Fatores individuais e contextuais associados à depressão autorreferida no Brasil
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRN |
Texto Completo: | https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/44868 |
Resumo: | Introdução: A depressão é considerada um fenômeno complexo e multidimensional, que causa distúrbios que prejudicam a qualidade de vida e a vida social. É um dos problemas de saúde mais prevalentes em todo o mundo. O Brasil lidera o ranking de prevalência de depressão entre as nações em desenvolvimento, apontando que as formas de adoecimento/sofrimento mental podem ter forte relação com as condições individuais e do contexto social. Objetivo: Analisar a prevalência e fatores individuais e contextuais associados à depressão autorreferida na população brasileira. Métodos: estudo transversal com dados da Pesquisa Nacional de Saúde (2019). O desfecho foi elaborado a partir da questão Q092 (Algum médico ou profissional de saúde mental (como psiquiatra ou psicólogo) já lhe deu o diagnóstico de depressão?). Entre as variáveis independentes individuais, foram consideradas as sociodemográficas, de estilo de vida e condições de saúde. As variáveis contextuais predisponentes selecionadas foram Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e cobertura de atenção básica. Foi realizada a análise descritiva e bivariada e calculadas as Razões de Prevalência em uma Regressão de Poisson multinível (IC95%) para verificar a associação das variáveis individuais e contextuais com o desfecho. Permaneceram no modelo final apenas as variáveis que apresentaram significância estatística (p<0,05). Todas as análises foram realizadas utilizando-se o software Stata versão 13. Resultados: A prevalência da depressão na população brasileira foi de 9,9% (IC95% 9,5-10,3), e está associada a ser do sexo feminino (RP=2,28), idade de 30-59 anos (RP=1,14), divorciados (RP=1,26), com ensino superior (RP=1,70), com renda per capta acima de 3 salários mínimos (RP=1,23), que vivem na zona urbana (RP=1,14), que avaliam sua saúde como regular, ruim ou muito ruim (RP=1,89), que possuem outra DCNT (RP=2,81), fumantes (RP=1,49) e com tempo de tela em celulares de 3 horas ou mais (RP=1,06). As variáveis ‘Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)’ e ‘cobertura de atenção básica’ foram associados ao desfecho, mostrando que a depressão é menos prevalente em áreas com menor desenvolvimento humano e com menor cobertura de atenção básica. Conclusão: os achados indicam a elevada prevalência da depressão no Brasil e que esse desfecho está associado a fatores individuais e do contexto da unidade de federação. Nossos resultados apontam para o caráter emergencial do planejamento de políticas e a implementação de ações de promoção da saúde mental para esta parcela da população que vise a intervenção baseada na prevenção da doença e seus agravos e na promoção da saúde. |
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Ataide, Cathia Alessandra Varelahttp://lattes.cnpq.br/0135335251984317http://lattes.cnpq.br/0211762022010569Marinho, Cristiane da Silva Ramoshttp://lattes.cnpq.br/6533587332872383Freitas, Yan Nogueira Leite dehttp://lattes.cnpq.br/2433847214117166Mirabal, Isabelle Ribeiro Barbosa2021-11-10T16:45:45Z2021-11-10T16:45:45Z2021-08-20ATAIDE, Cathia Alessandra Varela. Fatores individuais e contextuais associados à depressão autorreferida no Brasil. 2021. 52f. Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva - Facisa) - Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2021.https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/44868Introdução: A depressão é considerada um fenômeno complexo e multidimensional, que causa distúrbios que prejudicam a qualidade de vida e a vida social. É um dos problemas de saúde mais prevalentes em todo o mundo. O Brasil lidera o ranking de prevalência de depressão entre as nações em desenvolvimento, apontando que as formas de adoecimento/sofrimento mental podem ter forte relação com as condições individuais e do contexto social. Objetivo: Analisar a prevalência e fatores individuais e contextuais associados à depressão autorreferida na população brasileira. Métodos: estudo transversal com dados da Pesquisa Nacional de Saúde (2019). O desfecho foi elaborado a partir da questão Q092 (Algum médico ou profissional de saúde mental (como psiquiatra ou psicólogo) já lhe deu o diagnóstico de depressão?). Entre as variáveis independentes individuais, foram consideradas as sociodemográficas, de estilo de vida e condições de saúde. As variáveis contextuais predisponentes selecionadas foram Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e cobertura de atenção básica. Foi realizada a análise descritiva e bivariada e calculadas as Razões de Prevalência em uma Regressão de Poisson multinível (IC95%) para verificar a associação das variáveis individuais e contextuais com o desfecho. Permaneceram no modelo final apenas as variáveis que apresentaram significância estatística (p<0,05). Todas as análises foram realizadas utilizando-se o software Stata versão 13. Resultados: A prevalência da depressão na população brasileira foi de 9,9% (IC95% 9,5-10,3), e está associada a ser do sexo feminino (RP=2,28), idade de 30-59 anos (RP=1,14), divorciados (RP=1,26), com ensino superior (RP=1,70), com renda per capta acima de 3 salários mínimos (RP=1,23), que vivem na zona urbana (RP=1,14), que avaliam sua saúde como regular, ruim ou muito ruim (RP=1,89), que possuem outra DCNT (RP=2,81), fumantes (RP=1,49) e com tempo de tela em celulares de 3 horas ou mais (RP=1,06). As variáveis ‘Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)’ e ‘cobertura de atenção básica’ foram associados ao desfecho, mostrando que a depressão é menos prevalente em áreas com menor desenvolvimento humano e com menor cobertura de atenção básica. Conclusão: os achados indicam a elevada prevalência da depressão no Brasil e que esse desfecho está associado a fatores individuais e do contexto da unidade de federação. Nossos resultados apontam para o caráter emergencial do planejamento de políticas e a implementação de ações de promoção da saúde mental para esta parcela da população que vise a intervenção baseada na prevenção da doença e seus agravos e na promoção da saúde.Introduction: Depression is considered a complex and multidimensional phenomenon, which causes disorders that impair quality of life and social life. It is one of the most prevalent health problems worldwide. Brazil leads the ranking of the prevalence of depression among developing nations, pointing out that the forms of illness / mental suffering may have a strong relationship with individual conditions and the social context. Objective: to analyze the association of individual and contextual factors with selfreported depression in the Brazilian population. Methods: cross-sectional study with data from the National Health Survey (2019). The outcome was based on question Q092 (Has any doctor or mental health professional (such as a psychiatrist or psychologist) ever given you a diagnosis of depression?). Among the individual independent variables, sociodemographic, lifestyle and health conditions were considered. The predisposing contextual variables selected were the Human Development Index (HDI) and coverage of primary care. Descriptive and bivariate analysis was performed and Prevalence Ratios were calculated in a multilevel Poisson Regression (95% CI) to verify the association of individual and contextual variables with the outcome. Only variables that showed statistical significance (p <0.05) remained in the final model. All analyzes were performed using the software Stata version 13. Results: The prevalence of depression in the Brazilian population was 9.9% (95%CI 9.5-10.3), and it is associated with being female (PR=2.28), aged 30-59 years ( RP=1.14), divorced (RP=1.26), with higher education (RP=1.70), with per capita income above 3 minimum wages (RP=1.23), living in the urban area ( RP=1.14), who rate their health as fair, bad or very bad (RP=1.89), who have another NCD (RP=2.81), smokers (RP=1.49) and with a time of screen on cell phones of 3 hours or more (RP=1.06). The variables 'Human Development Index (HDI)' and 'primary care coverage' were associated with the outcome, showing that depression is less prevalent in areas with less human development and less coverage of primary care. Conclusion: the findings indicate the high prevalence of depression in Brazil and that this outcome is associated with individual factors and the context of the federation unit. Our results point to the emergency nature of policy planning and the implementation of actions to promote mental health for this portion of the population that aim at intervention based on the prevention of disease and its injuries and on health promotion.Universidade Federal do Rio Grande do NortePROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA - FACISAUFRNBrasilDepressãoDissiparidades em assistência à saúdeFatores socioeconômicosAnálise multinívelFatores individuais e contextuais associados à depressão autorreferida no Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALFatoresindividuaiscontextuais_Ataide_2021.pdfapplication/pdf1509779https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/44868/1/Fatoresindividuaiscontextuais_Ataide_2021.pdf94fec65e968fa7a4a412bab4319cd4caMD51123456789/448682022-05-02 12:59:30.587oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/44868Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2022-05-02T15:59:30Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
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