Infecção de flebotomíneos por Leishmania infantum em áreas endêmicas para leishmaniose visceral e suas principais fontes de alimentação

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Falcão, Angelis Maria Alves
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/52274
Resumo: A leishmaniose visceral (LV) é uma doença de ocorrência frequente nas áreas tropicais e subtropicais e permanece como problema de saúde pública em vários países. No Brasil, a taxa de infecção sintomática e assintomática por Leishmania infantum, agente etiológico da LV no Brasil e na Europa, é elevada em áreas focais. O ciclo de transmissão é antropozoonótico, sendo o cão doméstico considerado o principal reservatório e fonte de alimentação para as fêmeas hematófogas de flebotomíneos, sobretudo para a espécie de caráter oportunista Lutzomyia longipalpis, vetor de maior importância epidemiológica nas Américas. Esse estudo teve por objetivo determinar a taxa de infecção vetorial para Leishmania infantum e principais fontes de alimentação dos flebotomíneos nas regiões de Nordelândia, África e São Gonçalo do Amarante, áreas endêmicas para LV na Grande Natal - RN. Para isso, foram realizadas coletas semanais entre setembro de 2020 e setembro de 2022 com armadilhas tipo CDC (Center for Disease Control) em peridomicílio de 20 residências que aceitaram participar. Foram coletados 2494 flebotomíneos, sendo 83,8% (n=2090) machos e 16,2% (n=404) fêmeas. Em África e Nordelândia, áreas urbanas de Natal, houve maior captura de flebotomíneos total e fêmeas entre os meses de abril e maio, período mais chuvoso, enquanto em Nova Zelândia, área rural de São Gonçalo do Amarante, estes picos foram em outubro, período mais seco, poém o período de coleta nessa região foi menor. Dentre as 404 fêmeas capturadas, após dosagem e análise de pureza por Nanodrop e testagem para presença de DNA de L. longipalpis, 64,3% (n=260) possuía integridade do DNA e estava apto para realização de qPCR para infecção por L. infantum e fontes alimentares, enquanto 35,7% (n=144) eram amostras degradadas ou não L. longipalpis e foram descartadas. Detectamos por qPCR 16,2% (n=42) de positividade para L. infantum, principalmente em São Gonçalo, responsável por 83,3% (n= 35) das amostras positivas, seguido por Nordelândia 12% (n=5) e África com 4,7% (n= 2). Foi então avaliada a presença de DNA de algumas espécies de vertebrados presentes na área (cão, humano, galinha, gato e cavalo) como possíveis fontes de alimentação dos flebotomíneos. A maior frequência foi galinha 11,7% (n=43) e depois humano 4,1% (n=15). Além disso, houve alimentação mista humano/galinha 0,8% (n=3), gato/galinha 0,3% (n=1) e de cão/galinha 0,3% (n=1). Entre as 42 fêmeas positivas para infecção por L. infantum, 4 haviam realizado alimentação em cão e 3 em galinha. A presença de fêmeas L. longipalpis infectadas e realizando repasto em animais domésticos e humanos evidencia a presença de Leishmania em animais residentes na Grande Natal e sinaliza para a necessidade em se estudar a dinâmica e hábitos desses vetores como forma de controle da LV.
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No Brasil, a taxa de infecção sintomática e assintomática por Leishmania infantum, agente etiológico da LV no Brasil e na Europa, é elevada em áreas focais. O ciclo de transmissão é antropozoonótico, sendo o cão doméstico considerado o principal reservatório e fonte de alimentação para as fêmeas hematófogas de flebotomíneos, sobretudo para a espécie de caráter oportunista Lutzomyia longipalpis, vetor de maior importância epidemiológica nas Américas. Esse estudo teve por objetivo determinar a taxa de infecção vetorial para Leishmania infantum e principais fontes de alimentação dos flebotomíneos nas regiões de Nordelândia, África e São Gonçalo do Amarante, áreas endêmicas para LV na Grande Natal - RN. Para isso, foram realizadas coletas semanais entre setembro de 2020 e setembro de 2022 com armadilhas tipo CDC (Center for Disease Control) em peridomicílio de 20 residências que aceitaram participar. Foram coletados 2494 flebotomíneos, sendo 83,8% (n=2090) machos e 16,2% (n=404) fêmeas. Em África e Nordelândia, áreas urbanas de Natal, houve maior captura de flebotomíneos total e fêmeas entre os meses de abril e maio, período mais chuvoso, enquanto em Nova Zelândia, área rural de São Gonçalo do Amarante, estes picos foram em outubro, período mais seco, poém o período de coleta nessa região foi menor. Dentre as 404 fêmeas capturadas, após dosagem e análise de pureza por Nanodrop e testagem para presença de DNA de L. longipalpis, 64,3% (n=260) possuía integridade do DNA e estava apto para realização de qPCR para infecção por L. infantum e fontes alimentares, enquanto 35,7% (n=144) eram amostras degradadas ou não L. longipalpis e foram descartadas. Detectamos por qPCR 16,2% (n=42) de positividade para L. infantum, principalmente em São Gonçalo, responsável por 83,3% (n= 35) das amostras positivas, seguido por Nordelândia 12% (n=5) e África com 4,7% (n= 2). Foi então avaliada a presença de DNA de algumas espécies de vertebrados presentes na área (cão, humano, galinha, gato e cavalo) como possíveis fontes de alimentação dos flebotomíneos. A maior frequência foi galinha 11,7% (n=43) e depois humano 4,1% (n=15). Além disso, houve alimentação mista humano/galinha 0,8% (n=3), gato/galinha 0,3% (n=1) e de cão/galinha 0,3% (n=1). Entre as 42 fêmeas positivas para infecção por L. infantum, 4 haviam realizado alimentação em cão e 3 em galinha. A presença de fêmeas L. longipalpis infectadas e realizando repasto em animais domésticos e humanos evidencia a presença de Leishmania em animais residentes na Grande Natal e sinaliza para a necessidade em se estudar a dinâmica e hábitos desses vetores como forma de controle da LV.The visceral leishmaniasis (VL) is a tropical disease that remains a public health problem in many countries located in tropical and subtropical areas around the world. In Brazil, the infection rate of Leishmania infantum, the etiological agent of VL, is higher in focal areas, including the state of Rio Grande do Norte. The transmission cycle is anthropozoonotic, with the dog being considered the main reservoir and feed for the hematophagous female sandflies, especially for the species of opportunistic character Lutzomyia longipalpis, which is the most important epidemiological vector. The objective of this study is to determine the vectorial infection rate of Leishmania infantum and the main feed source of sandflies in the regions of Nordelândia, África and São Gonçalo do Amarante, which are endemic areas of VL in RN. For this purpose, weekly collections were made between September 2020 and September 2022, using CDC (Center for Disease Control) traps in the peridomicile of 22 houses that agreed to participate. A total of 2494 sandflies were collected, 83.8% (n=2090) being males and 16.2% (n=404) females. In África and Nordelândia, which are urban areas, there were higher numbers of total sandflies and female sandflies captured between April and May, which is the rainy season, while in Nova Zelândia, a rural area of São Gonçalo do Amarante, this peak was in October, the dryer season. Among the 404 female sandflies captured, after the dosage and analysis of purity by Nanodrop and testing for the presence of DNA of L. longipalpis, 64.3% (n=260) had non-degraded DNA and were able to perform qPCR to detect the infection of L. infantum and feed source, while 35.7% (n=144) were degraded samples or not L. longipalpis and were discarded. qPCR detected 16.2% (n=42) positivity for L. infantum, being most present in São Gonçalo 83.3% (n=35), followed by Nordelândia 12% (n=5) and África with 4.7% (n=2). The main feed sources were tested by qPCR: dog, human, chicken, cat and horse, with meals occurring in all of them. The highest incidence was in chicken 11.7% (n=43) and then human 4.1%. Furthermore, there was mixed feeding in human/chicken 0.8% (n=3), cat/chicken 0.3% (n=1) and dog/chicken 0.3% (n=1). Among the 42 positive females for L. infantum, 4 had feed from a dog and 3 from chicken. The presence of feeding infected L. longipalpis females in domestic animals and humans suggests the occurrence of endemic symptomatic and asymptomatic VL in RN and the need to study the dynamics and habits of these vectors.Universidade Federal do Rio Grande do NorteBiomedicinaUFRNBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessLeishmania infantumInfecçãoLutzomyia longipalpisFontes de alimentaçãoPCR em tempo realLeishmania infantumInfectionLutzomyia longipalpisFeed sourcesReal time PCRInfecção de flebotomíneos por Leishmania infantum em áreas endêmicas para leishmaniose visceral e suas principais fontes de alimentaçãoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALTCC - ANGELIS MARIA ALVES FALCÃO.docx (2).pdfTCC - ANGELIS MARIA ALVES FALCÃO.docx (2).pdfapplication/pdf5679058https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/52274/1/TCC%20-%20ANGELIS%20MARIA%20ALVES%20FALC%c3%83O.docx%20%282%29.pdf6cd8d02805fab74bfc5841c31fef899bMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/52274/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81484https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/52274/3/license.txte9597aa2854d128fd968be5edc8a28d9MD53123456789/522742023-05-08 11:28:42.156oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/52274Tk9OLUVYQ0xVU0lWRSBESVNUUklCVVRJT04gTElDRU5TRQoKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIGRlbGl2ZXJpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBNci4gKGF1dGhvciBvciBjb3B5cmlnaHQgaG9sZGVyKToKCgphKSBHcmFudHMgdGhlIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIFJpbyBHcmFuZGUgZG8gTm9ydGUgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgb2YKcmVwcm9kdWNlLCBjb252ZXJ0IChhcyBkZWZpbmVkIGJlbG93KSwgY29tbXVuaWNhdGUgYW5kIC8gb3IKZGlzdHJpYnV0ZSB0aGUgZGVsaXZlcmVkIGRvY3VtZW50IChpbmNsdWRpbmcgYWJzdHJhY3QgLyBhYnN0cmFjdCkgaW4KZGlnaXRhbCBvciBwcmludGVkIGZvcm1hdCBhbmQgaW4gYW55IG1lZGl1bS4KCmIpIERlY2xhcmVzIHRoYXQgdGhlIGRvY3VtZW50IHN1Ym1pdHRlZCBpcyBpdHMgb3JpZ2luYWwgd29yaywgYW5kIHRoYXQKeW91IGhhdmUgdGhlIHJpZ2h0IHRvIGdyYW50IHRoZSByaWdodHMgY29udGFpbmVkIGluIHRoaXMgbGljZW5zZS4gRGVjbGFyZXMKdGhhdCB0aGUgZGVsaXZlcnkgb2YgdGhlIGRvY3VtZW50IGRvZXMgbm90IGluZnJpbmdlLCBhcyBmYXIgYXMgaXQgaXMKdGhlIHJpZ2h0cyBvZiBhbnkgb3RoZXIgcGVyc29uIG9yIGVudGl0eS4KCmMpIElmIHRoZSBkb2N1bWVudCBkZWxpdmVyZWQgY29udGFpbnMgbWF0ZXJpYWwgd2hpY2ggZG9lcyBub3QKcmlnaHRzLCBkZWNsYXJlcyB0aGF0IGl0IGhhcyBvYnRhaW5lZCBhdXRob3JpemF0aW9uIGZyb20gdGhlIGhvbGRlciBvZiB0aGUKY29weXJpZ2h0IHRvIGdyYW50IHRoZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSaW8gR3JhbmRlIGRvIE5vcnRlIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdCB0aGlzIG1hdGVyaWFsIHdob3NlIHJpZ2h0cyBhcmUgb2YKdGhpcmQgcGFydGllcyBpcyBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZpZWQgYW5kIHJlY29nbml6ZWQgaW4gdGhlIHRleHQgb3IKY29udGVudCBvZiB0aGUgZG9jdW1lbnQgZGVsaXZlcmVkLgoKSWYgdGhlIGRvY3VtZW50IHN1Ym1pdHRlZCBpcyBiYXNlZCBvbiBmdW5kZWQgb3Igc3VwcG9ydGVkIHdvcmsKYnkgYW5vdGhlciBpbnN0aXR1dGlvbiBvdGhlciB0aGFuIHRoZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSaW8gR3JhbmRlIGRvIE5vcnRlLCBkZWNsYXJlcyB0aGF0IGl0IGhhcyBmdWxmaWxsZWQgYW55IG9ibGlnYXRpb25zIHJlcXVpcmVkIGJ5IHRoZSByZXNwZWN0aXZlIGFncmVlbWVudCBvciBhZ3JlZW1lbnQuCgpUaGUgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZG8gUmlvIEdyYW5kZSBkbyBOb3J0ZSB3aWxsIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZnkgaXRzIG5hbWUgKHMpIGFzIHRoZSBhdXRob3IgKHMpIG9yIGhvbGRlciAocykgb2YgdGhlIGRvY3VtZW50J3MgcmlnaHRzCmRlbGl2ZXJlZCwgYW5kIHdpbGwgbm90IG1ha2UgYW55IGNoYW5nZXMsIG90aGVyIHRoYW4gdGhvc2UgcGVybWl0dGVkIGJ5CnRoaXMgbGljZW5zZQo=Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2023-05-08T14:28:42Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false
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