Valoração econômica do Parque Estadual do Ibitipoca

• Autor(a) principal: Guerra, Marcos Mendonça
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/21885
• topic: CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::ECONOMIA; Unidades de conservação; Valoração econômica; Parque Estadual do Ibitipoca (MG)

As Unidades de Conservação são um dos principais instrumentos para preservar o meio ambiente e os ecossistemas nativos. Além disso, elas contribuem economicamente para a região onde estão estabelecidas e no seu entorno. O objetivo deste trabalho é apresentar a contribuição econômica do Parque Estadual do Ibitipoca (PEIb) através de estimativas dos benefícios gerados pelo uso público, transferências fiscais através do ICMS Ecológico e ISSQN, e retenção de carbono pelos remanescentes florestais. Para isso, foram utilizadas metodologias de valoração dos benefícios socioeconômicos de áreas protegidas em estudos similares. Os resultados mostram que o uso público gerou benefício estimado em R$ 10,5 milhões anuais em 2021. Esse valor ficou bastante acima do benefício da transferência de ICMS Ecológico (R$ 70 mil) e ISSQN (R$ 427mil). O valor do estoque de carbono retido pelos remanescentes florestais foi estimado em R$ 3,7 milhões, com serviço anual entre R$ 111 mil e R$ 223 mil anuais, podendo alcançar valores ainda maiores no futuro pelo reflorestamento de áreas anteriormente convertidas em pastagens. Como o parque possui apenas 1.488 hectares, o benefício médio estimado é de R$ 7,5 mil/ano, valor bastante superior ao que se esperaria com pecuária (R$ 1,1 mil/ano), atividade predominante na região. Isso mostra claramente que os benefícios econômicos da conservação garantidos pelo PEIb são consideravelmente maiores do que se esperaria caso o parque não tivesse sido criado.