A “metafísica silenciosa” no Tractatus Logico-Philosophicus
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Princípios (Natal. Online) |
Texto Completo: | https://periodicos.ufrn.br/principios/article/view/29477 |
Resumo: | Resumo: Lopes dos Santos, ao colocar o Tractatus Logico-Philosophicus no que denomina “tradição crítica”, mostra que Wittgenstein delimita o alcance da filosofia ao eliminar sua pretensão de ser um tipo de conhecimento que, como a ciência, possa formular proposições verificáveis sobre objetos. E Wittgenstein faz isso de modo distinto da crítica moderna à metafísica, pois elimina o sujeito do problema: não é preciso recorrer a faculdades subjetivas para fazer essa delimitação, mas apenas à linguagem na qual o pensamento se expressa. Por outro lado, na perspectiva da “tradição lógica”, há na mesma obra uma identificação entre a essência do “logos” que pode enunciar algo verdadeiro sobre o ser e do próprio ser do qual se fala nesse discurso. Nosso objetivo é destacar este vínculo com a “tradição lógica” para defender que, para além de uma “virada linguística”, há no Tractatus uma espécie de “metafísica silenciosa” que coloca problemas tais como o do sujeito e o da “essência” do mundo em seu correto lugar após passá-los pelo crivo da crítica. |
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A “metafísica silenciosa” no Tractatus Logico-Philosophicus Metafísica, linguagem, silêncio, WittgensteinResumo: Lopes dos Santos, ao colocar o Tractatus Logico-Philosophicus no que denomina “tradição crítica”, mostra que Wittgenstein delimita o alcance da filosofia ao eliminar sua pretensão de ser um tipo de conhecimento que, como a ciência, possa formular proposições verificáveis sobre objetos. E Wittgenstein faz isso de modo distinto da crítica moderna à metafísica, pois elimina o sujeito do problema: não é preciso recorrer a faculdades subjetivas para fazer essa delimitação, mas apenas à linguagem na qual o pensamento se expressa. Por outro lado, na perspectiva da “tradição lógica”, há na mesma obra uma identificação entre a essência do “logos” que pode enunciar algo verdadeiro sobre o ser e do próprio ser do qual se fala nesse discurso. Nosso objetivo é destacar este vínculo com a “tradição lógica” para defender que, para além de uma “virada linguística”, há no Tractatus uma espécie de “metafísica silenciosa” que coloca problemas tais como o do sujeito e o da “essência” do mundo em seu correto lugar após passá-los pelo crivo da crítica.EDUFRN2023-09-26info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionAvaliado pelos paresapplication/pdfhttps://periodicos.ufrn.br/principios/article/view/2947710.21680/1983-2109.2023v30n62ID29477Princípios: Revista de Filosofia (UFRN); v. 30 n. 62 (2023): Princípios: Revista de Filosofia (UFRN)1983-21090104-869410.21680/1983-2109.2023v30n62reponame:Princípios (Natal. Online)instname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNporhttps://periodicos.ufrn.br/principios/article/view/29477/17504Copyright (c) 2023 Gabriel Gurae Guedes Paeshttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessGuedes Paes, Gabriel Gurae2023-09-26T12:04:54Zoai:periodicos.ufrn.br:article/29477Revistahttps://periodicos.ufrn.br/principiosPUBhttps://periodicos.ufrn.br/principios/oai||principios@cchla.ufrn.br1983-21090104-8694opendoar:2023-09-26T12:04:54Princípios (Natal. Online) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
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