O destino das palavras: igualdade, literatura e política na obra de Jacques Rancière

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Gabriel Paulo Neves da
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/30704
Resumo: O objetivo deste trabalho é apresentar e desenvolver a relação entre as palavras, a igualdade, a mancipação, a estética e a política na obra de Jacques Rancière a partir da hipótese de que elas são, para além de signos de comunicação, meios pelos quais se pode reconfigurar uma partilha do sensível. Concebe-se, em geral, que escrever é submeter as palavras a certos conjuntos de regras e de saberes. Concebe-se, ainda, que as palavras encontradas nos livros de literatura ou aquelas encontradas nos rótulos de certas embalagens não portam nenhuma potência pela qual os sujeitos poderiam verificar sua igualdade com outros sujeitos e engendrar sua emancipação. Este trabalho busca, contudo, seguir por outro caminho e demonstrar que a história nos oferece contraexemplos a essas concepções gerais, a saber, que as palavras da literatura e as das embalagens são motores potenciais da emancipação de qualquer um. Por isso, ele será divido em quatro momentos. Em primeiro lugar, mostrará a aventura intelectual de Joseph Jacotot, pedagogo francês, reevocado por Rancière na década de 1980 para sustentar sua tese da igualdade das inteligências. Essa, todavia, só é possível na medida em que é mediada pela experiência de uma distância possibilitada por um livro e suas palavras. O segundo momento do trabalho tratará do que Rancière chama de democracia literária e de que modo, indiretamente, a experiência de Jacotot é indicativo dessa democracia. As palavras voam sem controle e podem ser ditas e escritas, inclusive, por aqueles que não têm o direito de usá-las. A palavra é democrática porque pode ser dita fora de lugar. Se se pode falar de democracia literária, é graças ao modo de ser que as palavras adquirem na modernidade. É sob o modo da palavra muda que não apenas a literatura, mas as ciências ditas sociais em sua esteira, se instituíram como tais. E é acerca dessa instituição que o terceiro capítulo falará. Rancière faz uma reconstrução das origens do método da ciência historiadora remontando ao modo de escrita da literatura. Esta, por sua vez, se escreve não apenas a partir da flutuação das palavras sem controle, mas também a partir da reconfiguração do sensível que engendram. Não por acaso, escrever é uma atividade política para Rancière. Sobre isso, enfim, tratará o quarto capítulo deste trabalho, partindo da distinção aristotélica entre os que detêm a palavra (logos) e os que detêm apenas a voz (phoné). Rancière contesta essa divisão afirmando que a política só é possível pela ruptura dessa partilha sensível que estabelece, de um lado, os falantes e, de outro, os que não podem falar. No fundo, a política só é possível na medida em que há uma redefinição das palavras por aqueles que, antes, estavam proibidos de usá-las. Mas, também, a política só é possível na medida em que joga com os limites dessas proibições, fazendo falar aos que não falavam ou tornando visíveis os que não eram vistos.
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Concebe-se, em geral, que escrever é submeter as palavras a certos conjuntos de regras e de saberes. Concebe-se, ainda, que as palavras encontradas nos livros de literatura ou aquelas encontradas nos rótulos de certas embalagens não portam nenhuma potência pela qual os sujeitos poderiam verificar sua igualdade com outros sujeitos e engendrar sua emancipação. Este trabalho busca, contudo, seguir por outro caminho e demonstrar que a história nos oferece contraexemplos a essas concepções gerais, a saber, que as palavras da literatura e as das embalagens são motores potenciais da emancipação de qualquer um. Por isso, ele será divido em quatro momentos. Em primeiro lugar, mostrará a aventura intelectual de Joseph Jacotot, pedagogo francês, reevocado por Rancière na década de 1980 para sustentar sua tese da igualdade das inteligências. Essa, todavia, só é possível na medida em que é mediada pela experiência de uma distância possibilitada por um livro e suas palavras. O segundo momento do trabalho tratará do que Rancière chama de democracia literária e de que modo, indiretamente, a experiência de Jacotot é indicativo dessa democracia. As palavras voam sem controle e podem ser ditas e escritas, inclusive, por aqueles que não têm o direito de usá-las. A palavra é democrática porque pode ser dita fora de lugar. Se se pode falar de democracia literária, é graças ao modo de ser que as palavras adquirem na modernidade. É sob o modo da palavra muda que não apenas a literatura, mas as ciências ditas sociais em sua esteira, se instituíram como tais. E é acerca dessa instituição que o terceiro capítulo falará. Rancière faz uma reconstrução das origens do método da ciência historiadora remontando ao modo de escrita da literatura. Esta, por sua vez, se escreve não apenas a partir da flutuação das palavras sem controle, mas também a partir da reconfiguração do sensível que engendram. Não por acaso, escrever é uma atividade política para Rancière. Sobre isso, enfim, tratará o quarto capítulo deste trabalho, partindo da distinção aristotélica entre os que detêm a palavra (logos) e os que detêm apenas a voz (phoné). Rancière contesta essa divisão afirmando que a política só é possível pela ruptura dessa partilha sensível que estabelece, de um lado, os falantes e, de outro, os que não podem falar. No fundo, a política só é possível na medida em que há uma redefinição das palavras por aqueles que, antes, estavam proibidos de usá-las. Mas, também, a política só é possível na medida em que joga com os limites dessas proibições, fazendo falar aos que não falavam ou tornando visíveis os que não eram vistos.The purpose of this work is to present and develop the relation among words, equality, emancipation, aesthetics, and politics in the work of Jacques Rancière from the hypothesis that words are, beyond signs of communication, means by which one can reconfigure a distribution of the sensible. One conceives, in general, that writing is to submit words to certain sets of rules and knowledges. One still conceives that the words found in the books of literature or those found in certain packing labels do not carry any potence by which subjects could verify their equality with other subjects and engender their emancipation. This work seeks, however, to follow another way and to demonstrate that history offers us counter-examples to these general conceptions, namely, that the words of literature and those of packing labels are potencial motors of emancipation to anyone. Therefore, it will be divided into four moments. In the first place, it will show French pedagogue Joseph Jacotot’s intellectual adventure, recalled by Rancière in the 1980’s to sustain his thesis about the equality of intelligences. This equality, however, is only possible to the extent that it is mediated by the experience of a distance made possible by a book and its words. The second moment of this work will deal with what Rancière calls literary democracy and in what way, indirectly, Jacotot’s experience indicates this democracy. Words fly without control and can be said and written, including, by those who do not have the right to use them. The word is democratic because it can be said out of its place. If one can talk about literary democracy, it is due to the way of being that words acquire in modernity. It is under the mode of the mute speech that not only literature, but the so called social sciences on its path, constituted themselves as such. And it is about this institution that the third chapter will talk. Rancière makes a reconstruction of the origins of the method of the historian science by going back to the way of literature writing. Literature, in its turn, is ritten not only from the fluctuation of words without control, but also from the reconfiguration of the sensible that they engender. It is not by chance that writing is, for Rancière, a political activity. The fourth chapter of this work will deal with that finally by starting from the Aristotelian distinction between those who have the speech (logos) and those who have only the voice (phonè). Rancière challenges this division by affirming that politics is only possible by the rupture of the sensible distribution that establishes, on the one hand, the speakers and, on the other hand, those who cannot speak. Finally, politics is only possible to the extent that there is a redefinition of words by those who, right before, were forbidden of using them. But also politics is only possible to the extente that it plays with the limits of those prohibitions, making speak those who did not speak or making visible those who were not seen.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)Universidade Federal do Rio Grande do NortePROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIAUFRNBrasilPalavrasEstéticaPolíticaPolítica da literaturaJacques RancièreO destino das palavras: igualdade, literatura e política na obra de Jacques Rancièreinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALOdestinodaspalavras_Silva_2020.pdfapplication/pdf1293947https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/30704/1/Odestinodaspalavras_Silva_2020.pdf5749b6600819e75a8e242d858472d74bMD51TEXTOdestinodaspalavras_Silva_2020.pdf.txtOdestinodaspalavras_Silva_2020.pdf.txtExtracted texttext/plain423636https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/30704/2/Odestinodaspalavras_Silva_2020.pdf.txtfca26a1d84a9f3f507a077ab68cd0fd0MD52THUMBNAILOdestinodaspalavras_Silva_2020.pdf.jpgOdestinodaspalavras_Silva_2020.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1181https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/30704/3/Odestinodaspalavras_Silva_2020.pdf.jpgaef753d9857f17c380f2e76bf257cac2MD53123456789/307042020-11-29 04:46:09.016oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/30704Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2020-11-29T07:46:09Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false
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