Fatores associados à capacidade funcional em pessoas idosas no contexto brasileiro
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRN |
Texto Completo: | https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/22731 |
Resumo: | As limitações de atividades são dificuldades que um indivíduo pode apresentar ao realizar determinadas tarefas da vida cotidiana e determina parte do estado de incapacidade do indivíduo. No Brasil, a prevalência de limitações de atividades chega a 32% da população de pessoas idosas. Conhecer as prevalências de limitações de atividades em termos de capacidade funcional da pessoa idosa e analisar as associações entre capacidade funcional e as características sociodemográficas e econômicas dos indivíduos, bem como as características ecológicas de desigualdade social de gênero e socioeconômicas no âmbito das Unidades Federativas Brasileiras são peças fundamentais para a estruturação das ações de assistência e vigilância em saúde. Portanto, o objetivo do presente estudo foi criar um índice de capacidade funcional e, desta forma, poder estimar a magnitude das diferenças de gênero na capacidade funcional entre as pessoas idosas e examinar se estas diferenças poderiam estar associadas a fatores contextuais socioeconômicos e de desigualdade social de gênero em nível das Unidades Federativas. Trata-se de um estudo transversal e ecológico de base populacional que incluiu os residentes com 60 ou mais anos de idade participantes da Pesquisa Nacional de Saúde, conduzida em 2013, no Brasil. O índice de capacidade funcional foi construído e validado a partir de um modelo de crédito parcial generalizado de teoria de resposta ao item, atendidos os pressupostos de dimensionalidade do espaço latente e independência local estocástica. Foram estimadas as diferenças de gênero na capacidade funcional em cada Unidade Federativa. Para determinar se as variáveis contextuais socioeconômicas e de desigualdade social de gênero foram associadas com as diferenças de gênero na capacidade funcional, foram ajustados modelos de regressão linear multinível com efeitos de interação de nível cruzado, controlados por variáveis em nível individual e contextual, produzindo os coeficientes e respectivos intervalos de confiança de 95%. Para o Brasil, os resultados indicaram que 17% dos idosos apresentaram alguma limitação em atividades básicas da vida diária e 29% nas atividades instrumentais da vida diária. As mulheres apresentaram desvantagens em capacidade funcional maiores que os homens e encontrou-se no grupo de idosos octogenários uma prevalência de 70% nas limitações de atividades. Os menores índices de capacidade funcional foram encontrados entre os idosos com idade mais avançada, principalmente o grupo dos octogenários e analfabetos. Observou-se que as Regiões Norte e Nordeste apresentaram maiores desvantagens na capacidade funcional, principalmente entre as mulheres. O Amazonas, Rio Grande do Norte, Paraíba e Alagoas detiveram as piores condições de capacidade funcional entre os idosos. Além disso, em Alagoas, Maranhão e Pernambuco as magnitudes das diferenças de gênero, em desfavor das mulheres, foram maiores. Com base nos resultados encontrados, a hipótese deste estudo foi confirmada ao demonstrar que as Unidades Federativas Brasileiras com maiores diferenças de gênero em capacidade funcional foram aquelas com as maiores desigualdades sociais de gênero, sendo amplamente influenciadas pelas maiores desigualdades de renda. |
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No Brasil, a prevalência de limitações de atividades chega a 32% da população de pessoas idosas. Conhecer as prevalências de limitações de atividades em termos de capacidade funcional da pessoa idosa e analisar as associações entre capacidade funcional e as características sociodemográficas e econômicas dos indivíduos, bem como as características ecológicas de desigualdade social de gênero e socioeconômicas no âmbito das Unidades Federativas Brasileiras são peças fundamentais para a estruturação das ações de assistência e vigilância em saúde. Portanto, o objetivo do presente estudo foi criar um índice de capacidade funcional e, desta forma, poder estimar a magnitude das diferenças de gênero na capacidade funcional entre as pessoas idosas e examinar se estas diferenças poderiam estar associadas a fatores contextuais socioeconômicos e de desigualdade social de gênero em nível das Unidades Federativas. Trata-se de um estudo transversal e ecológico de base populacional que incluiu os residentes com 60 ou mais anos de idade participantes da Pesquisa Nacional de Saúde, conduzida em 2013, no Brasil. O índice de capacidade funcional foi construído e validado a partir de um modelo de crédito parcial generalizado de teoria de resposta ao item, atendidos os pressupostos de dimensionalidade do espaço latente e independência local estocástica. Foram estimadas as diferenças de gênero na capacidade funcional em cada Unidade Federativa. Para determinar se as variáveis contextuais socioeconômicas e de desigualdade social de gênero foram associadas com as diferenças de gênero na capacidade funcional, foram ajustados modelos de regressão linear multinível com efeitos de interação de nível cruzado, controlados por variáveis em nível individual e contextual, produzindo os coeficientes e respectivos intervalos de confiança de 95%. Para o Brasil, os resultados indicaram que 17% dos idosos apresentaram alguma limitação em atividades básicas da vida diária e 29% nas atividades instrumentais da vida diária. As mulheres apresentaram desvantagens em capacidade funcional maiores que os homens e encontrou-se no grupo de idosos octogenários uma prevalência de 70% nas limitações de atividades. Os menores índices de capacidade funcional foram encontrados entre os idosos com idade mais avançada, principalmente o grupo dos octogenários e analfabetos. Observou-se que as Regiões Norte e Nordeste apresentaram maiores desvantagens na capacidade funcional, principalmente entre as mulheres. O Amazonas, Rio Grande do Norte, Paraíba e Alagoas detiveram as piores condições de capacidade funcional entre os idosos. Além disso, em Alagoas, Maranhão e Pernambuco as magnitudes das diferenças de gênero, em desfavor das mulheres, foram maiores. Com base nos resultados encontrados, a hipótese deste estudo foi confirmada ao demonstrar que as Unidades Federativas Brasileiras com maiores diferenças de gênero em capacidade funcional foram aquelas com as maiores desigualdades sociais de gênero, sendo amplamente influenciadas pelas maiores desigualdades de renda.Activity limitations are difficulties an individual may have to perform certain tasks of daily life and determines part of the individual's disability status. In Brazil, the prevalence of activity limitation reaches 32% of the population of elderly people. Knowing the prevalence of activity limitations in terms of functional capacity of the elderly and to examine the associations between functional capacity and socio-demographic and economic characteristics of individuals, as well as the social gender inequality and socioeconomic characteristics within the Brazilian Federative Units are fundamental to the structure of assistance actions and health surveillance. Therefore, the aim of this study was to create the functional capacity index and thus able to estimate the magnitude of gender differences in functional capacity among the elderly and examine whether these differences could be associated with social gender inequality and socioeconomic contextual factors in terms of Federative Units. This is a cross-sectional and ecological population-based study that included residents aged 60 years old participating in the National Health Survey, conducted in 2013, in Brazil. The functional capacity index was developed and validated from a generalized partial credit model of item response theory, provided the assumptions of dimensionality of the latent space and stochastic local independence. Gender differences were estimated in functional capacity in each Federative Unit. To determine if the social gender inequality and socioeconomic contextual variables were associated with gender differences in functional capacity were adjusted multilevel linear regression models with cross-level interaction, controlled by individual- and contextual-level variables, which yielded coefficients and their 95% confidence intervals. For Brazil, the results indicated that 17% of the elderly had some limitation in activities of daily living and 29% in instrumental activities of daily living. Women had higher functional capacity disadvantages than men and was found in the group of octogenarians a prevalence of 70% in activity limitations. The smallest functional capacity indexes were found among older people with older age, especially the group of octogenarians and illiterate. It was noted that the North and Northeast Region had greater disadvantages in functional capacity, especially among women. Amazonas, Rio Grande do Norte, Paraiba and Alagoas detained the worst conditions of functional capacity among the elderly. Moreover, in Alagoas, Pernambuco and Maranhao the magnitude of gender differences, in disadvantage for women, were higher. Based on these results, the hypothesis of this study was confirmed by demonstrating that the Brazilian Federative Units with the largest gender differences in functional capacity were those with the greatest social inequalities of gender, being largely influenced by higher income inequality.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)porCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVAEstatísticas de sequelas e incapacidadeIdosoDesigualdades em saúdeAnálise multinívelFatores associados à capacidade funcional em pessoas idosas no contexto brasileiroinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVAUFRNBrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALAndreLuizBarbosaDeLima_TESE.pdfAndreLuizBarbosaDeLima_TESE.pdfapplication/pdf3685146https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/22731/1/AndreLuizBarbosaDeLima_TESE.pdf7ae6e2dcaf832c2467d3e879f2e412f4MD51TEXTAndreLuizBarbosaDeLima_TESE.pdf.txtAndreLuizBarbosaDeLima_TESE.pdf.txtExtracted texttext/plain269546https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/22731/4/AndreLuizBarbosaDeLima_TESE.pdf.txt2f3104e9e9ebd3da5aecfa81ba13bad4MD54THUMBNAILAndreLuizBarbosaDeLima_TESE.pdf.jpgAndreLuizBarbosaDeLima_TESE.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg2491https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/22731/5/AndreLuizBarbosaDeLima_TESE.pdf.jpg7620ecac572690032e2d1e7bc1a35d44MD55123456789/227312017-11-03 02:33:29.376oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/22731Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2017-11-03T05:33:29Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
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