Análise bioquímica quântica da mutação HIS275TIR na neuraminidase do H1N1 resistente ao oseltamivir

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Souza, Mylene Radmila de Oliveira
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/43148
Resumo: A cepa do vírus influenza A (H1N1) foi reconhecida no início do ano de 2009, como causa da última pandemia de gripe que teve início no México e se disseminou pelo mundo. A gripe comum é uma doença respiratória aguda autolimitada que se transmite através do contato interpessoal e sua sintomatologia são caracterizadas por dores musculares, cefaleia, tosse, febre, inflamação na garganta e congestão nasal. Contudo, as cepas pandêmicas do vírus Influenza A podem causar quadros clínicos mais graves resultando em bronquiolite e pneumonia que requerem tratamento específico. O mecanismo de infecção do vírus Influenza se dá por meio das duas glicoproteínas de superfície, a hemaglutinina e a neuraminidase. A hemaglutinina liga-se aos receptores do ácido siálico, do glicocálice das células induzindo a fusão entre o envelope viral e a membrana da célula. Já a neuraminidase age clivando o ácido siálico presentes nos receptores celulares, promovendo a dissociação das partículas virais das membranas das células que os produziram. Esse mecanismo impede que os vírus permaneçam agregados às membranas das células, o que impediria a infecção de novas células. Por esse motivo, a neuraminidase se tornou um importante alvo para fármacos antivirais. Atualmente, o oseltamivir é o agente de escolha para o tratamento e profilaxia da gripe por apresentar vantagens em relação aos outros fármacos, em virtude de sua ação mais seletiva. No entanto, já foram descritos casos de resistência a essa droga, o que se tornou motivo de preocupação para os profissionais de saúde. Tal resistência é acarretada por mutações no vírus que implicam em substituições de aminoácidos que se localizam no sítio ativo da neuraminidase, provocando alterações conformacionais que impedem a acomodação do fármaco neste local. A substituição da histidina por uma tirosina (HIS275TIR) é a mais encontrada. A partir da obtenção da estrutura cristalográfica da proteína escolhida (3CL0), foi calculada a energia de interação da neuraminidase contendo a mutação (HIS275TIR) com o oseltamivir, através de técnicas computacionais de modelagem molecular, com base na abordagem da Teoria Funcional da Densidade (DFT) associada ao Método de Fracionamento Molecular com Capas Conjugadas (MFCC). Os resultados obtidos permitem inferir que os aminoácidos com as energias de interações atrativas mais relevantes entre a proteína e seu ligante são Arg152, Arg118, Arg292, Arg368, Glu228, Glu119 e Asp151, confirmando a importância do sítio ativo da neuraminidase, visto que nele estão situados os resíduos de aminoácidos que mais contribuem para o aumento da afinidade pelo oseltamivir. Com base nesse conhecimento, é possível realizar um aprimoramento no design dos fármacos para que estes possam ser mais eficientes no tratamento da gripe
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