Realidade virtual e a aprendizagem sensível do movimento no ensino de uma educação física inclusiva

• Autor(a) principal: Lucena, Hugo Donato Nóbrega de
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
• Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/45159
• topic: Realidade virtual; Educação Física; Inclusão; Fenomenologia

O presente trabalho tem por objetivo analisar a partir da revisão de literatura, se e como a realidade virtual (RV) promove a diversificação de movimentos em alunos com mobilidade reduzida no contexto da Educação Física Escolar. Com base nisto, definimos como objetivos específicos: estabelecer a relação do óculos de RV com a aprendizagem dos conteúdos da cultura de movimento nas aulas de Educação Física Escolar, a exemplo, o esporte de aventura na natureza, sob a perspectiva inclusiva; compreender a partir da fenomenologia, a existência de reconhecer outras possibilidades de movimentos para além de um deslocamento físico no espaço e no tempo, ampliando essa noção para uma perspectiva inclusiva; e compreender a possibilidade pedagógica da RV no ensino e vivência dos conteúdos da cultura de movimento nas aulas de Educação Física Escolar. Neste sentido optamos como estratégia metodológica, a pesquisa do tipo exploratória de características bibliográficas. Diante disso, a construção teórica da pesquisa, se deu a partir do levantamento e das leituras das referências encontradas, baseada em etapas distintas, mas que ao mesmo tempo caminharam juntas: a leitura exploratória, seletiva, analítica e interpretativa. Vale ressaltar que a revisão de literatura, dialogou com as áreas da educação, filosofia, sociologia, neurociência e principalmente com a fenomenologia. Os resultados da nossa pesquisa reconhecem, a importância de propor metodologias didático-pedagógicas e adaptações curriculares na promoção de uma Educação Física Inclusiva na possibilidade de garantir a participação de todos e todas indistintamente e seus direitos de aprendizagem, nesse caso discutimos a experiência da RV, por meio de seus óculos, para a vivência dos conteúdos da cultura de movimento. Apontaram também que a noção de movimento cristalizou-se numa visão unilateral, influenciada principalmente pelos gestos técnicos e padronizados dos esportes de alto rendimento, excluindo os sujeitos que por algum motivo não são capazes de reproduzir esse modelo, em sua maioria as pessoas com deficiência. Por fim, foi no diálogo com a fenomenologia, que a noção de movimento humano é ampliada alinhando-se a perspectiva inclusiva, em função dessa considerar a dimensão sensível do sujeito preponderante na construção do conhecimento sobre o movimento, mediante outras possibilidades de senti-lo.