A DIMENSÃO SIMBÓLICA DA POLÍTICA E A HISTÓRIA DA DONA DE CASA QUE QUERIA GOVERNAR: UMA ANÁLISE DA CONSTRUÇAO DA IMAGEM PÚBLICA DE WILMA DE FARIA EM 2002 E 2006
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Inter-legere |
Texto Completo: | https://periodicos.ufrn.br/interlegere/article/view/4703 |
Resumo: | Este trabalho examina dois aspectos. Primeiro, a dimensão simbólica da política e alguns dos elementos que formam este universo, como a encenação, a representação, o mito, o espetáculo, a mídia e o marketing político e eleitoral. Partimos do princípio de que a política agrega um conjunto de traços relacionados tanto à razão quanto à subjetividade humanas, e que não pode ser resumida a apenas alguns cálculos baseados na racionalidade. No caso das eleições, em um processo (ritualístico, segundo Irlys Barreira) de escolha, há o encontro de dois sistemas de representações: àquele transmitido pelo ator político, em certo cenário, a partir de determinado contexto, baseado em uma trajetória de vida única; e o outro proveniente do público, atravessado pelas relações sociais, conjunturas próprias, anseios, desejos, expectativas e perspectivas singulares. Entre ambos aparecem os meios de comunicação de massa (principalmente a televisão), e com eles o advento da linguagem midiática e publicitária aplicada à política, alterando o esquema de visibilidade pública e inaugurando aquilo que Rejane Accioly Carvalho vai chamar de “estética da mostrabilidade”, o que não necessariamente significa uma preponderância da mídia sobre a política em seu todo, mas apenas a adaptação desta àquela no que diz respeito ao contato com o público, a porção ad extra da política, de acordo com Wilson Gomes. Em um segundo aspecto, tentaremos aplicar estes elementos a um estudo específico no sentido de verificá-los na construção efetiva de uma imagem pública, no caso, da atual governadora do Rio Grande do Norte, Wilma de Faria. O conceito de imagem pública será retirado do livro de Wilson A transformação da visibilidade na era da comunicação de massa, e diz respeito a uma imagem conceitual no sentido de fixar “traços de personalidade” por meio da trajetória política, da conduta pessoal, da ação dos image makers e da recepção do público. Para isso faremos uma análise de alguns vídeos levados ao ar no Horário Gratuito de Propaganda Eleitoral nos anos de 2002 e 2006. |
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A DIMENSÃO SIMBÓLICA DA POLÍTICA E A HISTÓRIA DA DONA DE CASA QUE QUERIA GOVERNAR: UMA ANÁLISE DA CONSTRUÇAO DA IMAGEM PÚBLICA DE WILMA DE FARIA EM 2002 E 2006Este trabalho examina dois aspectos. Primeiro, a dimensão simbólica da política e alguns dos elementos que formam este universo, como a encenação, a representação, o mito, o espetáculo, a mídia e o marketing político e eleitoral. Partimos do princípio de que a política agrega um conjunto de traços relacionados tanto à razão quanto à subjetividade humanas, e que não pode ser resumida a apenas alguns cálculos baseados na racionalidade. No caso das eleições, em um processo (ritualístico, segundo Irlys Barreira) de escolha, há o encontro de dois sistemas de representações: àquele transmitido pelo ator político, em certo cenário, a partir de determinado contexto, baseado em uma trajetória de vida única; e o outro proveniente do público, atravessado pelas relações sociais, conjunturas próprias, anseios, desejos, expectativas e perspectivas singulares. Entre ambos aparecem os meios de comunicação de massa (principalmente a televisão), e com eles o advento da linguagem midiática e publicitária aplicada à política, alterando o esquema de visibilidade pública e inaugurando aquilo que Rejane Accioly Carvalho vai chamar de “estética da mostrabilidade”, o que não necessariamente significa uma preponderância da mídia sobre a política em seu todo, mas apenas a adaptação desta àquela no que diz respeito ao contato com o público, a porção ad extra da política, de acordo com Wilson Gomes. Em um segundo aspecto, tentaremos aplicar estes elementos a um estudo específico no sentido de verificá-los na construção efetiva de uma imagem pública, no caso, da atual governadora do Rio Grande do Norte, Wilma de Faria. O conceito de imagem pública será retirado do livro de Wilson A transformação da visibilidade na era da comunicação de massa, e diz respeito a uma imagem conceitual no sentido de fixar “traços de personalidade” por meio da trajetória política, da conduta pessoal, da ação dos image makers e da recepção do público. Para isso faremos uma análise de alguns vídeos levados ao ar no Horário Gratuito de Propaganda Eleitoral nos anos de 2002 e 2006.UFRN2013-12-13info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.ufrn.br/interlegere/article/view/4703Revista Inter-Legere; n. 8 (2011): O PÓS NA PÓS1982-1662reponame:Inter-legereinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNporhttps://periodicos.ufrn.br/interlegere/article/view/4703/3856Copyright (c) 2014 Revista Inter-Legereinfo:eu-repo/semantics/openAccessFrança, Fagner Torres de2013-12-18T19:23:25Zoai:periodicos.ufrn.br:article/4703Revistahttps://periodicos.ufrn.br/interlegerePUBhttps://periodicos.ufrn.br/interlegere/oai||interlegere@cchla.ufrn.br||analaudelina@uol.com.br1982-16621982-1662opendoar:2013-12-18T19:23:25Inter-legere - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
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