Prevalência da infecção pelo HPV: fatores associados a alterações do exame citopatológico do colo uterino

• Autor(a) principal: Rego, Maria Daiane Queiroz
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
• Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/48657
• topic: Papilomavírus Humano; Vaginose; Coinfecção

As infecções sexualmente transmissíveis estão entre os maiores problemas de saúde pública, especialmente nos países em desenvolvimento. A aquisição dessas infecções durante o início da atividade sexual é frequente, porém, muitas dessas infecções tem curso benigno. No entanto, em algumas, o patógeno causador permanece em estado de latência podendo ser reativado e causar infecção produtiva que podem evoluir para formas graves. Os fatores de risco clássicos para agentes sexualmente transmissíveis são: início precoce da vida sexual, múltiplos parceiros sexuais ao longo da vida e coinfecções por diferentes patógenos. Este presente trabalho se trata de um estudo transversal que teve como objetivo estimar a prevalência de infecção genital pelo Papilomavírus Humano (HPV), pela Gardnerella vaginalis e pelo Trichomonas vaginalis em um segmento da população feminina de do município de Natal/RN, arroladas entre aquelas que procuraram voluntariamente a Unidade Básica de Saúde Felipe Camarão II para a realização de exame de rastreamento do câncer do colo do útero no período de 2016 a 2021. Trata-se de um estudo retrospectivo a partir de resultados de exames citopatológicos obtidos através do sistema de busca SISCAN (Sistema de Informação do Câncer), totalizando 442 pacientes. A população alvo do estudo foi composta por mulheres sexualmente ativas, com idade entre 17 e 60 anos, média de 36,4 anos, sendo a maioria delas com idade superior a 25 anos e com sinais citológicos de infecção por HPV, correspondendo a 76,25%. Quanto aos laudos, houve predomínio de células escamosas atípicas de significado indeterminado (ASC-US), com 66,25% (106/160) de prevalência. Foi encontrada taxa de prevalência geral de 36,20% para HPV, 24,21% para G. Vaginalis e 2,71% TV. As mulheres com até 25 anos foi o grupo que apresentou maior incidência de infecção simultânea por HPV e G. vaginalis (52,63%). Identificou-se baixa prevalência de tricomoníase na unidade estudada, todavia, esse resultado é questionado, pois acredita-se em um possível subdiagnóstico de T. vaginalis.