Da house music à bagaceira: uma etnografia sobre música eletrônica, espacialidade e (homo)sexualidade masculina em Recife, PE
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRN |
Texto Completo: | https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/24280 |
Resumo: | A dissertação consiste em uma teoria etnográfica da relação entre a música eletrônica com os espaços de sociabilidade urbana em Recife e os efeitos da música eletrônica na interação de homens com práticas (homo)sexuais nesses espaços. Na confluência desses dois objetivos, intenciono elaborar uma perspectiva etnográfica mais ampla sobre a música eletrônica, de modo que aqui analiso não apenas os seus sons, mas também os sentidos que os interlocutores conferem a esse gênero musical e como a música eletrônica, em seus mais variados estilos, (re)configura os espaços de sociabilidade recortados. Para tanto, primeiro procuro analisar como os interlocutores, a partir das suas experiências geracionais, vivenciam suas experiências (homo)sexuais nos espaços de sociabilidade urbana que frequentam. Deste modo, aspiro apontar para a ampliação do campo de autonomia desses homens em uma sociabilidade dada e como eles negociam as suas experiências (homo)sexuais em um regime de visibilidade circunscrito socioculturalmente. Em seguida, o foco da análise recai sobre o lugar da música eletrônica nos bares e boates GLS e em festas “alternativas”. Faz-se necessário, para tanto, uma descrição etnográfica da dinâmica estrutural e simbólica que caracteriza esses espaços. Descrevo, nesse sentido, tanto a estrutura física quanto a programação lúdica. E, fundamentalmente, procuro ainda descrever as interações mediadas pela música eletrônica dançante entre os interlocutores. No terceiro, e último momento, detenho-me mais sistematicamente a analisar os diferentes estilos musicais que são reproduzidos nesses espaços de sociabilidade. Trata-se, assim, de assinalar como a música eletrônica e os espaços de sociabilidade etnografados se relacionam mutualmente. As experiências etnográficas descritas também procuram apontar como a música eletrônica produz efeitos na interação entre os interlocutores. Esse duplo movimento, a relação de mutualidade e a produção de efeitos, por sua vez, se constata a partir das luzes, das músicas e das danças particularizadas que ambientam esses espaços. Essa ambientação produz uma “sensação de intimidade”, a qual excita diferentes expressões eróticas e propicia as performances interacionais entre as pessoas que ali estão. Por fim, as cenas de expressões erotizadas, mediadas pela música eletrônica dançante que observei em campo, estão relacionadas com a forma como esses homens vivenciam suas experiências (homo)sexuais nesses espaços. |
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Santana, Tarsila Chiara Albino da Silvahttps://orcid.org/0000-0002-8040-7155http://lattes.cnpq.br/7082876198860213http://lattes.cnpq.br/3559843462349247Navia, Angela Mercedes Facundohttps://orcid.org/0000-0001-9552-5763http://lattes.cnpq.br/9174852118966092Gontijo, Fabianohttp://lattes.cnpq.br/7539767705260462Coradini, Lisabete2017-11-16T21:42:15Z2017-11-16T21:42:15Z2017-06-26SANTANA, Tarsila Chiara Albino da Silva. Da house music à bagaceira: uma etnografia sobre música eletrônica, espacialidade e (homo)sexualidade masculina em Recife, PE. 2017. 230f. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social) - Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2017.https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/24280A dissertação consiste em uma teoria etnográfica da relação entre a música eletrônica com os espaços de sociabilidade urbana em Recife e os efeitos da música eletrônica na interação de homens com práticas (homo)sexuais nesses espaços. Na confluência desses dois objetivos, intenciono elaborar uma perspectiva etnográfica mais ampla sobre a música eletrônica, de modo que aqui analiso não apenas os seus sons, mas também os sentidos que os interlocutores conferem a esse gênero musical e como a música eletrônica, em seus mais variados estilos, (re)configura os espaços de sociabilidade recortados. Para tanto, primeiro procuro analisar como os interlocutores, a partir das suas experiências geracionais, vivenciam suas experiências (homo)sexuais nos espaços de sociabilidade urbana que frequentam. Deste modo, aspiro apontar para a ampliação do campo de autonomia desses homens em uma sociabilidade dada e como eles negociam as suas experiências (homo)sexuais em um regime de visibilidade circunscrito socioculturalmente. Em seguida, o foco da análise recai sobre o lugar da música eletrônica nos bares e boates GLS e em festas “alternativas”. Faz-se necessário, para tanto, uma descrição etnográfica da dinâmica estrutural e simbólica que caracteriza esses espaços. Descrevo, nesse sentido, tanto a estrutura física quanto a programação lúdica. E, fundamentalmente, procuro ainda descrever as interações mediadas pela música eletrônica dançante entre os interlocutores. No terceiro, e último momento, detenho-me mais sistematicamente a analisar os diferentes estilos musicais que são reproduzidos nesses espaços de sociabilidade. Trata-se, assim, de assinalar como a música eletrônica e os espaços de sociabilidade etnografados se relacionam mutualmente. As experiências etnográficas descritas também procuram apontar como a música eletrônica produz efeitos na interação entre os interlocutores. Esse duplo movimento, a relação de mutualidade e a produção de efeitos, por sua vez, se constata a partir das luzes, das músicas e das danças particularizadas que ambientam esses espaços. Essa ambientação produz uma “sensação de intimidade”, a qual excita diferentes expressões eróticas e propicia as performances interacionais entre as pessoas que ali estão. Por fim, as cenas de expressões erotizadas, mediadas pela música eletrônica dançante que observei em campo, estão relacionadas com a forma como esses homens vivenciam suas experiências (homo)sexuais nesses espaços.The dissertation consists of an ethnographic theory of the relation between electronic music and the spaces of urban sociability in Recife and the effects of electronic music on the interaction of men with (homo)sexual practices in these spaces. At the confluence of these two aims, I intend to elaborate a broader ethnographic perspective on electronic music, so that here I analyze not only their sounds, but also the meanings that the interlocutors confer on this musical genre and how electronic music, at its most styles, (re) configures spaces of sociability cut out. To do so, I first try to analyze how the interlocutors, from their generational experiences, experience their (homo)sexual experiences in the spaces of urban sociability they attend. In this way, I aspire to point to the extension of the field of autonomy of these men in a given sociability and how they negotiate their (homo)sexual experiences in a regime of visibility circumscribed socioculturally. Then the focus of the review falls on the place of electronic music in GLS bars and nightclubs and at alternative parties. For that, an ethnographic description of the structural and symbolic dynamics that characterizes these spaces is necessary. I describe, in this sense, both the physical structure and the playful programming. And, fundamentally, I try to describe the interactions mediated by the electronic dance music between the interlocutors. In the third, and last moment, I analyze more systematically the different musical styles that are reproduced in these spaces of sociability. It is, therefore, to point out how electronic music and ethnography spaces of sociability are mutually related. The ethnographic experiences described also seek to point out how electronic music produces effects in the interaction between the interlocutors. This double movement, the relationship of mutuality and the production of effects, in turn, can be seen from the lights, the songs and the particularized dances that set these spaces. This ambiance produces a "sense of intimacy," which excites different erotic expressions and fosters interactional performances among the people who are there. Finally, the scenes of erotic expressions, mediated by the electronic dance music I observed in the field, are related to the way these men experience their (homo)sexual experiences in these spaces.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)porCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::ANTROPOLOGIAMúsica eletrônicaSociabilidade urbana(Homo)sexualidade masculinaAntropologia urbanaAntropologia audiovisualDa house music à bagaceira: uma etnografia sobre música eletrônica, espacialidade e (homo)sexualidade masculina em Recife, PEinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA SOCIALUFRNBrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALHouseMusicBagaceira_Santana_2017.pdfHouseMusicBagaceira_Santana_2017.pdfapplication/pdf4930689https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/24280/1/HouseMusicBagaceira_Santana_2017.pdfb6d688ccddd4abd1015b819528019216MD51TEXTTarsilaChiaraAlbinoDaSilvaSantana_DISSERT.pdf.txtTarsilaChiaraAlbinoDaSilvaSantana_DISSERT.pdf.txtExtracted texttext/plain535953https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/24280/2/TarsilaChiaraAlbinoDaSilvaSantana_DISSERT.pdf.txt389bacd331780b17e31fb7528f955fe5MD52HouseMusicBagaceira_Santana_2017.pdf.txtHouseMusicBagaceira_Santana_2017.pdf.txtExtracted texttext/plain535953https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/24280/4/HouseMusicBagaceira_Santana_2017.pdf.txt389bacd331780b17e31fb7528f955fe5MD54THUMBNAILTarsilaChiaraAlbinoDaSilvaSantana_DISSERT.pdf.jpgTarsilaChiaraAlbinoDaSilvaSantana_DISSERT.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg1853https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/24280/3/TarsilaChiaraAlbinoDaSilvaSantana_DISSERT.pdf.jpg983cb460e0afd819b5fbb40a85ded17fMD53HouseMusicBagaceira_Santana_2017.pdf.jpgHouseMusicBagaceira_Santana_2017.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg1853https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/24280/5/HouseMusicBagaceira_Santana_2017.pdf.jpg983cb460e0afd819b5fbb40a85ded17fMD55123456789/242802022-05-03 15:46:33.549oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/24280Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2022-05-03T18:46:33Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
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A dissertação consiste em uma teoria etnográfica da relação entre a música eletrônica com os espaços de sociabilidade urbana em Recife e os efeitos da música eletrônica na interação de homens com práticas (homo)sexuais nesses espaços. Na confluência desses dois objetivos, intenciono elaborar uma perspectiva etnográfica mais ampla sobre a música eletrônica, de modo que aqui analiso não apenas os seus sons, mas também os sentidos que os interlocutores conferem a esse gênero musical e como a música eletrônica, em seus mais variados estilos, (re)configura os espaços de sociabilidade recortados. Para tanto, primeiro procuro analisar como os interlocutores, a partir das suas experiências geracionais, vivenciam suas experiências (homo)sexuais nos espaços de sociabilidade urbana que frequentam. Deste modo, aspiro apontar para a ampliação do campo de autonomia desses homens em uma sociabilidade dada e como eles negociam as suas experiências (homo)sexuais em um regime de visibilidade circunscrito socioculturalmente. Em seguida, o foco da análise recai sobre o lugar da música eletrônica nos bares e boates GLS e em festas “alternativas”. Faz-se necessário, para tanto, uma descrição etnográfica da dinâmica estrutural e simbólica que caracteriza esses espaços. Descrevo, nesse sentido, tanto a estrutura física quanto a programação lúdica. E, fundamentalmente, procuro ainda descrever as interações mediadas pela música eletrônica dançante entre os interlocutores. No terceiro, e último momento, detenho-me mais sistematicamente a analisar os diferentes estilos musicais que são reproduzidos nesses espaços de sociabilidade. Trata-se, assim, de assinalar como a música eletrônica e os espaços de sociabilidade etnografados se relacionam mutualmente. As experiências etnográficas descritas também procuram apontar como a música eletrônica produz efeitos na interação entre os interlocutores. Esse duplo movimento, a relação de mutualidade e a produção de efeitos, por sua vez, se constata a partir das luzes, das músicas e das danças particularizadas que ambientam esses espaços. Essa ambientação produz uma “sensação de intimidade”, a qual excita diferentes expressões eróticas e propicia as performances interacionais entre as pessoas que ali estão. Por fim, as cenas de expressões erotizadas, mediadas pela música eletrônica dançante que observei em campo, estão relacionadas com a forma como esses homens vivenciam suas experiências (homo)sexuais nesses espaços. |
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