consumo de alimentos ultraprocessados e de vitamina a entre mulheres lactantes: existe relação?
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRN |
Texto Completo: | https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/50519 |
Resumo: | Atualmente há um aumento no consumo de alimentos ultraprocessados (AUP), que podem provocar maior risco de sobrepeso/obesidade e doenças cardiovasculares, principalmente pela relação negativa entre seu consumo e a qualidade da dieta, incluindo diminuição dos níveis de ingestão de micronutrientes. A exemplo dos micronutrientes que podem sofrer impacto com o aumento de AUP, é a vitamina A, que desempenha importantes funções no organismo, principalmente no contexto da lactação. Uma menor ingestão nesse período impacta tanto a saúde materna quanto a da criança, conduzindo ao risco nutricional pela deficiência da vitamina. Desta forma, teve-se como objetivo avaliar a relação do consumo de AUP na ingestão de vitamina A de mulheres lactantes do município de Natal-RN. Trata-se de um estudo do tipo transversal com mulheres atendidas até 120 dias pós-parto na atenção primária à saúde do município, sendo coletadas informações de consumo alimentar via recordatórios de 24 horas para determinação da ingestão de alimentos segundo a classificação NOVA e consumo de vitamina A. Obteve-se a participação do consumo de AUP na ingestão energética total da dieta, bem como a porção de vitamina A desses alimentos. Após tabulação dos dados, as mulheres foram agrupadas por tercis de participação do consumo de AUP na dieta, utilizando o teste de Kruskal Wallis para avaliar as diferenças do consumo de vitamina A entre os grupos. Os resultados foram considerados significativos quando p<0,05. O presente estudo encontrou que o consumo de AUP em mulheres lactantes foi cerca de 29% em relação à ingestão calórica total, e o consumo habitual de vitamina A foi 1163 µg/dia, com cerca de 20% de inadequação dietética (< 900 µg/dia). Ao avaliar o fornecimento de vitamina A por AUP, observou-se que nas mulheres de maior participação de AUP na dieta, houve também maior fornecimento de vitamina A por esses alimentos (p<0,036), apesar de não ser encontrada diferença significativa na ingestão diária de vitamina A nem na proporção de inadequação de ingestão de vitamina A entre as mulheres do menor consumo de AUP e os maiores tercis (p>0,05). Dessa forma, diante do impacto negativo conhecido do consumo de AUP na saúde materno-infantil, é de suma importância o estímulo ao consumo de alimentos seguros nutricionalmente na fase da lactação, principalmente para fornecer vitamina A mais biodisponível e que tragam outros benefícios de proteção à saúde dessa população. Deste modo, ressalta-se a importância do estímulo ao consumo de alimentos in natura ou minimamente processados para garantir fonte segura da vitamina na fase da lactação. |
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Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Nutrição) – Curso de Nutrição, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2022.https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/50519Universidade Federal do Rio Grande do NorteGraduação em NutriçãoUFRNBrasilDepartamento de NutriçãoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCNPQ::CIENCIAS DA SAUDEAleitamento maternobreastfeedingLactaçãolactationRetinolRetinolconsumo de alimentos ultraprocessados e de vitamina a entre mulheres lactantes: existe relação?info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisAtualmente há um aumento no consumo de alimentos ultraprocessados (AUP), que podem provocar maior risco de sobrepeso/obesidade e doenças cardiovasculares, principalmente pela relação negativa entre seu consumo e a qualidade da dieta, incluindo diminuição dos níveis de ingestão de micronutrientes. A exemplo dos micronutrientes que podem sofrer impacto com o aumento de AUP, é a vitamina A, que desempenha importantes funções no organismo, principalmente no contexto da lactação. Uma menor ingestão nesse período impacta tanto a saúde materna quanto a da criança, conduzindo ao risco nutricional pela deficiência da vitamina. Desta forma, teve-se como objetivo avaliar a relação do consumo de AUP na ingestão de vitamina A de mulheres lactantes do município de Natal-RN. Trata-se de um estudo do tipo transversal com mulheres atendidas até 120 dias pós-parto na atenção primária à saúde do município, sendo coletadas informações de consumo alimentar via recordatórios de 24 horas para determinação da ingestão de alimentos segundo a classificação NOVA e consumo de vitamina A. Obteve-se a participação do consumo de AUP na ingestão energética total da dieta, bem como a porção de vitamina A desses alimentos. Após tabulação dos dados, as mulheres foram agrupadas por tercis de participação do consumo de AUP na dieta, utilizando o teste de Kruskal Wallis para avaliar as diferenças do consumo de vitamina A entre os grupos. Os resultados foram considerados significativos quando p<0,05. O presente estudo encontrou que o consumo de AUP em mulheres lactantes foi cerca de 29% em relação à ingestão calórica total, e o consumo habitual de vitamina A foi 1163 µg/dia, com cerca de 20% de inadequação dietética (< 900 µg/dia). Ao avaliar o fornecimento de vitamina A por AUP, observou-se que nas mulheres de maior participação de AUP na dieta, houve também maior fornecimento de vitamina A por esses alimentos (p<0,036), apesar de não ser encontrada diferença significativa na ingestão diária de vitamina A nem na proporção de inadequação de ingestão de vitamina A entre as mulheres do menor consumo de AUP e os maiores tercis (p>0,05). Dessa forma, diante do impacto negativo conhecido do consumo de AUP na saúde materno-infantil, é de suma importância o estímulo ao consumo de alimentos seguros nutricionalmente na fase da lactação, principalmente para fornecer vitamina A mais biodisponível e que tragam outros benefícios de proteção à saúde dessa população. Deste modo, ressalta-se a importância do estímulo ao consumo de alimentos in natura ou minimamente processados para garantir fonte segura da vitamina na fase da lactação.porreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81484https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/50519/3/license.txte9597aa2854d128fd968be5edc8a28d9MD53CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/50519/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52ORIGINALConsumodeAlimentosUltraprocessadoseVitaminaA_Silva_2022.pdfConsumodeAlimentosUltraprocessadoseVitaminaA_Silva_2022.pdfTCC Consumo AUP x Vitamina A (Silva, 2022)application/pdf264010https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/50519/1/ConsumodeAlimentosUltraprocessadoseVitaminaA_Silva_2022.pdf3f882aa665d82ed10a91cc76a12a05dfMD51123456789/505192022-12-22 17:53:43.835oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/50519Tk9OLUVYQ0xVU0lWRSBESVNUUklCVVRJT04gTElDRU5TRQoKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIGRlbGl2ZXJpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBNci4gKGF1dGhvciBvciBjb3B5cmlnaHQgaG9sZGVyKToKCgphKSBHcmFudHMgdGhlIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIFJpbyBHcmFuZGUgZG8gTm9ydGUgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgb2YKcmVwcm9kdWNlLCBjb252ZXJ0IChhcyBkZWZpbmVkIGJlbG93KSwgY29tbXVuaWNhdGUgYW5kIC8gb3IKZGlzdHJpYnV0ZSB0aGUgZGVsaXZlcmVkIGRvY3VtZW50IChpbmNsdWRpbmcgYWJzdHJhY3QgLyBhYnN0cmFjdCkgaW4KZGlnaXRhbCBvciBwcmludGVkIGZvcm1hdCBhbmQgaW4gYW55IG1lZGl1bS4KCmIpIERlY2xhcmVzIHRoYXQgdGhlIGRvY3VtZW50IHN1Ym1pdHRlZCBpcyBpdHMgb3JpZ2luYWwgd29yaywgYW5kIHRoYXQKeW91IGhhdmUgdGhlIHJpZ2h0IHRvIGdyYW50IHRoZSByaWdodHMgY29udGFpbmVkIGluIHRoaXMgbGljZW5zZS4gRGVjbGFyZXMKdGhhdCB0aGUgZGVsaXZlcnkgb2YgdGhlIGRvY3VtZW50IGRvZXMgbm90IGluZnJpbmdlLCBhcyBmYXIgYXMgaXQgaXMKdGhlIHJpZ2h0cyBvZiBhbnkgb3RoZXIgcGVyc29uIG9yIGVudGl0eS4KCmMpIElmIHRoZSBkb2N1bWVudCBkZWxpdmVyZWQgY29udGFpbnMgbWF0ZXJpYWwgd2hpY2ggZG9lcyBub3QKcmlnaHRzLCBkZWNsYXJlcyB0aGF0IGl0IGhhcyBvYnRhaW5lZCBhdXRob3JpemF0aW9uIGZyb20gdGhlIGhvbGRlciBvZiB0aGUKY29weXJpZ2h0IHRvIGdyYW50IHRoZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSaW8gR3JhbmRlIGRvIE5vcnRlIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdCB0aGlzIG1hdGVyaWFsIHdob3NlIHJpZ2h0cyBhcmUgb2YKdGhpcmQgcGFydGllcyBpcyBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZpZWQgYW5kIHJlY29nbml6ZWQgaW4gdGhlIHRleHQgb3IKY29udGVudCBvZiB0aGUgZG9jdW1lbnQgZGVsaXZlcmVkLgoKSWYgdGhlIGRvY3VtZW50IHN1Ym1pdHRlZCBpcyBiYXNlZCBvbiBmdW5kZWQgb3Igc3VwcG9ydGVkIHdvcmsKYnkgYW5vdGhlciBpbnN0aXR1dGlvbiBvdGhlciB0aGFuIHRoZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSaW8gR3JhbmRlIGRvIE5vcnRlLCBkZWNsYXJlcyB0aGF0IGl0IGhhcyBmdWxmaWxsZWQgYW55IG9ibGlnYXRpb25zIHJlcXVpcmVkIGJ5IHRoZSByZXNwZWN0aXZlIGFncmVlbWVudCBvciBhZ3JlZW1lbnQuCgpUaGUgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZG8gUmlvIEdyYW5kZSBkbyBOb3J0ZSB3aWxsIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZnkgaXRzIG5hbWUgKHMpIGFzIHRoZSBhdXRob3IgKHMpIG9yIGhvbGRlciAocykgb2YgdGhlIGRvY3VtZW50J3MgcmlnaHRzCmRlbGl2ZXJlZCwgYW5kIHdpbGwgbm90IG1ha2UgYW55IGNoYW5nZXMsIG90aGVyIHRoYW4gdGhvc2UgcGVybWl0dGVkIGJ5CnRoaXMgbGljZW5zZQo=Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2022-12-22T20:53:43Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
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Atualmente há um aumento no consumo de alimentos ultraprocessados (AUP), que podem provocar maior risco de sobrepeso/obesidade e doenças cardiovasculares, principalmente pela relação negativa entre seu consumo e a qualidade da dieta, incluindo diminuição dos níveis de ingestão de micronutrientes. A exemplo dos micronutrientes que podem sofrer impacto com o aumento de AUP, é a vitamina A, que desempenha importantes funções no organismo, principalmente no contexto da lactação. Uma menor ingestão nesse período impacta tanto a saúde materna quanto a da criança, conduzindo ao risco nutricional pela deficiência da vitamina. Desta forma, teve-se como objetivo avaliar a relação do consumo de AUP na ingestão de vitamina A de mulheres lactantes do município de Natal-RN. Trata-se de um estudo do tipo transversal com mulheres atendidas até 120 dias pós-parto na atenção primária à saúde do município, sendo coletadas informações de consumo alimentar via recordatórios de 24 horas para determinação da ingestão de alimentos segundo a classificação NOVA e consumo de vitamina A. Obteve-se a participação do consumo de AUP na ingestão energética total da dieta, bem como a porção de vitamina A desses alimentos. Após tabulação dos dados, as mulheres foram agrupadas por tercis de participação do consumo de AUP na dieta, utilizando o teste de Kruskal Wallis para avaliar as diferenças do consumo de vitamina A entre os grupos. Os resultados foram considerados significativos quando p<0,05. O presente estudo encontrou que o consumo de AUP em mulheres lactantes foi cerca de 29% em relação à ingestão calórica total, e o consumo habitual de vitamina A foi 1163 µg/dia, com cerca de 20% de inadequação dietética (< 900 µg/dia). Ao avaliar o fornecimento de vitamina A por AUP, observou-se que nas mulheres de maior participação de AUP na dieta, houve também maior fornecimento de vitamina A por esses alimentos (p<0,036), apesar de não ser encontrada diferença significativa na ingestão diária de vitamina A nem na proporção de inadequação de ingestão de vitamina A entre as mulheres do menor consumo de AUP e os maiores tercis (p>0,05). Dessa forma, diante do impacto negativo conhecido do consumo de AUP na saúde materno-infantil, é de suma importância o estímulo ao consumo de alimentos seguros nutricionalmente na fase da lactação, principalmente para fornecer vitamina A mais biodisponível e que tragam outros benefícios de proteção à saúde dessa população. Deste modo, ressalta-se a importância do estímulo ao consumo de alimentos in natura ou minimamente processados para garantir fonte segura da vitamina na fase da lactação. |
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