Incidência e fatores de risco a não adaptação de novas próteses mandibulares: ensaio clínico
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRN |
Texto Completo: | https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/31446 |
Resumo: | Este ensaio clínico não randomizado se propôs a investigar a incidência e os fatores de risco a não adaptação de prótese total convencional mandibular (PTCM). Um total de 108 edêntulos bimaxilares foram reabilitados com próteses totais e acompanhados por um período de 3 e 6 meses. Nesses períodos, os pacientes foram alocados em PTA (Pacientes adaptados a PTCM) e PTN (Pacientes não adaptados a PTCM). Os critérios que confirmaram a adaptação dos pacientes foram: realizar a mastigação, fonética e deglutição confortavelmente com as próteses. As variáveis analisadas como possíveis fatores de risco foram registradas em ficha clínica e estavam relacionadas aos aspectos sociodemográficos e fatores centrados no paciente. A estimativa do tempo médio para adaptação à PTCM foi obtida a partir da curva de Kaplan-Meier. Inicialmente, os fatores de risco foram analisados estatisticamente pelo Teste do Qui-quadrado ou Exato de Fisher. Em seguida, foi realizada uma análise multivariada e o risco relativo foi ajustado através da regressão múltipla de Poisson. Os resultados revelaram incidência de 38,0% (n=41) dos indivíduos não adaptados a novas próteses totais mandibulares após 3 meses. Essa não adaptação à prótese total mandibular esteve associada significativamente à ausência de experiência prévia com PTCM (p=0,042), à presença de ulcerações após 15 dias da reabilitação (p<0,001) e à altura do rebordo mandibular posterior reduzida (p=0,035). Após 6 meses, essa incidência reduziu para 14,1% (n=14), sendo a ocorrência de lesões ulcerosas após 15 dias (p<0,001) e 30 dias (p<0,001) da instalação das novas próteses e o uso não regular da nova PTCM (p<0,001) os fatores de risco associados à não adaptação à PTCM. A análise de sobrevida mostrou que 78,53 ± 36,11 dias são suficientes para adaptação da maioria dos pacientes à prótese, com o menor tempo médio de adaptação à PTCM associado significativamente à experiência prévia com PTs inferiores (p=0,032), ao uso de próteses antigas confeccionadas por dentista (p=0,034), à ausência de registro de lesões nos primeiros dias após reabilitação (p=0,023), à rebordo mandibular posterior não-reabsorvido (p=0,005) e ao uso regular das novas próteses mandibulares (p=0,002). Conclui-se que a incidência de indivíduos não adaptados a PTCM foi maior em um período de 3 meses, com redução após 6 meses de acompanhamento. As variáveis sociodemográficas não influenciaram na adaptação à prótese mandibular nos períodos de 3 e 6 meses. No tempo de 3 meses, a ausência de experiência prévia com PTCM, registro de úlceras traumáticas em arco mandibular e a presença de rebordos mandibulares reduzidos interferiram negativamente na adaptação às novas próteses inferiores constituindo-se como fatores de riscos ao não uso da PTCM. Todavia, após 6 meses de uso das próteses, apenas a ocorrência de lesões ulcerativas e o uso não regular das próteses foram fatores de risco à não adaptação à prótese mandibular. Em média, a maioria dos indivíduos se adaptou a nova PTCM em 2,6 meses. Essa adaptação em menor tempo esteve associada à experiência prévia com prótese inferior, ao uso de próteses antigas confeccionadas por dentista, à ausência de registro de úlceras traumáticas após tratamento reabilitador, à presença de rebordo não reabsorvido e ao uso regular das novas PTCM. |
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Nesses períodos, os pacientes foram alocados em PTA (Pacientes adaptados a PTCM) e PTN (Pacientes não adaptados a PTCM). Os critérios que confirmaram a adaptação dos pacientes foram: realizar a mastigação, fonética e deglutição confortavelmente com as próteses. As variáveis analisadas como possíveis fatores de risco foram registradas em ficha clínica e estavam relacionadas aos aspectos sociodemográficos e fatores centrados no paciente. A estimativa do tempo médio para adaptação à PTCM foi obtida a partir da curva de Kaplan-Meier. Inicialmente, os fatores de risco foram analisados estatisticamente pelo Teste do Qui-quadrado ou Exato de Fisher. Em seguida, foi realizada uma análise multivariada e o risco relativo foi ajustado através da regressão múltipla de Poisson. Os resultados revelaram incidência de 38,0% (n=41) dos indivíduos não adaptados a novas próteses totais mandibulares após 3 meses. Essa não adaptação à prótese total mandibular esteve associada significativamente à ausência de experiência prévia com PTCM (p=0,042), à presença de ulcerações após 15 dias da reabilitação (p<0,001) e à altura do rebordo mandibular posterior reduzida (p=0,035). Após 6 meses, essa incidência reduziu para 14,1% (n=14), sendo a ocorrência de lesões ulcerosas após 15 dias (p<0,001) e 30 dias (p<0,001) da instalação das novas próteses e o uso não regular da nova PTCM (p<0,001) os fatores de risco associados à não adaptação à PTCM. A análise de sobrevida mostrou que 78,53 ± 36,11 dias são suficientes para adaptação da maioria dos pacientes à prótese, com o menor tempo médio de adaptação à PTCM associado significativamente à experiência prévia com PTs inferiores (p=0,032), ao uso de próteses antigas confeccionadas por dentista (p=0,034), à ausência de registro de lesões nos primeiros dias após reabilitação (p=0,023), à rebordo mandibular posterior não-reabsorvido (p=0,005) e ao uso regular das novas próteses mandibulares (p=0,002). Conclui-se que a incidência de indivíduos não adaptados a PTCM foi maior em um período de 3 meses, com redução após 6 meses de acompanhamento. As variáveis sociodemográficas não influenciaram na adaptação à prótese mandibular nos períodos de 3 e 6 meses. 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Essa adaptação em menor tempo esteve associada à experiência prévia com prótese inferior, ao uso de próteses antigas confeccionadas por dentista, à ausência de registro de úlceras traumáticas após tratamento reabilitador, à presença de rebordo não reabsorvido e ao uso regular das novas PTCM.This non-randomized clinical trial aimed to investigate the incidence and the risk factors to the non-adaptation of the conventional mandibular complete denture (CMCD). A total of 108 bimaxillary edentulous were rehabilitated with full dentures on a 3 month and 6 month follow-up. During these periods, patients were allocated into PTA (Patients adapted to CMCD) and PTN (Patients non-adapted to CMCD). The criteria that confirmed the patients’ adaptation were: chewing, phonetics, and swallowing comfortably with the dentures. The variables analyzed as possible risk factors were recorded in a clinical record and were related to sociodemographic aspects and patientcentered factors. The estimate of the average time for adaptation to CMCD was obtained from the Kaplan-Meier curve. Initially, the risk factors were analyzed statistically by the Chi-square test or Fisher's Exact test. Then, a multivariate analysis was performed and the relative risk was adjusted by Poisson regression. The results revealed an incidence of 38.0% (n=41) of individuals non-adapted to new mandibular complete dentures after 3 months. Non-adaptation to the mandibular complete denture was significantly associated with the absence of past mandibular denture experience (p=0.042), the presence of ulcerations after 15 days of rehabilitation (p<0.001), and the height of the reduced posterior mandibular ridge (p=0.035). After 6 months, this incidence decreased to 14.1% (n=14), with the occurrence of ulcerative lesions after 15 days (p<0.001) and 30 days (p<0.001) of the delivery of new dentures and the nonregular use of new CMCD (p<0.001) being the risk factors associated with the nonadaptation of CMCD. Survival analysis showed that 78.53 ± 36.11 days are enough for most patients to adapt to the dentures, with the lower average time to adapt to CMCD significantly associated with previous experience with mandibular CDs (p=0.032), use of old dentures made by a dentist (p=0.034), no record of ulcers after the first days after rehabilitation (p=0.023), posterior mandibular ridge non-reabsorbed (p=0.005) and regular use of new mandibular dentures (p=0.002). It concluded that the incidence of patients non-adapted to CMCD was higher in 3 months, with a reduction after 6 months follow up. Sociodemographic variables not influenced the adaptation to the mandibular dentures in the periods of 3 and 6 months. After 3 months, the absence of previous experience with CMCD, registration of traumatic ulcers in the mandibular arch, and the presence of lower mandibular ridges interfered negatively in the adaptation to new lower dentures, constituting risk factors for non-use CMCD. However, after 6 months of wearing the prostheses, only the occurrence of ulcerative lesions and non-regular wear of dentures were risk factors for non-adaptation to mandibular prostheses. On average, most individuals adapted to the new CMCD in 2.6 months. This adaptation in less time was associated with previous experience with an inferior dentures, the use of old prostheses made by a dentist, the absence of a record of traumatic ulcers after rehabilitation treatment, the presence of non-resorbed ridge and the regular use of the new CMCD.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESUniversidade Federal do Rio Grande do NortePROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS ODONTOLÓGICASUFRNBrasilPrótese total inferiorAdaptaçãoFatores de riscoAnálise de sobrevidaIncidência e fatores de risco a não adaptação de novas próteses mandibulares: ensaio clínicoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNTEXTIncidenciafatoresrisco_Ribeiro_2020.pdf.txtIncidenciafatoresrisco_Ribeiro_2020.pdf.txtExtracted texttext/plain128769https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/31446/2/Incidenciafatoresrisco_Ribeiro_2020.pdf.txt4204d9c1fa21b6dfda4e952525be5100MD52THUMBNAILIncidenciafatoresrisco_Ribeiro_2020.pdf.jpgIncidenciafatoresrisco_Ribeiro_2020.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1265https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/31446/3/Incidenciafatoresrisco_Ribeiro_2020.pdf.jpgf693ac37f9d3ea626d528bbc5b17a469MD53ORIGINALIncidenciafatoresrisco_Ribeiro_2020.pdfapplication/pdf1468506https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/31446/1/Incidenciafatoresrisco_Ribeiro_2020.pdf40a0f637b11a7a204403becb462fe04aMD51123456789/314462021-02-14 05:48:47.969oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/31446Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2021-02-14T08:48:47Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
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