De memórias da infância à prática artística
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRN |
Texto Completo: | https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/38150 |
Resumo: | A questão inicial que norteou esse trabalho foi: é possível desenvolver trabalhos artísticos a partir da articulação de memórias, experiências e vivências cotidianas da infância? E, considerando que sim, é possível, adentrei em uma busca, uma tentativa de relembrar, recuperar, reviver tais memórias. Mais que isso, precisei também selecionálas, e a partir daí pensar como transformar tais experiências em práticas artísticas. Visitando lugares, conversando com a minha família, minha mãe em particular, revendo fotos e objetos que fizeram parte da minha infância, pude, assim, criar um terreno fértil de ideias para a criação artística que desejava realizar. Seguindo esta questão inicial e estes procedimentos, creio que pude, então, alcançar o meu principal objetivo nessa pesquisa, que foi desenvolver uma série de trabalhos artísticos – adotando como linguagens a fotografia e a assemblage –, tendo como referência as memórias da minha infância vivida no Sítio Umari Preto (município de Florânia, no sertão do Rio Grande do Norte). Foi nesse lugar que vivi até os meus dez anos de idade; e foi nele que construí o meu imaginário infantil. Ao final desse processo, realizei nove trabalhos artísticos, que serão expostos na Galeria do DEART, entre os dias 18 e 20 de dezembro de 2012. As anotações e reflexões apresentadas neste texto pretendem mostrar como foi o meu processo criativo, as questões que surgiam – como vou fazer isso?, que material vou usar? etc. –, bem como as relações que se foram apresentando, a ponto de eu me aperceber olhando para um monte de tijolos e ver através deles as transformações sociais que ocorrem ao longo das gerações. Foi como poder sentir o tempo se materializando, ver suas formas, cores e texturas. Mais que um processo criativo, vivi um tipo de experiência de percepção. Os objetos muitas vezes assumiram suas formas, quase que à minha revelia. Foi como se algo se moldasse no meu inconsciente, e só depois fosse projetado para mim mesma. |
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