Zinco na urina e o uso de medicamentos anti-hipertensivos em pacientes com insuficiência cardíaca

• Autor(a) principal: Silva, Ana Beatriz
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
• Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/40005
• topic: Nutrição; Insuficiência cardíaca; Zinco; Zincúria; Anti-hipertensivos; Terapia combinada

Introdução: A utilização de medicamentos anti-hipertensivos para tratamento da insuficiência cardíaca (IC) pode afetar o metabolismo do zinco e levar à deficiência desse elemento. Objetivo: Avaliar a excreção urinária de zinco e sua relação com o uso de medicamentos anti-hipertensivos em pacientes com IC. Método: O estudo incluiu 54 pacientes adultos e idosos, de ambos os sexos, com diagnóstico de IC. Foram coletados dados sociobiodemográficos, clínicos e nutricionais. O zinco na urina foi determinado pelo método de espectrometria de massa com plasma indutivamente acoplado (ICP-MS). A ingestão dietética de zinco foi avaliada por recordatórios de 24h, os dados foram analisados no software Virtual Nutri Plus 2.0® e comparados com os valores de recomendação da EAR. Para verificar a distribuição dos dados foi utilizado o teste de Kolmogorov-Smirnov e para associação das variáveis entre os grupos foram utilizados os testes Kruskall Wallis, Qui-quadrado ou teste de Fisher, quando apropriado. Resultados: Os pacientes foram divididos em três grupos de acordo com o número de medicamentos anti-hipertensivos utilizados, sendo eles: dois (n=12), três (n=24) e quatro ou mais (n=18). Foi observada maior frequência de pessoas do sexo masculino (70%), em classe funcional I/II (93%) e fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) reduzida (56%). Além disso, observou-se maior frequência de IC não isquêmica (57%) e presença de hipertensão arterial (67%). Os diuréticos foram utilizados por 87% da amostra. Foi encontrada uma mediana de ingestão de zinco de 7,06mg/dia (4,85 - 10,23) e valores de zinco urinário com mediana de 366,83 µg/24h (229,38 – 542,38), sem diferença estatística entre os grupos (todos p>0,05). Observou-se que 80% da amostra total apresentou zincúria abaixo de 600 µg/24h. Conclusão: Os pacientes apresentaram ingestão de zinco na dieta menor que o recomendado. A zincúria foi um achado pouco frequente em nossos pacientes, independentemente do número de medicamentos anti-hipertensivos utilizados.