A regulamentação das redes sociais como uma ferramenta de combate à desinformação

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Delgado, Maria Paula Teixeira
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/58084
Resumo: A internet revolucionou a forma que nos relacionamos com o ambiente e entre semelhantes. Se, por um lado, a liberdade de expressão está garantida como nunca antes, de outro, posicionou-se um teste às democracias modernas. Diante do fomento de narrativas fabricadas, sobretudo nas redes sociais, com o escopo de atingir fins de ordem política e/ou econômicos, tal como evidenciado nas eleições americanas de 2016, o objetivo deste trabalho foi investigar como o direito tem tratado o problema das “Fake News” frente aos ambientes das redes sociais, à luz do Direito Constitucional e Civil brasileiro. A pesquisa é qualitativa quanto à abordagem e bibliográfica quanto aos procedimentos, utilizando-se da doutrina, jurisprudência, direito comparado e legislação pertinente. Pôde-se concluir que a atual regulamentação limita a responsabilização das redes sociais a hipótese de descumprimento de mandado judicial no sentido de retirada de conteúdos, exclusão/suspensão de contas que proliferam essas notícias falsas e omissão na prestação de informações que auxiliam na localização e identificação de usuários. Em conformidade com a natureza híbrida desses espaços, entre o público e o corporativo, fazem-se necessárias a incorporação de valores públicos por parte dessas entidades com o estabelecimento de novas responsabilidades de identificação e localização e publicização de patrocinadores de conteúdo, mediante relatórios disponibilizados a toda a sociedade. Fazendo-se necessária ainda a definição de uma entidade reguladora independente responsável por implementar e fiscalizar o cumprimento dos deveres de cuidado.
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Diante do fomento de narrativas fabricadas, sobretudo nas redes sociais, com o escopo de atingir fins de ordem política e/ou econômicos, tal como evidenciado nas eleições americanas de 2016, o objetivo deste trabalho foi investigar como o direito tem tratado o problema das “Fake News” frente aos ambientes das redes sociais, à luz do Direito Constitucional e Civil brasileiro. A pesquisa é qualitativa quanto à abordagem e bibliográfica quanto aos procedimentos, utilizando-se da doutrina, jurisprudência, direito comparado e legislação pertinente. Pôde-se concluir que a atual regulamentação limita a responsabilização das redes sociais a hipótese de descumprimento de mandado judicial no sentido de retirada de conteúdos, exclusão/suspensão de contas que proliferam essas notícias falsas e omissão na prestação de informações que auxiliam na localização e identificação de usuários. Em conformidade com a natureza híbrida desses espaços, entre o público e o corporativo, fazem-se necessárias a incorporação de valores públicos por parte dessas entidades com o estabelecimento de novas responsabilidades de identificação e localização e publicização de patrocinadores de conteúdo, mediante relatórios disponibilizados a toda a sociedade. Fazendo-se necessária ainda a definição de uma entidade reguladora independente responsável por implementar e fiscalizar o cumprimento dos deveres de cuidado.The internet has revolutionized the way we relate to our environment and to each other. If, on the one hand, freedom of expression is guaranteed like never before, on the other, it has posed a test for modern democracies. Faced with the promotion of fabricated narratives, especially on social media, with the aim of achieving political and/or economic ends, as evidenced in the 2016 US elections, the aim of this work was to investigate how the law has dealt with the problem of "Fake News" in social media environments, in the light of Brazilian Constitutional and Civil Law. The research should be classified as qualitative in terms of approach and bibliographical in terms of procedures, using doctrine, comparative law and national laws concerning fake news. It was concluded that the current regulation limits the liability of social networks to the hypothesis of non-compliance with a court order to remove content, deletion/suspension of accounts that proliferate fake news and that fail to provide information that helps locate and identify users. In line with the hybrid nature of these spaces, between the civic and the corporate, it is necessary for these entities to incorporate public values by establishing new responsibilities for identifying and locating content sponsors, through reports made available to society as a whole. The definition of an independent regulatory body responsible for implementing and overseeing compliance with the duty of care, whose vacuum weakens Brazil's young democracy, is urgent.Universidade Federal do Rio Grande do NorteDireitoUFRNBrasilDepartamento de DireitoCNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADASDireito da internetFake NewsRedes sociaisRegulamentaçãoDesinformaçãoInstituições democráticasA regulamentação das redes sociais como uma ferramenta de combate à desinformaçãoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALTCC DIREITO (1) (1).docx (3).pdfTCC DIREITO (1) (1).docx (3).pdfapplication/pdf953454https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/58084/1/TCC%20DIREITO%20%281%29%20%281%29.docx%20%283%29.pdfed38e6d4cb4150704092b1f868ee2302MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81484https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/58084/2/license.txte9597aa2854d128fd968be5edc8a28d9MD52123456789/580842024-04-10 13:58:27.056oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/58084Tk9OLUVYQ0xVU0lWRSBESVNUUklCVVRJT04gTElDRU5TRQoKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIGRlbGl2ZXJpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBNci4gKGF1dGhvciBvciBjb3B5cmlnaHQgaG9sZGVyKToKCgphKSBHcmFudHMgdGhlIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIFJpbyBHcmFuZGUgZG8gTm9ydGUgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgb2YKcmVwcm9kdWNlLCBjb252ZXJ0IChhcyBkZWZpbmVkIGJlbG93KSwgY29tbXVuaWNhdGUgYW5kIC8gb3IKZGlzdHJpYnV0ZSB0aGUgZGVsaXZlcmVkIGRvY3VtZW50IChpbmNsdWRpbmcgYWJzdHJhY3QgLyBhYnN0cmFjdCkgaW4KZGlnaXRhbCBvciBwcmludGVkIGZvcm1hdCBhbmQgaW4gYW55IG1lZGl1bS4KCmIpIERlY2xhcmVzIHRoYXQgdGhlIGRvY3VtZW50IHN1Ym1pdHRlZCBpcyBpdHMgb3JpZ2luYWwgd29yaywgYW5kIHRoYXQKeW91IGhhdmUgdGhlIHJpZ2h0IHRvIGdyYW50IHRoZSByaWdodHMgY29udGFpbmVkIGluIHRoaXMgbGljZW5zZS4gRGVjbGFyZXMKdGhhdCB0aGUgZGVsaXZlcnkgb2YgdGhlIGRvY3VtZW50IGRvZXMgbm90IGluZnJpbmdlLCBhcyBmYXIgYXMgaXQgaXMKdGhlIHJpZ2h0cyBvZiBhbnkgb3RoZXIgcGVyc29uIG9yIGVudGl0eS4KCmMpIElmIHRoZSBkb2N1bWVudCBkZWxpdmVyZWQgY29udGFpbnMgbWF0ZXJpYWwgd2hpY2ggZG9lcyBub3QKcmlnaHRzLCBkZWNsYXJlcyB0aGF0IGl0IGhhcyBvYnRhaW5lZCBhdXRob3JpemF0aW9uIGZyb20gdGhlIGhvbGRlciBvZiB0aGUKY29weXJpZ2h0IHRvIGdyYW50IHRoZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSaW8gR3JhbmRlIGRvIE5vcnRlIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdCB0aGlzIG1hdGVyaWFsIHdob3NlIHJpZ2h0cyBhcmUgb2YKdGhpcmQgcGFydGllcyBpcyBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZpZWQgYW5kIHJlY29nbml6ZWQgaW4gdGhlIHRleHQgb3IKY29udGVudCBvZiB0aGUgZG9jdW1lbnQgZGVsaXZlcmVkLgoKSWYgdGhlIGRvY3VtZW50IHN1Ym1pdHRlZCBpcyBiYXNlZCBvbiBmdW5kZWQgb3Igc3VwcG9ydGVkIHdvcmsKYnkgYW5vdGhlciBpbnN0aXR1dGlvbiBvdGhlciB0aGFuIHRoZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSaW8gR3JhbmRlIGRvIE5vcnRlLCBkZWNsYXJlcyB0aGF0IGl0IGhhcyBmdWxmaWxsZWQgYW55IG9ibGlnYXRpb25zIHJlcXVpcmVkIGJ5IHRoZSByZXNwZWN0aXZlIGFncmVlbWVudCBvciBhZ3JlZW1lbnQuCgpUaGUgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZG8gUmlvIEdyYW5kZSBkbyBOb3J0ZSB3aWxsIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZnkgaXRzIG5hbWUgKHMpIGFzIHRoZSBhdXRob3IgKHMpIG9yIGhvbGRlciAocykgb2YgdGhlIGRvY3VtZW50J3MgcmlnaHRzCmRlbGl2ZXJlZCwgYW5kIHdpbGwgbm90IG1ha2UgYW55IGNoYW5nZXMsIG90aGVyIHRoYW4gdGhvc2UgcGVybWl0dGVkIGJ5CnRoaXMgbGljZW5zZQo=Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2024-04-10T16:58:27Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false
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