Observações de ondas T sísmicas ao longo da costa no nordeste do Brasil
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRN |
Texto Completo: | https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/34343 |
Resumo: | Terremotos de magnitude moderada ≥ 4,0 Mw, são constantemente identificados na borda das placas tectônicas no oceano Atlântico Equatorial, através de estações sismográficas globais. As ondas sísmicas geradas a partir desses eventos são refratadas pelo fundo do mar próximo ao epicentro, no qual parte da energia se propaga para a camada de água e se converte em ondas acústicas chamadas ondas T (terciárias). As ondas T se propagam dentro do canal SOFAR (Sound Fixing and Ranging), uma zona de baixa velocidade do som que forma um guia de ondas e permite a propagação por longas distâncias e baixa atenuação. Quando as ondas T atingem a costa (por exemplo, ilhas ou margens continentais), elas convertem-se novamente para uma propagação sísmica. No entanto, este processo de conversão, e a mudança da energia acústica para ondas T sísmicas na Terra sólida, são pouco conhecidos na região do Atlântico Equatorial. Para melhor compreender a propagação das ondas T no Atlântico equatorial, aqui é apresentado análise de cinco terremotos geradores de ondas T com magnitude de momento ≥ 5,7da Falha da Transformante Romanche, bem como dois eventos (Mw ≥5,8) da Falha da Transformante Chain. O objetivo desse estudo é descrever o comportamento da propagação da onda T utilizando dados de 24 estações sismográficas de banda larga da Rede Sismográfica Brasileira, e um da rede global (RCBR). Os eventos foram obtidos do catálogo Global Centroid-Moment Tensor (GCMT). Os terremotos da Transformante Romanche exibiram amplitudes de onda T sísmica com distribuições azimutais estação-evento de ~ 220º à ~ 270º. As amplitudes máximas estão em ~ 240-250º, decaindo em seguida gradualmente nas estações norte e sul. Não identificamos nenhuma correlação direta da amplitude com a distância epicentral, ou com a distância do trajeto sobre o continente. Da mesma forma, os eventos da Transformante Chain mostraram uma distribuição de raios sobre a linha costeira na faixa entre 230º e 265º de azimute, com as maiores amplitudes de onda T sísmica em estações de ~ 255º azimute. Os resultados indicam que existe uma correlação razoável entre a amplitude máxima da onda T sísmica e os azimutes da fonte do terremoto as estações ao longo da costa brasileira. Além disso, identificamos uma considerável correlação entre a amplitude da onda sísmica T com a onda P. Nossa interpretação é que o padrão de radiação para a onda P da fonte sísmica influencia as amplitudes das ondas T registradas ao longo da costa brasileira. Além disso, as estimativas da velocidade da onda T sísmica apresentaram variações entre ~2 a 6.5 km/s, sendo as velocidades mais altas associadas os raios que chegam perpendicularmente à plataforma continental. |
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Melo, Guilherme Weber Sampaio deDziak, Robert P.Assumpção, Marcelo Souza deVital, HeleniceNascimento, Aderson Farias do2021-07-12T16:37:11Z2021-09-20T12:23:55Z2021-07-12T16:37:11Z2021-09-20T12:23:55Z2021-07-0120170002598MELO, Guilherme Weber Sampaio de. Observações de ondas T sísmicas ao longo da costa no nordeste do Brasil. 2021. 64 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Geofísica) - Departamento de Geofísica, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2021.https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/34343Terremotos de magnitude moderada ≥ 4,0 Mw, são constantemente identificados na borda das placas tectônicas no oceano Atlântico Equatorial, através de estações sismográficas globais. As ondas sísmicas geradas a partir desses eventos são refratadas pelo fundo do mar próximo ao epicentro, no qual parte da energia se propaga para a camada de água e se converte em ondas acústicas chamadas ondas T (terciárias). As ondas T se propagam dentro do canal SOFAR (Sound Fixing and Ranging), uma zona de baixa velocidade do som que forma um guia de ondas e permite a propagação por longas distâncias e baixa atenuação. Quando as ondas T atingem a costa (por exemplo, ilhas ou margens continentais), elas convertem-se novamente para uma propagação sísmica. No entanto, este processo de conversão, e a mudança da energia acústica para ondas T sísmicas na Terra sólida, são pouco conhecidos na região do Atlântico Equatorial. Para melhor compreender a propagação das ondas T no Atlântico equatorial, aqui é apresentado análise de cinco terremotos geradores de ondas T com magnitude de momento ≥ 5,7da Falha da Transformante Romanche, bem como dois eventos (Mw ≥5,8) da Falha da Transformante Chain. O objetivo desse estudo é descrever o comportamento da propagação da onda T utilizando dados de 24 estações sismográficas de banda larga da Rede Sismográfica Brasileira, e um da rede global (RCBR). Os eventos foram obtidos do catálogo Global Centroid-Moment Tensor (GCMT). Os terremotos da Transformante Romanche exibiram amplitudes de onda T sísmica com distribuições azimutais estação-evento de ~ 220º à ~ 270º. As amplitudes máximas estão em ~ 240-250º, decaindo em seguida gradualmente nas estações norte e sul. Não identificamos nenhuma correlação direta da amplitude com a distância epicentral, ou com a distância do trajeto sobre o continente. Da mesma forma, os eventos da Transformante Chain mostraram uma distribuição de raios sobre a linha costeira na faixa entre 230º e 265º de azimute, com as maiores amplitudes de onda T sísmica em estações de ~ 255º azimute. Os resultados indicam que existe uma correlação razoável entre a amplitude máxima da onda T sísmica e os azimutes da fonte do terremoto as estações ao longo da costa brasileira. Além disso, identificamos uma considerável correlação entre a amplitude da onda sísmica T com a onda P. Nossa interpretação é que o padrão de radiação para a onda P da fonte sísmica influencia as amplitudes das ondas T registradas ao longo da costa brasileira. Além disso, as estimativas da velocidade da onda T sísmica apresentaram variações entre ~2 a 6.5 km/s, sendo as velocidades mais altas associadas os raios que chegam perpendicularmente à plataforma continental.Moderate magnitude ≥ 4.0 Mw earthquakes, located on the edge of tectonic plates in the equatorial Atlantic Ocean, are commonly recorded by global seismographic stations. The seismic waves generated from these events are refracted through the seafloor near the epicenter, in which part of the energy propagates into the oceanic water layer and converts to acoustic waves called T (tertiary) waves. T waves propagate within the SOFAR (Sound Fixing and Ranging) channel, a low sound-speed zone that forms a waveguide and allows propagation over long distances with low attenuation. When T waves reach the coast (e.g., islands or continental margins), the T waves convert back to seismic propagation. However, this conversion process, and the changing of the acoustic energy to seismic T waves in the solid Earth, are poorly known in the equatorial Atlantic region. To better understand the propagation of T waves in the equatorial Atlantic, we present the analysis of five T wave generating earthquakes with moment magnitudes ≥ 5.7 from the Romanche Transform Fault, as well as two events (Mw ≥5.8) from the Chain Transform Fault. Our objective is to describe the behavior of T wave propagation by using data from 25 broadband seismographic stations of the Brazilian Seismographic Network. The source events were chosen from the Global Centroid Moment Tensor (GCMT) catalog. The Romanche Transform earthquakes exhibited seismic T-wave amplitudes with azimuthal distributions of ~220º, with the southernmost stations at ~270º azimuth. The maximum amplitudes are at ~240-250º azimuth, with amplitudes decaying at both northward and southward stations. We did not identify any direct correlation in amplitude correlation with epicentral distance or length of the continental travel path. Similarly, the Chain Transform events shown a coastline distribution in a range between 230º and 265º azimuth, with the highest seismic T-wave amplitudes at stations of ~255º azimuth. The results indicate there is a reasonable correlation between the maximum seismic T-wave amplitude and azimuth from the earthquake source to the seismic receiver along the Brazilian coast. Besides, we identified a gradual correlation between the seismic T wave amplitude with the P wave. Our interpretation is that the radiation pattern for the P wave of the seismic source influences the T-wave amplitudes recorded along and inland of the Brazilian coast. To addition, seismic T wave velocity estimations presented values of ~2-6.5 km/s, with the highest velocities the same raypaths arriving perpendicularly in continental shelf.Universidade Federal do Rio Grande do NorteUFRNBrasilGeofísicaAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessTerremotoOndas T sísmicaEquatorial AtlânticoMargem continental do NE BrasilEarthquakeSeismic T waveEquatorial AtlanticContinental NE Brazil marginObservações de ondas T sísmicas ao longo da costa no nordeste do BrasilObservations of seismic T waves along the Brazil NE coastlineinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALObservaçõesDeOndas_Melo_2021.pdfRegistro de Graduação em Geofísica do aluno Guilherme W. S. de Meloapplication/pdf7084760https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/34343/1/Observa%c3%a7%c3%b5esDeOndas_Melo_2021.pdf74825e0b7dc72863600edfc675f0ad08MD51CC-LICENSElicense_rdfapplication/octet-stream811https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/34343/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txttext/plain714https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/34343/3/license.txt7278bab9c5c886812fa7d225dc807888MD53123456789/343432021-09-27 15:49:34.151oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/34343PGNlbnRlcj48c3Ryb25nPkZFREVSQUwgVU5JVkVSU0lUWSBPRiBSSU8gR1JBTkRFIERPIE5PUlRFPC9zdHJvbmc+PC9jZW50ZXI+CjxjZW50ZXI+PHN0cm9uZz5ESUdJVEFMIE1PTk9HUkFQSFMgTElCUkFSWTwvc3Ryb25nPjwvY2VudGVyPgoKPGNlbnRlcj5BdXRob3JpemF0aW9uIFRlcm0gZm9yIHRoZSBhdmFpbGFiaWxpdHkgb2YgTW9ub2dyYXBocyBmb3IgVW5kZXJncmFkdWF0ZSBhbmQgU3BlY2lhbGl6YXRpb24gaW4gdGhlIERpZ2l0YWwgTGlicmFyeSBvZiBNb25vZ3JhcGhzIChCRE0pPC9jZW50ZXI+CgpBcyB0aGUgY29weXJpZ2h0IG93bmVyIG9mIHRoZSBtb25vZ3JhcGgsIEkgYXV0aG9yaXplIHRoZSBGZWRlcmFsIFVuaXZlcnNpdHkgb2YgUmlvIEdyYW5kZSBkbyBOb3J0ZSAoVUZSTikgdG8gbWFrZSBhdmFpbGFibGUgdGhyb3VnaCB0aGUgRGlnaXRhbCBMaWJyYXJ5IG9mIE1vbm9ncmFwaHMgb2YgVUZSTiwgd2l0aG91dCByZWltYnVyc2VtZW50IG9mIGNvcHlyaWdodCwgYWNjb3JkaW5nIHRvIExhdyA5NjEwLzk4ICwgdGhlIGZ1bGwgdGV4dCBvZiB0aGUgd29yayBzdWJtaXR0ZWQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHJlYWRpbmcsIHByaW50aW5nIGFuZCAvIG9yIGRvd25sb2FkaW5nLCBhcyBhIG1lYW5zIG9mIGRpc3NlbWluYXRpbmcgQnJhemlsaWFuIHNjaWVudGlmaWMgcHJvZHVjdGlvbiwgYXMgb2YgdGhlIGRhdGUgb2Ygc3VibWlzc2lvbi4KRepositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2021-09-27T18:49:34Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
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Terremotos de magnitude moderada ≥ 4,0 Mw, são constantemente identificados na borda das placas tectônicas no oceano Atlântico Equatorial, através de estações sismográficas globais. As ondas sísmicas geradas a partir desses eventos são refratadas pelo fundo do mar próximo ao epicentro, no qual parte da energia se propaga para a camada de água e se converte em ondas acústicas chamadas ondas T (terciárias). As ondas T se propagam dentro do canal SOFAR (Sound Fixing and Ranging), uma zona de baixa velocidade do som que forma um guia de ondas e permite a propagação por longas distâncias e baixa atenuação. Quando as ondas T atingem a costa (por exemplo, ilhas ou margens continentais), elas convertem-se novamente para uma propagação sísmica. No entanto, este processo de conversão, e a mudança da energia acústica para ondas T sísmicas na Terra sólida, são pouco conhecidos na região do Atlântico Equatorial. Para melhor compreender a propagação das ondas T no Atlântico equatorial, aqui é apresentado análise de cinco terremotos geradores de ondas T com magnitude de momento ≥ 5,7da Falha da Transformante Romanche, bem como dois eventos (Mw ≥5,8) da Falha da Transformante Chain. O objetivo desse estudo é descrever o comportamento da propagação da onda T utilizando dados de 24 estações sismográficas de banda larga da Rede Sismográfica Brasileira, e um da rede global (RCBR). Os eventos foram obtidos do catálogo Global Centroid-Moment Tensor (GCMT). Os terremotos da Transformante Romanche exibiram amplitudes de onda T sísmica com distribuições azimutais estação-evento de ~ 220º à ~ 270º. As amplitudes máximas estão em ~ 240-250º, decaindo em seguida gradualmente nas estações norte e sul. Não identificamos nenhuma correlação direta da amplitude com a distância epicentral, ou com a distância do trajeto sobre o continente. Da mesma forma, os eventos da Transformante Chain mostraram uma distribuição de raios sobre a linha costeira na faixa entre 230º e 265º de azimute, com as maiores amplitudes de onda T sísmica em estações de ~ 255º azimute. Os resultados indicam que existe uma correlação razoável entre a amplitude máxima da onda T sísmica e os azimutes da fonte do terremoto as estações ao longo da costa brasileira. Além disso, identificamos uma considerável correlação entre a amplitude da onda sísmica T com a onda P. Nossa interpretação é que o padrão de radiação para a onda P da fonte sísmica influencia as amplitudes das ondas T registradas ao longo da costa brasileira. Além disso, as estimativas da velocidade da onda T sísmica apresentaram variações entre ~2 a 6.5 km/s, sendo as velocidades mais altas associadas os raios que chegam perpendicularmente à plataforma continental. |
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