O efeito da interseccionalidade de gênero e raça na mobilidade social dos emigrantes com origem no Nordeste brasileiro
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRN |
Texto Completo: | https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/33035 |
Resumo: | A região Nordeste, durante décadas, perdeu consideráveis contingentes populacionais, seja por causa da seca, latifúndio, desemprego, redes de relacionamentos/sociais, esgotamento das fronteiras produtivas, falta de oportunidades de trabalho e/ou estudo na terra natal. Contudo, embora as perdas populacionais nordestinas tenham arrefecido nas últimas décadas, a região permanece com saldo migratório negativo relevante. O nordestino ainda emigra, e, na maioria dos casos, em busca de emprego, melhores rendimentos, oportunidades e/ou novos lugares onde haja melhor qualidade de vida. Com as mudanças no cenário econômico, político e social das regiões de origem e destino a partir da década de 1970, com destaque para o período entre 2003 e 2014, a decisão de migrar passou a ser subsidiada por diversos fatores, para além das dificuldades de sobrevivência e/ou mobilidade social. Mas o sucesso da emigração depende, em grande parte, das características do mercado de trabalho na região de destino, assim como das características demográficas do migrante, as quais se diferenciam por gênero e raça. Neste contexto, o objetivo desta dissertação é analisar, para o ano de 2014, os efeitos da interseccionalidade de gênero e raça na mobilidade social intrageracional do emigrante com origem na região Nordeste (e com destino em outra grande região do país). Para tanto, a fonte de dados é a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2014, que possui um módulo especial de perguntas sobre mobilidade social, além das características sociodemográficas e migratórias. Através da análise descritiva verificou-se que os emigrantes do Nordeste experimentaram maior mobilidade intrageracional ascendente comparativamente aos não migrantes nordestinos, em 2014. No entanto, esse movimento na estrutura social foi majoritariamente de curta distância. Pelos modelos logísticos pode-se observar que as chances de mobilidade ascendente são menores para as mulheres, independente da condição de migração, mas com intensidades diferentes. Entre os emigrantes, as mulheres brancas foram as que apresentaram as menores chances de mobilidade ascendente e entre os não migrantes, as mulheres negras. Adicionalmente, os resultados evidenciam que para os emigrantes, as chances de mobilidade ascendente são maiores entre aqueles com 30 a 34 anos, que nunca viveram com cônjuge ou companheiro(a), na condição familiar demais, com até o ensino fundamental completo, dois anos de residência na região de destino e homens negros. Quanto ao não migrante, as chances de mobilidade social ascendente, em 2014, são maiores para os indivíduos com idade de 25 a 29 anos, que vivem com cônjuge ou companheiro(a), pessoa de referência, com superior incompleto e mais e para os homens brancos. |
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Rodrigues, Francisco Demetrius Monteirohttp://lattes.cnpq.br/9346367277189039Campos, JárvisQueiroz, Silvana Nunes dePeres, Roberta GuimarãesMyrrha, Luana Junqueira Dias2021-08-06T15:37:31Z2021-08-06T15:37:31Z2021-04-26RODRIGUES, Francisco Demetrius Monteiro. O efeito da interseccionalidade de gênero e raça na mobilidade social dos emigrantes com origem no Nordeste brasileiro. 2021. 93f. Dissertação (Mestrado em Demografia) - Centro de Ciências Exatas e da Terra, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2021.https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/33035A região Nordeste, durante décadas, perdeu consideráveis contingentes populacionais, seja por causa da seca, latifúndio, desemprego, redes de relacionamentos/sociais, esgotamento das fronteiras produtivas, falta de oportunidades de trabalho e/ou estudo na terra natal. Contudo, embora as perdas populacionais nordestinas tenham arrefecido nas últimas décadas, a região permanece com saldo migratório negativo relevante. O nordestino ainda emigra, e, na maioria dos casos, em busca de emprego, melhores rendimentos, oportunidades e/ou novos lugares onde haja melhor qualidade de vida. Com as mudanças no cenário econômico, político e social das regiões de origem e destino a partir da década de 1970, com destaque para o período entre 2003 e 2014, a decisão de migrar passou a ser subsidiada por diversos fatores, para além das dificuldades de sobrevivência e/ou mobilidade social. Mas o sucesso da emigração depende, em grande parte, das características do mercado de trabalho na região de destino, assim como das características demográficas do migrante, as quais se diferenciam por gênero e raça. Neste contexto, o objetivo desta dissertação é analisar, para o ano de 2014, os efeitos da interseccionalidade de gênero e raça na mobilidade social intrageracional do emigrante com origem na região Nordeste (e com destino em outra grande região do país). Para tanto, a fonte de dados é a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2014, que possui um módulo especial de perguntas sobre mobilidade social, além das características sociodemográficas e migratórias. Através da análise descritiva verificou-se que os emigrantes do Nordeste experimentaram maior mobilidade intrageracional ascendente comparativamente aos não migrantes nordestinos, em 2014. No entanto, esse movimento na estrutura social foi majoritariamente de curta distância. Pelos modelos logísticos pode-se observar que as chances de mobilidade ascendente são menores para as mulheres, independente da condição de migração, mas com intensidades diferentes. Entre os emigrantes, as mulheres brancas foram as que apresentaram as menores chances de mobilidade ascendente e entre os não migrantes, as mulheres negras. Adicionalmente, os resultados evidenciam que para os emigrantes, as chances de mobilidade ascendente são maiores entre aqueles com 30 a 34 anos, que nunca viveram com cônjuge ou companheiro(a), na condição familiar demais, com até o ensino fundamental completo, dois anos de residência na região de destino e homens negros. Quanto ao não migrante, as chances de mobilidade social ascendente, em 2014, são maiores para os indivíduos com idade de 25 a 29 anos, que vivem com cônjuge ou companheiro(a), pessoa de referência, com superior incompleto e mais e para os homens brancos.The Northeast region has, for decades, lost considerable population contingents, whether because of drought, large estates, unemployment, social/relationship networks, exhaustion of productive frontiers, lack of work and/or study opportunities in the homeland. However, although population losses in the Northeast have cooled in recent decades, the region still has a significant negative migration balance. Northeastern people still emigrate, and, in most cases, in search of employment, better income, opportunities and/or new places where there is a better quality of life. With the changes in the economic, political and social scenario of the regions of origin and destination since the 1970s, with emphasis on the period between 2003 and 2014, the decision to migrate started to be subsidized by several factors, in addition to the difficulties of survival and/or social mobility. But the success of emigration depends, to a large extent, on the characteristics of the labor market in the region of destination, as well as on the demographic characteristics of the migrant, which differ by gender and race. In this context, the objective of this dissertation is to analyze, for the year 2014, the effects of the intersectionality of gender and race on the intragenerational social mobility of emigrants originating in the Northeast region (and destined for another large region of the country). For this purpose, the data source is the 2014 National Household Sample Survey (PNAD), which has a special module for questions on social mobility, in addition to sociodemographic and migratory characteristics. Through descriptive analysis, it was found that emigrants from the Northeast experienced greater intragenerational upward mobility compared to non-migrants from the Northeast, in 2014. However, this movement in the social structure was mostly of short distance. From the logistical models, it can be observed that the chances of upward mobility are lower for women, regardless of their migration status, but with different intensities. Among emigrants, white women were the ones with the lowest chances of upward mobility and among non-migrants, black women. Additionally, the results show that for emigrants, the chances of upward mobility are greater among those aged 30 to 34 years old, who have never lived with a spouse or partner, in a family condition, with up to complete elementary school, two years of residence in the destination region and black men. As for the non-migrant, the chances of upward social mobility in 2014 are greater for individuals aged 25 to 29 years, who live with a spouse or partner, a reference person, with an incomplete higher education and more, and for white men.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESUniversidade Federal do Rio Grande do NortePROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DEMOGRAFIAUFRNBrasilInterseccionalidadeMigraçãoMobilidade socialNordesteO efeito da interseccionalidade de gênero e raça na mobilidade social dos emigrantes com origem no Nordeste brasileiroinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALEfeitointerseccionalidadegenero_Rodrigues_2021.pdfapplication/pdf1211072https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/33035/1/Efeitointerseccionalidadegenero_Rodrigues_2021.pdfc3d246d594c6b3e5676da2bf017fcf7fMD51123456789/330352021-08-27 14:50:15.111oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/33035Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2021-08-27T17:50:15Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
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