Efeitos do treino de marcha em esteira com adição de carga ao membro inferior não parético de indivíduos com acidente vascular cerebral: ensaio clínico controlado e randomizado
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRN |
Texto Completo: | https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/21276 |
Resumo: | Introdução: A marcha após Acidente Vascular Cerebral (AVC) caracteriza-se por expressiva assimetria entre os membros inferiores, com o uso preponderante do membro inferior não-parético (MINP) em detrimento do uso do membro inferior parético. Nesse sentido, tem sido sugerido que adição de carga ao MINP como forma de restrição ao movimento deste membro possa favorecer o uso do membro parético, reduzindo a assimetria intermembros. Contudo, há poucos estudos realizados até o momento, os quais têm investigado apenas os efeitos imediatos dessa abordagem. Objetivos: 1) Investigar se há influência da adição de carga ao MINP durante o treinamento em esteira sobre os parâmetros cardiovasculares e sobre a performance da marcha de indivíduos com AVC; 2) Analisar os efeitos do treinamento em esteira com e sem adição de carga ao MINP sobre os parâmetros cinemáticos de cada membro inferior durante a marcha; 3) Analisar os efeitos do treinamento em esteira com e sem adição de carga ao MINP sobre as medidas de mobilidade funcional e equilíbrio postural desses pacientes. Materiais e Métodos: Trata-se de um ensaio clínico randomizado e simples cego, no qual participaram 38indivíduos, com média de idade de 56,5 anos, na fase subaguda pós-AVC (tempo médio de sequela de 4,5 meses). Os participantes foram distribuídos aleatoriamente em grupo experimental (GE) e grupo controle (GC). O GE (n= 19) foi submetido ao treino de marcha em esteira com adição de carga ao MINP, feita por meio de caneleiras com carga equivalente a 5% do peso corporal. O GC (n= 19) foi submetido somente ao treino de marcha em esteira. Em ambos os grupos, também foram aplicadas estratégias comportamentais, que incluíam exercícios domiciliares. As intervenções ocorreram diariamente durante duas semanas consecutivas (Dia 1 ao Dia 9), com duração de 30 minutos cada. As medidas de desfecho: equilíbrio postural (Escala de Equilíbrio funcional de Berg - EEB), mobilidade funcional (Timed Up and Go - TUG; variáveis cinemáticas do movimento de giro de 180°), variáveis cinéticas e cinemáticas da marcha e coordenação dos membros inferiores (Teste para Coordenação dos Membros Inferiores - LEMOCOT) foram avaliadas na linha de base (Dia 0), após quatro sessões de treinamento (Dia 4), após nove sessões de treinamento (Dia 9) e após 40 dias do término dos treinamentos (Follow-up). Os parâmetros cardiovasculares foram avaliados em quatro momentos dentro de cada sessão de treinamento. Análise de variância (ANOVA) foi utilizada para comparar os desfechos entre o GE e o GC no decorrer do estudo (Dia 0, Dia 4, Dia 9 e Follow-up). Testes t não-pareados permitiram a comparação intergrupos em cada sessão de treinamento. Em todos os testes, a significância foi estabelecida em 5%. Resultados: 1) Os parâmetros cardiovasculares não sofreram alterações após as intervenções e não houve diferenças entre os grupos dentro de cada sessão de treinamento. Houve melhora da performance da marcha, com aumento da velocidade e da distância percorrida, sem diferença estatisticamente significante entre os grupos. 2) Após as intervenções, os pacientes aumentaram o comprimento do passo parético e não parético, além de exibirem maior excursão articular no quadril e joelho de ambos os membros inferiores. Os ganhos foram observados no GE e GC, sem diferença estatística entre os grupos e mantidos (em sua maioria) no follow-up. 3) Após as intervenções, os pacientes exibiram melhor equilíbrio postural (maiores escores na EEB) e mobilidade funcional (redução do tempo gasto no teste TUG e melhora da performance do movimento de giro de 180°). Todos os ganhos foram observados no GE e GC, sem diferença estatisticamente significativa entre os grupos e foram mantidos no follow-up. Conclusões: A adição de carga ao MINP não alterou os parâmetros cardiovasculares de indivíduos com AVC subagudo, semelhante ao treino em esteira sem carga, mostrando-se um treinamento seguro a ser aplicado nestes pacientes. Entretanto, o uso da carga não ocasionoubenefícios adicionais ao treinamento de marcha. O programa de treinamento de marcha (nove sessões de treino em esteira + estratégias e exercícios para estimulação do membro parético) mostrou-se útil para melhora da performance e da cinemática da marcha, da mobilidade funcional e do equilíbrio postural, sendo sugerida a sua utilização com o intuito de promover a otimização desses desfechos após AVC na fase subaguda. |
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Tese (Doutorado em Fisioterapia) - Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2016.https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/21276Introdução: A marcha após Acidente Vascular Cerebral (AVC) caracteriza-se por expressiva assimetria entre os membros inferiores, com o uso preponderante do membro inferior não-parético (MINP) em detrimento do uso do membro inferior parético. Nesse sentido, tem sido sugerido que adição de carga ao MINP como forma de restrição ao movimento deste membro possa favorecer o uso do membro parético, reduzindo a assimetria intermembros. Contudo, há poucos estudos realizados até o momento, os quais têm investigado apenas os efeitos imediatos dessa abordagem. Objetivos: 1) Investigar se há influência da adição de carga ao MINP durante o treinamento em esteira sobre os parâmetros cardiovasculares e sobre a performance da marcha de indivíduos com AVC; 2) Analisar os efeitos do treinamento em esteira com e sem adição de carga ao MINP sobre os parâmetros cinemáticos de cada membro inferior durante a marcha; 3) Analisar os efeitos do treinamento em esteira com e sem adição de carga ao MINP sobre as medidas de mobilidade funcional e equilíbrio postural desses pacientes. Materiais e Métodos: Trata-se de um ensaio clínico randomizado e simples cego, no qual participaram 38indivíduos, com média de idade de 56,5 anos, na fase subaguda pós-AVC (tempo médio de sequela de 4,5 meses). Os participantes foram distribuídos aleatoriamente em grupo experimental (GE) e grupo controle (GC). O GE (n= 19) foi submetido ao treino de marcha em esteira com adição de carga ao MINP, feita por meio de caneleiras com carga equivalente a 5% do peso corporal. O GC (n= 19) foi submetido somente ao treino de marcha em esteira. Em ambos os grupos, também foram aplicadas estratégias comportamentais, que incluíam exercícios domiciliares. As intervenções ocorreram diariamente durante duas semanas consecutivas (Dia 1 ao Dia 9), com duração de 30 minutos cada. As medidas de desfecho: equilíbrio postural (Escala de Equilíbrio funcional de Berg - EEB), mobilidade funcional (Timed Up and Go - TUG; variáveis cinemáticas do movimento de giro de 180°), variáveis cinéticas e cinemáticas da marcha e coordenação dos membros inferiores (Teste para Coordenação dos Membros Inferiores - LEMOCOT) foram avaliadas na linha de base (Dia 0), após quatro sessões de treinamento (Dia 4), após nove sessões de treinamento (Dia 9) e após 40 dias do término dos treinamentos (Follow-up). Os parâmetros cardiovasculares foram avaliados em quatro momentos dentro de cada sessão de treinamento. Análise de variância (ANOVA) foi utilizada para comparar os desfechos entre o GE e o GC no decorrer do estudo (Dia 0, Dia 4, Dia 9 e Follow-up). Testes t não-pareados permitiram a comparação intergrupos em cada sessão de treinamento. Em todos os testes, a significância foi estabelecida em 5%. Resultados: 1) Os parâmetros cardiovasculares não sofreram alterações após as intervenções e não houve diferenças entre os grupos dentro de cada sessão de treinamento. Houve melhora da performance da marcha, com aumento da velocidade e da distância percorrida, sem diferença estatisticamente significante entre os grupos. 2) Após as intervenções, os pacientes aumentaram o comprimento do passo parético e não parético, além de exibirem maior excursão articular no quadril e joelho de ambos os membros inferiores. Os ganhos foram observados no GE e GC, sem diferença estatística entre os grupos e mantidos (em sua maioria) no follow-up. 3) Após as intervenções, os pacientes exibiram melhor equilíbrio postural (maiores escores na EEB) e mobilidade funcional (redução do tempo gasto no teste TUG e melhora da performance do movimento de giro de 180°). Todos os ganhos foram observados no GE e GC, sem diferença estatisticamente significativa entre os grupos e foram mantidos no follow-up. Conclusões: A adição de carga ao MINP não alterou os parâmetros cardiovasculares de indivíduos com AVC subagudo, semelhante ao treino em esteira sem carga, mostrando-se um treinamento seguro a ser aplicado nestes pacientes. Entretanto, o uso da carga não ocasionoubenefícios adicionais ao treinamento de marcha. O programa de treinamento de marcha (nove sessões de treino em esteira + estratégias e exercícios para estimulação do membro parético) mostrou-se útil para melhora da performance e da cinemática da marcha, da mobilidade funcional e do equilíbrio postural, sendo sugerida a sua utilização com o intuito de promover a otimização desses desfechos após AVC na fase subaguda.Introduction: Gait after stroke is characterized by a significant asymmetry between the lower limbs, with predominant use of the non-paretic lower limb (NPLL) over using the paretic lower limb. Accordingly, it has been suggested that adding load/weight to the NPLL as a form of restricting the movement of this limb may favor the use of the paretic limb, reducing interlimb asymmetry. However, few studies have been conducted up to this moment, which only investigated the immediate effects of this practice. Objectives: 1) Investigating whether there is an influence of adding load to the NPLL during treadmill training on cardiovascular parameters and on gait performance of individuals with stroke, compared to treadmill training without load addition; 2) Analyzing the effects of treadmill training with and without load added to the NPLL on kinematic parameters of each lower limb during gait; 3) Analyzing the effects of treadmill training with and without load added to the NPLL on measurements of functional mobility and postural balance of these patients. Materials and Methods: This is a randomized single blinded clinical trial involving 38 subjects, with a mean age of 56.5 years, at the subacute post-stroke phase (with mean time since stroke of 4.5 months). Participants were randomly assigned into an experimental group (EG) or control group (CG). EG (n= 19) was submitted to gait training on a treadmill with the addition of load to the NPLL by ankle weights equivalent to 5% of body weight. CG (n= 19) was only submitted to gait training on a treadmill. Behavioral strategies which included home exercises were also applied to both groups. The interventions occurred daily for two consecutive weeks (Day 1 to Day 9), being of 30 minutes duration each. Outcome measures: postural balance (Berg Functional Balance Scale – BBS), functional mobility (Timed Up and Go – TUG; kinematic variables of 180° turning) and kinematic gait variables were assessed at baseline (Day 0), after four training sessions (Day 4), after nine training sessions (Day 9), and 40 days after completion of training (Follow-up). Cardiovascular parameters (mean arterial pressure and heart rate) were evaluated at four moments within each training session. Analysis of variance (ANOVA) was used to compare outcomes between EG and CG in the course of the study (Day 0, Day 4, Day 9 and Follow-up). Unpaired t-tests allowed for intergroup comparison at each training session. 5% significance was used for all tests. Results: 1) Cardiovascular parameters (systemic arterial pressure, heart rate and derivated variables) did not change after the interventions and there were no differences between groups within each training session. There was an improvement in gait performance, with increased speed and distance covered, with no statistically significant difference between groups. 2) After the interventions, patients had increased paretic and non-paretic step lengths, in addition to exhibiting greater hip and knee joint excursion on both lower limbs. The gains were observed in the EG and CG, with no statistical difference between the groups and (mostly) maintained at follow-up. 3) After the interventions, patients showed better postural balance (higher scores on BBS) and functional mobility (reduced time spent on the TUG test and better performance on the 180° turning). All gains were observed in the EG and CG, with no statistically significant difference between groups and were maintained at follow-up. Conclusions: The addition of load to the NPLL did not affect cardiovascular parameters in patients with subacute stroke, similar to treadmill training without load, thus seemingly a safe training to be applied to these patients. However, the use of the load did not bring any additional benefits to gait training. The gait training program (nine training sessions on a treadmill + strategies and exercises for paretic limb stimulation) was useful for improving gait performance and kinematics, functional mobility and postural balance, and its use is suggested to promote the optimization of these outcomes in the subacute phase after stroke.porUniversidade Federal do Rio Grande do NortePROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIAUFRNBrasilCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONALHemiparesiaTranstornos neurológicos da marchaCinemáticaRestrição físicaReabilitaçãoEstudo de intervençãoEfeitos do treino de marcha em esteira com adição de carga ao membro inferior não parético de indivíduos com acidente vascular cerebral: ensaio clínico controlado e randomizadoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALTatianaSouzaRibeiro_TESE.pdfTatianaSouzaRibeiro_TESE.pdfapplication/pdf4899179https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/21276/1/TatianaSouzaRibeiro_TESE.pdf14c4f5a70f5da8345f825bf545267644MD51TEXTTatianaSouzaRibeiro_TESE.pdf.txtTatianaSouzaRibeiro_TESE.pdf.txtExtracted texttext/plain296920https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/21276/6/TatianaSouzaRibeiro_TESE.pdf.txt0e2a9d370231ce35cc173716c6cf8af9MD56THUMBNAILTatianaSouzaRibeiro_TESE.pdf.jpgTatianaSouzaRibeiro_TESE.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg2603https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/21276/7/TatianaSouzaRibeiro_TESE.pdf.jpgbdf69eba699be0a823e98cc9e3e28430MD57123456789/212762017-11-02 17:04:12.967oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/21276Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2017-11-02T20:04:12Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
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