Distribuição espacial da megafauna bentônica costeirada Baía do Almirantado, Ilha Rei George, Antártica: estabelecimento de uma linha de base para programas ecológicos de longa duração

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Schoene, Gabrielle Fontes
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/14122
Resumo: A Baía do Almirantado é uma Área Antártica Especialmente Gerenciada (AAEG), localizada na Ilha Rei George (Península Antártica), sendo a maior ilha do Arquipélago das Shetland do Sul. A variação sazonal entre o verão e o inverno implica em uma série de alterações locais, principalmente pela extensão do gelo marinho. Isto afeta, em especial, as comunidades bentônicas marinhas, principalmente nas zonas costeiras rasas. Visto o crescimento lento e a limitação da mobilidade desses organismos, sua diversidade e estruturação representam excelentes indicadores de mudanças ambientais. A megafauna bentônica local é composta por uma diversidade de animais vágeis, como poliquetas, crustáceos e equinodermos; e sésseis, como esponjas, briozoários, ascídias e cnidários dispostos de forma variável. O presente estudo teve como objetivo caracterizar a estrutura das comunidades bentônicas da zona costeira rasa, comparando abundância relativa, densidade, riqueza, diversidade e composição específica em duas enseadas da baía. Verificou-se ainda as relações entre as variáveis ambientais do sedimento e a diversidade encontrada em cada área. A megafauna bentônica foi obtida através de arrastos de fundo, com o uso de draga do tipo ‘Agassiz’. Os arrastos foram realizados entre os meses janeiro e fevereiro de 2011, durante a Operação Antártica Brasileira XXIX, na faixa batimétrica entre 20 e 30 m de profundidade de quatro estações de amostragem, três localizadas na Enseada Martel (Comandante Ferraz, Punta Ullmann, Botany Point) e uma na Enseada Mackellar (Refúgio II). A análise das amostras resultou na identificação de 7.592 indivíduos pertencentes a 14 grandes grupos taxonômicos, dos quais Crustacea, Mollusca, Ascidiacea, Polychaeta e Echinodermata foram os mais abundantes. Dentre os 76 táxons encontrados, 37 foram identificados em espécie e os demais em níveis taxonômicos superiores. Ascidiacea e Echinodermata apresentaram diferenças significativas na abundância entre as estações de estudo. Todas as estações apresentam assembleias de organismos que diferem significativamente entre si (nMDS, p=0,001). Botany Point, onde Ophionotus victoriae e Molgula pedunculata predominaram, foi a estação que apresentou maior riqueza de táxons e também maiores diferenças (PERMANOVA) em relação às demais, tanto para as estações da mesma enseada quanto para Refúgio II, que está localizada em outra enseada. No entanto, em Punta Ullmann, foram observados as maiores quantidades de macroalgas (12,9 kg) e o maior índice de diversidade média (H’=2,41). Comandante Ferraz e Refúgio II foram as estações que apresentaram maior similaridade entre elas e as maiores densidades médias para o isópode Paraserolis sp. e para o bivalve Aequiyoldia eightsii. A maior dissimilaridade média (SIMPER) foi registrada entre Punta Ullmann e Botany Point (84,85 %) com maiores contribuições do ofiúro Ophionotus victoriae e da ascídia Molgula pedunculata na segunda estação. O poliqueta Barrukia cristata, o bilvalve Aequiyoldia eightsii e o isópode Glyptonotus antarcticus foram as espécies com maior frequência de ocorrência na região. A granulometria, o carbono orgânico total e razão C/N foram as variáveis ambientais que melhor caracterizaram as diferenças entre a distribuição espacial dos organismos nas estações de estudo. Os resultados obtidos indicaram que a heterogeneidade espacial observada em pequena escala reforça a necessidade de monitoramento da Baía do Almirantado, com intuito de compreender a dinâmica ambiental local e os efeitos sobre biota marinha em longo prazo, sendo importante para distinguir os impactos naturais de antropogênicos.
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spelling Schoene, Gabrielle Fonteshttp://lattes.cnpq.br/7339673397777336Dalto, Adriana GalindoLavrado, Helena Passeri2021-04-08T15:09:10Z2023-11-30T03:04:13Z2019-01SCHOENE, Gabrielle Fontes. Distribuição espacial da megafauna bentônica costeirada Baía do Almirantado, Ilha Rei George, Antártica: estabelecimento de uma linha de base para programas ecológicos de longa duração. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Ciências Biológicas – Biologia Marinha) - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2019.http://hdl.handle.net/11422/14122Submitted by Vinícius Oliveira (vinicius@biologia.ufrj.br) on 2021-03-26T17:47:43Z No. of bitstreams: 1 GFSchoene.pdf: 637927 bytes, checksum: 2f961ba6aa81d0088f81ddb037e2b7af (MD5)Approved for entry into archive by Celeste Torquato (celeste.velasco@ccsdecania.ufrj.br) on 2021-04-08T15:09:10Z (GMT) No. of bitstreams: 1 GFSchoene.pdf: 637927 bytes, checksum: 2f961ba6aa81d0088f81ddb037e2b7af (MD5)Made available in DSpace on 2021-04-08T15:09:10Z (GMT). No. of bitstreams: 1 GFSchoene.pdf: 637927 bytes, checksum: 2f961ba6aa81d0088f81ddb037e2b7af (MD5) Previous issue date: 2019-01A Baía do Almirantado é uma Área Antártica Especialmente Gerenciada (AAEG), localizada na Ilha Rei George (Península Antártica), sendo a maior ilha do Arquipélago das Shetland do Sul. A variação sazonal entre o verão e o inverno implica em uma série de alterações locais, principalmente pela extensão do gelo marinho. Isto afeta, em especial, as comunidades bentônicas marinhas, principalmente nas zonas costeiras rasas. Visto o crescimento lento e a limitação da mobilidade desses organismos, sua diversidade e estruturação representam excelentes indicadores de mudanças ambientais. A megafauna bentônica local é composta por uma diversidade de animais vágeis, como poliquetas, crustáceos e equinodermos; e sésseis, como esponjas, briozoários, ascídias e cnidários dispostos de forma variável. O presente estudo teve como objetivo caracterizar a estrutura das comunidades bentônicas da zona costeira rasa, comparando abundância relativa, densidade, riqueza, diversidade e composição específica em duas enseadas da baía. Verificou-se ainda as relações entre as variáveis ambientais do sedimento e a diversidade encontrada em cada área. A megafauna bentônica foi obtida através de arrastos de fundo, com o uso de draga do tipo ‘Agassiz’. Os arrastos foram realizados entre os meses janeiro e fevereiro de 2011, durante a Operação Antártica Brasileira XXIX, na faixa batimétrica entre 20 e 30 m de profundidade de quatro estações de amostragem, três localizadas na Enseada Martel (Comandante Ferraz, Punta Ullmann, Botany Point) e uma na Enseada Mackellar (Refúgio II). A análise das amostras resultou na identificação de 7.592 indivíduos pertencentes a 14 grandes grupos taxonômicos, dos quais Crustacea, Mollusca, Ascidiacea, Polychaeta e Echinodermata foram os mais abundantes. Dentre os 76 táxons encontrados, 37 foram identificados em espécie e os demais em níveis taxonômicos superiores. Ascidiacea e Echinodermata apresentaram diferenças significativas na abundância entre as estações de estudo. Todas as estações apresentam assembleias de organismos que diferem significativamente entre si (nMDS, p=0,001). Botany Point, onde Ophionotus victoriae e Molgula pedunculata predominaram, foi a estação que apresentou maior riqueza de táxons e também maiores diferenças (PERMANOVA) em relação às demais, tanto para as estações da mesma enseada quanto para Refúgio II, que está localizada em outra enseada. No entanto, em Punta Ullmann, foram observados as maiores quantidades de macroalgas (12,9 kg) e o maior índice de diversidade média (H’=2,41). Comandante Ferraz e Refúgio II foram as estações que apresentaram maior similaridade entre elas e as maiores densidades médias para o isópode Paraserolis sp. e para o bivalve Aequiyoldia eightsii. A maior dissimilaridade média (SIMPER) foi registrada entre Punta Ullmann e Botany Point (84,85 %) com maiores contribuições do ofiúro Ophionotus victoriae e da ascídia Molgula pedunculata na segunda estação. 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