Pré-avaliação de viabilidade técnica e econômica de proposta de produção de derivado de glifosato no brasil

• Autor(a) principal: Silva, Luiz Gustavo Brandão da
• Data de Publicação: 2023
• Outros Autores: Alves, Joana Maria Malheiros
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/20463
• topic: Glicosfenol; Herbicida; Viabilidade econômica; CNPQ::ENGENHARIAS::ENGENHARIA DE PRODUCAO::ENGENHARIA ECONOMICA::ESTUDO DE MERCADO

O glifosato é o Ingrediente Ativo (IA) mais utilizado em formulações de herbicidas no Brasil e no mundo, e destaca-se como um dos agroquímicos mais relevantes da atualidade, apesar de existirem resistências ao seu mecanismo de ação. Sua produção no Brasil é quase nula, apesar do país ter exportado a maioria dos grãos no mundo e seu setor agrícola ter sido responsável por 28,0% do PIB em 2021, o que torna o país altamente dependente de importações deste recurso. Deste modo, torna-se fundamental o estudo de estratégias que diminuam essa dependência a médio e longo prazo, assim como a prospecção de moléculas derivadas que contornem a resistência desenvolvida pelas ervas daninhas. Neste contexto, este trabalho visa avaliar a viabilidade técnica e econômica de uma proposta preliminar de produção de um derivado de glifosato no Brasil. Foi conduzido um mapeamento inicial das rotas de síntese para escolha do processo a ser estudado, e, em paralelo, um estudo de mercado foi conduzido, de forma a permitir a definição da escala e da localização. Por fim, um fluxograma preliminar para o processo foi proposto e utilizado como base para uma estimativa dos custos, das receitas e para uma análise dos indicadores financeiros relacionados ao projeto. O cenário mais promissor identificado foi o de: utilização do processo DEA; esterificação do glifosato com etanol; e construção da planta no estado de São Paulo, com capacidade de produzir 200 mil toneladas do IA por ano. Com base nesse cenário, com um preço de venda de US$ 11 por quilo de IA e assumindo-se o financiamento de 80% do investimento total, obteve-se uma TIR de 42%. Uma vez que a TMA de 12% é a normalmente assumida para projetos na indústria química, o valor de TIR obtido evidencia a viabilidade econômica do projeto. A partir desses resultados, pôde-se concluir que um projeto, em escala suficiente para suprir a demanda insatisfeita nacional, pode ser viável financeiramente, além de o derivado em questão apresentar potencial de contornar os principais problemas ambientais e algumas das resistências de ervas daninhas reportadas na literatura.