A "pessoa" de Rudder Baker é realmente incorporada?
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Princípios (Natal. Online) |
Texto Completo: | https://periodicos.ufrn.br/principios/article/view/460 |
Resumo: | Alguns filósofos materialistas pensam, contra o dualismo de substância, que uma mente incorporada é apenas uma mente que depende de um corpo para existir, isto é, que a mente náo existe independentemente de um corpo. Tomarei como representativas deste ponto de vista muito limitado sobre incorporaçáo as idéias de Lynne Baker e sua Teoria da Constituiçáo de Propriedades. Baker diz que prefere enfrentar o problema da relaçáo pessoa e corpo em vez da relaçáo mente e corpo porque esta última formulaçáo implica a idéia de uma mente distinta e separada do corpo enquanto que a primeira está mais de acordo com sua concepçáo de uma mente incorporada e situada. O problema é que Baker esquece isso quando define pessoa em termos de perspectiva de primeira pessoa ou autoconsciência. Embora Baker diga que a autoconsciência depende de condições estruturais – um corpo – e ambientais – a situaçáo -, o que torna a pessoa humana autoconsciente uma entidade ontologicamente distinta do corpo que a constitui e de outros animais sáo suas realizações tais como arte, filosofia, ciência, moral, etc. Parece que, para Baker, a autoconsciência é náo apenas uma condiçáo necessária mas também uma condiçáo suficiente para aquelas realizações humanas, enquanto que o corpo desempenha apenas um papel indireto. Contra tais idéias nós podemos perguntar: as grandes realizações que distinguem pessoas humanas de outros animais seriam possíveis independentemente da constituiçáo biológica de nosso corpo e de suas necessidades? |
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