Sobre a inconstância da alma jovem ou por que a juventude não está em crise?
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Inter-legere |
Texto Completo: | https://periodicos.ufrn.br/interlegere/article/view/4566 |
Resumo: | O presente artigo de conotação ensaística se propõe a refletir sobre o fenômeno da transgressão juvenil na contemporaneidade. A ideia central é questionar as inúmeras abordagens construídas por algumas vertentes da sociologia e da psicologia, que continuam pautadas na afirmação de que a juventude está em crise, seja pela saturação do imaginário moderno ou pelo desaparecimento da autoridade simbólica. Buscamos apresentar a transgressão como um movimento de ordem subjetiva, aqui apresentada sobre uma perspectiva relacional, ou seja, algo produzido num intenso embate de forças entre os mecanismos socializadores e a capacidade ?desejante? dos indivíduos. A partir do aporte teórico construído pela chamada antropologia simétrica Latour, Strathern, Ingold, Viveiros de Castro, propomos uma interpretação diferenciada desse fenômeno, levando em consideração a complexidade que reside nas manifestações juvenis; um convite a uma antropologia da juventude que possibilite a compreensão daquilo que foge do nosso olhar adulto-normativo. Não se trata de fazer uma apologia à transgressão juvenil como algo benéfico, liberador, mas sim de compreendê-la como parte da multiplicidade que caracteriza as culturas jovens. Para isso, é preciso que deixemos de lado o velho modelo das representações de viés platônico, que subordina a diferença às semelhanças, e que busca, através das identidades, descartar o indizível, o inaudível e o invisível, por estes provocarem ruídos desestabilizadores. |
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