PERCEPÇÃO DAS MULHERES EM SITUAÇÃO DE ABORTAMENTO FRENTE AO CUIDADO DE ENFERMAGEM
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Data de Publicação: | 2020 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Ciência Plural |
Texto Completo: | https://periodicos.ufrn.br/rcp/article/view/18627 |
Resumo: | Introdução: O aborto na vida da mulher que espera ansiosamente pela chegada do seu filho pode modificar alguns funcionamentos normais do seu corpo, tanto fisiológico quanto psicológico, principalmente quando ela não está esperando que esse fato aconteça. Tendo que os sentimentos predominantes das mulheres em situação de abortamento, em sua grande maioria abortos espontâneos, são o medo, angústia e solidão. O compromisso com o acolhimento como forma de cuidado é de extrema relevância na equipe de enfermagem. Objetivo: Identificar o cuidado da enfermagem a partir dos discursos das mulheres em situação de abortamento. Método: Trata-se de um estudo de campo, descritivo, exploratório de abordagem qualitativa, realizado no Hospital Jesus Nazareno, situado no município de Caruaru-PE, no mês de agosto de 2016. Houve a participação de 8 mulheres que receberam a assistência de enfermagem diante de um processo abortivo, por critério de saturação de dados, sendo aplicada uma entrevista contendo as seguintes questões norteadoras: “Como você foi recebida no hospital?”, “De que forma recebeu a notícia sobre o aborto?” e “Como você relata os cuidados da equipe de enfermagem?”. Os dados obtidos com as entrevistas foram organizados por meio da transcrição das gravações e analisados a partir da aplicação da técnica de análise de conteúdo temática, de Bardin. Foram consideradas todas as observâncias éticas contempladas na Resolução nº 466/12/MS e a partir do consentimento da mulher, por meio da assinatura do TCLE. Resultados: Dentre as mulheres do estudo, tinha idade entre 13 a 39 anos, havia cursado o ensino médio completo, 02 mulheres possuíam trabalho remunerado, as demais eram agricultoras, dona de casa ou estavam concluindo os estudos. Quanto à paridade, 3 das mulheres entrevistadas eram nulíparas, enquanto as demais já possuíam de 2 a 3 filhos. Após aplicação da análise, surgiram as seguintes categorias: “Acolhimento versus humanização” e “ Medicalização na Assistência”. Conclusões: A partir dos dados obtidos percebeu-se a importância do acolhimento adequado às mulheres na unidade, a ausência do profissional enfermeiro diante deste cuidado correlacionado com a medicalização presente no modelo do setor da saúde. Além disso, foi evidente a falta da atuação multiprofissional neste cenário. A maneira como as mulheres são acolhidas e tratadas influenciam no decorrer da recuperação e os profissionais de saúde precisam estar preparados para a assistência humanizada e holística. |
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