Uso do microcrustáceo do gênero Tisbe (COPEPODA: HARPACTICOIDA) em bioensaios ecotoxicológicos: revisão bibliográfica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Medeiros Filho, Rildécio
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/47299
Resumo: Muitos organismos são usados em bioensaios, incluindo o microcrustáceo Tisbe. Tendo em vista a importância ecológica do gênero Tisbe (Copepoda: Harpacticoida) e seu uso nos bioensaios, o presente estudo objetivou compilar informações sobre a sensibilidade de tal organismo a diversas substâncias, para observar se existe um padrão de tal característica para o mesmo. O trabalho foi conduzido por meio de revisão bibliográfica com publicações da ultima década obtidos de bases de dados internacionais utilizando as palavras chaves “Tisbe” e “efeito”. Foram encontrados 8 artigos envolvendo as espécies Tisbe biminiensis, T. battagliari e T. holoturiae, e uma espécie não foi idenficada, sendo referenciada como Tisbe sp.. Todas as substâncias relatadas, com exceto do flubenzadol e TBT, apresentaram alta toxicidade aos copépodes em suas concentrações mais elevadas, provocando efeitos negativos para sobrevivência, reprodução e desenvolvimento. Sulfato de cobre, dicromato de potássio e dióxido de carbono causaram efeitos negativos na reprodução e no desenvolvimento em concentrações mais altas, porém foram benéficos para produção naupliar e de copepoditos em baixas concentrações. Segundo os dados publicados, nitrato de prata, prata com polivinilpirrolidona, cloreto de cobre, cloreto de cádmio e dióxido de carbono com cobre apresentaram aumento nos efeitos negativos à sobrevivência e reprodução com o aumento das concentrações. Pode-se concluir que, segundo a literatura, substâncias potencialmente tóxicas causam efeitos negativos sobre os copépodos do gênero Tisbe; metais, apesar de tóxicos em altas concentrações, podem ser benéficos em baixas concentrações, num efeito denominado “hormese”; a combinação de substâncias tóxicas potencializa os efeitos negativos sobre Tisbe.
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