“Acham que brotamos das fontes dessa cidade?”: uma etnografia sobre o cotidiano de sobrevivência de pessoas em situação de rua em Nata/RN
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRN |
Texto Completo: | https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/20814 |
Resumo: | Através da observação participante, realizada na região administrativa leste de Natal/RN - referida aqui como “região central” - esta pesquisa teve como objetivo principal compreender o cotidiano dos sujeitos em situação de rua na cidade. Como se relacionam com o espaço onde vivem? Nessa relação, quais os usos e estratégias de sobrevivência acionadas por esse segmento social? Esses foram alguns dos questionamentos que nortearam esta pesquisa, com o propósito de evidenciar as especificidades deste modo de vida e os desdobramentos possíveis que tal situação possa reverberar aos seus sujeitos. Nesse sentido, houve um esforço de acompanhar as pessoas em situação de rua, seus itinerários e apreender as narrativas. Ao longo da trajetória de pesquisa - que aconteceu de forma intermitente entre os anos de 2011 a 2015 - frequentei espaços de ocupação e trânsito desse grupo populacional no meio da rua, como também me inseri e me envolvi em eventos, fóruns, seminários, reuniões e articulações de sujeitos em situação de rua enquanto movimento político (MNPR/RN). São consideradas nesta pesquisa como pessoas em situação de rua àquelas que ocupam a rua como espaço principal de sobrevivência e ordenação do cotidiano: nas ruas dormem, alimentam-se, satisfazem as necessidades fisiológicas e de higiene, bem como é o local onde tiram o sustento. A rua é tomada nesta investigação no seu sentido amplo, incluindo todos os possíveis locais relativamente protegidos do frio, da chuva e da exposição à violência, portanto inclui tanto espaços abertos e públicos: como praças e parques; como também locais fechados e privados: albergues, depósitos abandonados, presídios, etc. Observou-se que em nenhum desses espaços os sujeitos em situação de rua se estabelecem de maneira fixa, ao contrário, vivenciam a itinerância, que em parte deve-se aos ordenamentos urbanos - que tende a estigmatizá-los e excluí-los dos lugares - e à própria necessidade de sobrevivência, pois ao viver no meio da rua práticas diferenciadas são acionadas, e estas divergem do modo de vida sedentário dominante. |
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Como se relacionam com o espaço onde vivem? Nessa relação, quais os usos e estratégias de sobrevivência acionadas por esse segmento social? Esses foram alguns dos questionamentos que nortearam esta pesquisa, com o propósito de evidenciar as especificidades deste modo de vida e os desdobramentos possíveis que tal situação possa reverberar aos seus sujeitos. Nesse sentido, houve um esforço de acompanhar as pessoas em situação de rua, seus itinerários e apreender as narrativas. Ao longo da trajetória de pesquisa - que aconteceu de forma intermitente entre os anos de 2011 a 2015 - frequentei espaços de ocupação e trânsito desse grupo populacional no meio da rua, como também me inseri e me envolvi em eventos, fóruns, seminários, reuniões e articulações de sujeitos em situação de rua enquanto movimento político (MNPR/RN). São consideradas nesta pesquisa como pessoas em situação de rua àquelas que ocupam a rua como espaço principal de sobrevivência e ordenação do cotidiano: nas ruas dormem, alimentam-se, satisfazem as necessidades fisiológicas e de higiene, bem como é o local onde tiram o sustento. A rua é tomada nesta investigação no seu sentido amplo, incluindo todos os possíveis locais relativamente protegidos do frio, da chuva e da exposição à violência, portanto inclui tanto espaços abertos e públicos: como praças e parques; como também locais fechados e privados: albergues, depósitos abandonados, presídios, etc. Observou-se que em nenhum desses espaços os sujeitos em situação de rua se estabelecem de maneira fixa, ao contrário, vivenciam a itinerância, que em parte deve-se aos ordenamentos urbanos - que tende a estigmatizá-los e excluí-los dos lugares - e à própria necessidade de sobrevivência, pois ao viver no meio da rua práticas diferenciadas são acionadas, e estas divergem do modo de vida sedentário dominante.Through participant observation, held in the administrative region east of Natal / RN, this research aimed to understand about the daily life of men and women living on the streets in the city. How they relate to the space where they live? In this relationship, which uses and survival strategies triggered by this social segment? These were some of the questions that guided this research, in order to highlight the specificities of this way of life and the possible consequences that such a situation could reverberate. In this sense, there was an effort to keep up with people on the streets, their itineraries and seize their narratives. Along the search path - which took place intermittently between the years 2011-2015 - attended spaces of occupation and traffic of this population group in the street, as well as insert me and got involved in events, forums, seminars, meetings and subject of joints on the streets as a political movement (MNPR / RN). They are considered in this study as people on the street to those who occupy the street as their main space of survival and ordering of daily life: in the streets sleep, feed themselves, meet the physiological and hygienic needs, and is where draw sustenance. The street is taken in this research in its broadest sense, including all possible places relatively protected from the cold, rain and exposure to violence, thus includes both open and public spaces: as squares and parks; but also closed and private places: hostels, abandoned warehouses, prisons, etc. It was observed that in none of these spaces guys on the street are established in a fixed manner, in contrast, they experience the roaming, which in part is due to urban systems - which tends to stigmatize them and delete them places - and the very need to survive, because while living in the street differentiated practices are triggered, and these differ from the dominant mode of sedentary life.porUniversidade Federal do Rio Grande do NortePROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA SOCIALUFRNBrasilCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::ANTROPOLOGIAPessoas em situação de ruaEtnografiaEstratégias de sobrevivênciaNatal“Acham que brotamos das fontes dessa cidade?”: uma etnografia sobre o cotidiano de sobrevivência de pessoas em situação de rua em Nata/RNinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALBrotamosFontesCidade_Oliveira_2015.pdfBrotamosFontesCidade_Oliveira_2015.pdfapplication/pdf4392314https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/20814/1/BrotamosFontesCidade_Oliveira_2015.pdf466c48de6760097e5b8db0986fe06ef3MD51TEXTMariliaMeloDeOliveira_DISSERT.pdf.txtMariliaMeloDeOliveira_DISSERT.pdf.txtExtracted texttext/plain257124https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/20814/6/MariliaMeloDeOliveira_DISSERT.pdf.txt73173db9f6d887305de87b8f6e8ff4baMD56BrotamosFontesCidade_Oliveira_2015.pdf.txtBrotamosFontesCidade_Oliveira_2015.pdf.txtExtracted texttext/plain257124https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/20814/8/BrotamosFontesCidade_Oliveira_2015.pdf.txt73173db9f6d887305de87b8f6e8ff4baMD58THUMBNAILMariliaMeloDeOliveira_DISSERT.pdf.jpgMariliaMeloDeOliveira_DISSERT.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg2316https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/20814/7/MariliaMeloDeOliveira_DISSERT.pdf.jpgb19d5fcda8be5ac3be3b4ac7c11963f8MD57BrotamosFontesCidade_Oliveira_2015.pdf.jpgBrotamosFontesCidade_Oliveira_2015.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg2314https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/20814/9/BrotamosFontesCidade_Oliveira_2015.pdf.jpg89b7d7543b2b0699fc23d8bc63c20b04MD59123456789/208142019-01-30 06:50:10.307oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/20814Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2019-01-30T09:50:10Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
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