Projeto raia de fogo: ecologia e filogeografia de Dasyatis marianae Gomes, Rosa & Gadig 2000
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRN |
Texto Completo: | https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/21837 |
Resumo: | Um grande número de tubarões e raias habita áreas costeiras tropicais. Diferentemente dos ambientes pelágicos em mar aberto, as áreas costeiras estão mais sujeitas a variações, tanto por ações antrópicas como pela influência continental, geográfica ou climática, resultando numa grande diversidade de habitats. Algumas espécies podem apresentar estreita relação com determinados habitats a ponto de ser possível distinguir padrões específicos para localidades diferentes. Dasyatis marianae é uma raia endêmica do nordeste do Brasil, ocorrendo do Maranhão ao sul da Bahia, exclusivamente sobre a plataforma continental. Com uma distribuição restrita, esta raia se mostrou estenotópica, apresentando baixa amplitude de tolerância às condições ambientais, principalmente a temperatura, salinidade e profundidade. Em consequência, D. marianae apresentou diferenças morfológicas, ecológicas e moleculares intraespecíficas ao longo de sua distribuição geográfica. As raias mais ao sul da distribuição são maiores e apresentam um padrão morfométrico distinto em relação as raias das localidades mais ao norte. Além disso, apresentam menor diversidade genética e uma maior preferência por crustáceos, em sua dieta. De uma forma geral, D. marianae está dividida em duas populações geneticamente estruturas, uma ampla população conectando os extremos de sua distribuição e outra população mais restrita, localizada na costa de Salvador. Características ambientais locais isolam essa população, mesmo sem uma barreira física fácil de ser identificada. O padrão de estruturação populacional de D. marianae sugere um isolamento por ambiente (IBE), onde a interação entre a espécie e o habitat estruturam sua variação espacial, independente da distância. Este trabalho, baseado numa abordagem integrativa (morfologia, alimentação, modelagem de nicho e filogeográfica), certamente gera subsídios para ações de manejo e conservação dessa espécie que, de acordo com a Portaria MMA n° 43/2014, é prioritária para pesquisas sobre seu estado de conservação. |
id |
UFRN_08a18a589c7e6ee7ca8565ca724a55ed |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/21837 |
network_acronym_str |
UFRN |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFRN |
repository_id_str |
|
spelling |
Costa, Tiego Luiz de AraújoBornatowski, HugoAraújo, Maria Lúcia Góes deRosa, Ricardo de SouzaTorres, Rodrigo Augusto2017-01-31T14:57:47Z2017-01-31T14:57:47Z2016-06-27COSTA, Tiego Luiz de Araújo. Projeto raia de fogo: ecologia e filogeografia de Dasyatis marianae Gomes, Rosa & Gadig 2000. 2016. 120f. Tese (Doutorado em Ecologia) - Centro de Biociências, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2016.https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/21837Um grande número de tubarões e raias habita áreas costeiras tropicais. Diferentemente dos ambientes pelágicos em mar aberto, as áreas costeiras estão mais sujeitas a variações, tanto por ações antrópicas como pela influência continental, geográfica ou climática, resultando numa grande diversidade de habitats. Algumas espécies podem apresentar estreita relação com determinados habitats a ponto de ser possível distinguir padrões específicos para localidades diferentes. Dasyatis marianae é uma raia endêmica do nordeste do Brasil, ocorrendo do Maranhão ao sul da Bahia, exclusivamente sobre a plataforma continental. Com uma distribuição restrita, esta raia se mostrou estenotópica, apresentando baixa amplitude de tolerância às condições ambientais, principalmente a temperatura, salinidade e profundidade. Em consequência, D. marianae apresentou diferenças morfológicas, ecológicas e moleculares intraespecíficas ao longo de sua distribuição geográfica. As raias mais ao sul da distribuição são maiores e apresentam um padrão morfométrico distinto em relação as raias das localidades mais ao norte. Além disso, apresentam menor diversidade genética e uma maior preferência por crustáceos, em sua dieta. De uma forma geral, D. marianae está dividida em duas populações geneticamente estruturas, uma ampla população conectando os extremos de sua distribuição e outra população mais restrita, localizada na costa de Salvador. Características ambientais locais isolam essa população, mesmo sem uma barreira física fácil de ser identificada. O padrão de estruturação populacional de D. marianae sugere um isolamento por ambiente (IBE), onde a interação entre a espécie e o habitat estruturam sua variação espacial, independente da distância. Este trabalho, baseado numa abordagem integrativa (morfologia, alimentação, modelagem de nicho e filogeográfica), certamente gera subsídios para ações de manejo e conservação dessa espécie que, de acordo com a Portaria MMA n° 43/2014, é prioritária para pesquisas sobre seu estado de conservação.A large number of sharks and rays inhabit tropical coastal áreas. Unlike pelagic environments in the open sea, coastal areas are more subject to variations, both by human actions, continental influence, geographic or climatic, resulting in a wide variety of habitats. Some species may have close relationship with certain habitats as to be possible to distinguish specific standards for different locations. Dasyatis marianae is an endemic stingray of northeastern Brazil, occurring from Maranhão to the south of Bahia, exclusively on the continental shelf. With a restricted distribution, this stingray showed stenotopic, with low amplitude tolerance to environmental conditions, especially temperature, salinity and depth. Consequently, D. marianae showed morphological differences, ecological and molecular intraspecific over their geographical distribution. The stingrays most southerly distribution are larger and have a distinct morphometric standard against the rays of the northernmost locations. In general, D. marianae is divided into two populations genetically structures, a large population connecting the extremes of the distribution and a more restricted population located in Salvador coast. Local environmental characteristics insulate this population, even without a physical barrier easy to identify. The pattern of population structure of D. marianae suggests an isolation by environment (IBE), where the interaction between the species and the habitat build their spatial variation, regardless of distance. This work, based on an integrative approach (morphology, feeding, niche modeling and phylogeographical) certainly generates grants for management actions and conservation of this species, according to Ordinance MMA n° 43/2014, is a priority for research on your conservation state.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)porCNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ECOLOGIARaiaModelagemMorfometriaGenéticaDietaDiferençasProjeto raia de fogo: ecologia e filogeografia de Dasyatis marianae Gomes, Rosa & Gadig 2000info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIAUFRNBrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALProjetoRaiaFogo_Costa_2016.pdfProjetoRaiaFogo_Costa_2016.pdfapplication/pdf3060185https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/21837/1/ProjetoRaiaFogo_Costa_2016.pdfce814ff6fd82a143c28efe058639a273MD51TEXTTiegoLuizDeAraujoCosta_TESE.pdf.txtTiegoLuizDeAraujoCosta_TESE.pdf.txtExtracted texttext/plain279279https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/21837/4/TiegoLuizDeAraujoCosta_TESE.pdf.txt30a51f0458690e725e11a8aaff99d5e6MD54ProjetoRaiaFogo_Costa_2016.pdf.txtProjetoRaiaFogo_Costa_2016.pdf.txtExtracted texttext/plain280873https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/21837/6/ProjetoRaiaFogo_Costa_2016.pdf.txt3fb53f906234bb7e099ff1e9ec12e0fcMD56THUMBNAILTiegoLuizDeAraujoCosta_TESE.pdf.jpgTiegoLuizDeAraujoCosta_TESE.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg3799https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/21837/5/TiegoLuizDeAraujoCosta_TESE.pdf.jpgc06b30e4cbee8e28d2a18836c4bdf7d5MD55ProjetoRaiaFogo_Costa_2016.pdf.jpgProjetoRaiaFogo_Costa_2016.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1467https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/21837/7/ProjetoRaiaFogo_Costa_2016.pdf.jpg2ad3d1803a2bff0b9781daaf0f8bfc85MD57123456789/218372019-06-02 02:17:47.04oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/21837Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2019-06-02T05:17:47Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Projeto raia de fogo: ecologia e filogeografia de Dasyatis marianae Gomes, Rosa & Gadig 2000 |
title |
Projeto raia de fogo: ecologia e filogeografia de Dasyatis marianae Gomes, Rosa & Gadig 2000 |
spellingShingle |
Projeto raia de fogo: ecologia e filogeografia de Dasyatis marianae Gomes, Rosa & Gadig 2000 Costa, Tiego Luiz de Araújo CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ECOLOGIA Raia Modelagem Morfometria Genética Dieta Diferenças |
title_short |
Projeto raia de fogo: ecologia e filogeografia de Dasyatis marianae Gomes, Rosa & Gadig 2000 |
title_full |
Projeto raia de fogo: ecologia e filogeografia de Dasyatis marianae Gomes, Rosa & Gadig 2000 |
title_fullStr |
Projeto raia de fogo: ecologia e filogeografia de Dasyatis marianae Gomes, Rosa & Gadig 2000 |
title_full_unstemmed |
Projeto raia de fogo: ecologia e filogeografia de Dasyatis marianae Gomes, Rosa & Gadig 2000 |
title_sort |
Projeto raia de fogo: ecologia e filogeografia de Dasyatis marianae Gomes, Rosa & Gadig 2000 |
author |
Costa, Tiego Luiz de Araújo |
author_facet |
Costa, Tiego Luiz de Araújo |
author_role |
author |
dc.contributor.authorID.pt_BR.fl_str_mv |
|
dc.contributor.advisorID.pt_BR.fl_str_mv |
|
dc.contributor.referees1.none.fl_str_mv |
Bornatowski, Hugo |
dc.contributor.referees1ID.pt_BR.fl_str_mv |
|
dc.contributor.referees2.none.fl_str_mv |
Araújo, Maria Lúcia Góes de |
dc.contributor.referees2ID.pt_BR.fl_str_mv |
|
dc.contributor.referees3.none.fl_str_mv |
Rosa, Ricardo de Souza |
dc.contributor.referees3ID.pt_BR.fl_str_mv |
|
dc.contributor.referees4.none.fl_str_mv |
Torres, Rodrigo Augusto |
dc.contributor.referees4ID.pt_BR.fl_str_mv |
|
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Costa, Tiego Luiz de Araújo |
dc.subject.cnpq.fl_str_mv |
CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ECOLOGIA |
topic |
CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ECOLOGIA Raia Modelagem Morfometria Genética Dieta Diferenças |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Raia Modelagem Morfometria Genética Dieta Diferenças |
description |
Um grande número de tubarões e raias habita áreas costeiras tropicais. Diferentemente dos ambientes pelágicos em mar aberto, as áreas costeiras estão mais sujeitas a variações, tanto por ações antrópicas como pela influência continental, geográfica ou climática, resultando numa grande diversidade de habitats. Algumas espécies podem apresentar estreita relação com determinados habitats a ponto de ser possível distinguir padrões específicos para localidades diferentes. Dasyatis marianae é uma raia endêmica do nordeste do Brasil, ocorrendo do Maranhão ao sul da Bahia, exclusivamente sobre a plataforma continental. Com uma distribuição restrita, esta raia se mostrou estenotópica, apresentando baixa amplitude de tolerância às condições ambientais, principalmente a temperatura, salinidade e profundidade. Em consequência, D. marianae apresentou diferenças morfológicas, ecológicas e moleculares intraespecíficas ao longo de sua distribuição geográfica. As raias mais ao sul da distribuição são maiores e apresentam um padrão morfométrico distinto em relação as raias das localidades mais ao norte. Além disso, apresentam menor diversidade genética e uma maior preferência por crustáceos, em sua dieta. De uma forma geral, D. marianae está dividida em duas populações geneticamente estruturas, uma ampla população conectando os extremos de sua distribuição e outra população mais restrita, localizada na costa de Salvador. Características ambientais locais isolam essa população, mesmo sem uma barreira física fácil de ser identificada. O padrão de estruturação populacional de D. marianae sugere um isolamento por ambiente (IBE), onde a interação entre a espécie e o habitat estruturam sua variação espacial, independente da distância. Este trabalho, baseado numa abordagem integrativa (morfologia, alimentação, modelagem de nicho e filogeográfica), certamente gera subsídios para ações de manejo e conservação dessa espécie que, de acordo com a Portaria MMA n° 43/2014, é prioritária para pesquisas sobre seu estado de conservação. |
publishDate |
2016 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2016-06-27 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2017-01-31T14:57:47Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2017-01-31T14:57:47Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
COSTA, Tiego Luiz de Araújo. Projeto raia de fogo: ecologia e filogeografia de Dasyatis marianae Gomes, Rosa & Gadig 2000. 2016. 120f. Tese (Doutorado em Ecologia) - Centro de Biociências, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2016. |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/21837 |
identifier_str_mv |
COSTA, Tiego Luiz de Araújo. Projeto raia de fogo: ecologia e filogeografia de Dasyatis marianae Gomes, Rosa & Gadig 2000. 2016. 120f. Tese (Doutorado em Ecologia) - Centro de Biociências, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2016. |
url |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/21837 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFRN |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFRN instname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) instacron:UFRN |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) |
instacron_str |
UFRN |
institution |
UFRN |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFRN |
collection |
Repositório Institucional da UFRN |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/21837/1/ProjetoRaiaFogo_Costa_2016.pdf https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/21837/4/TiegoLuizDeAraujoCosta_TESE.pdf.txt https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/21837/6/ProjetoRaiaFogo_Costa_2016.pdf.txt https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/21837/5/TiegoLuizDeAraujoCosta_TESE.pdf.jpg https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/21837/7/ProjetoRaiaFogo_Costa_2016.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
ce814ff6fd82a143c28efe058639a273 30a51f0458690e725e11a8aaff99d5e6 3fb53f906234bb7e099ff1e9ec12e0fc c06b30e4cbee8e28d2a18836c4bdf7d5 2ad3d1803a2bff0b9781daaf0f8bfc85 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1802117764381409280 |