mv http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/4470/1/493828.pdf
http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/4470/2/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv a8bf2ee8f356efd29b1114933cb0ee13
dd32849f2bfb22da963c3aac6e26e255
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1784097114004914176