Emoção e penalidade: mulheres no Complexo Penal Dr. João Chaves

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Leonardo Alves dos
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/21591
Resumo: O presente trabalho foi realizado a partir de uma pesquisa de campo na ala feminina do Complexo Penal Dr. João Chaves. Foram entrevistadas internas e agentes penitenciárias. Pretende, em termos gerais, compreender a influência das emoções em um determinado espaço de tempo das histórias de vida de nossas interlocutoras que compreende desde a entrada no mundo do crime ao cotidiano dentro da prisão. O texto está estruturado em três partes. A primeira recupera o debate (em termos históricos e sociais) sobre a relação entre mulheres e sistema prisional, a nível nacional e posteriormente local. As partes dois e três foram escritas com o intuito de responder às duas questões centrais que orientaram este trabalho: qual a influência das emoções entre as percepções de crime e justiça? E qual o seu papel nas relações de poder e afeto no cotidiano prisional? A segunda parte examina o processo de inserção dos internos em uma instituição total. Aqui analiso as formas e motivações que levaram as mulheres ao crime e à prisão. No contexto, trato dos sentimentos de amor, humilhação e indignação através de dois exemplos distintos, o primeiro a partir da ideia de insulto moral, e o segundo a partir do termo “amor bandido”. Na terceira parte disserto sobre as regras de convivência que tanto as agentes como as internas têm que aprender para viver cotidianamente umas com as outras. Em um primeiro momento, trato do processo de internalização das regras e como elas funcionam na prática, abordando o papel de quem exerce a coerção normativa e também de quem está sujeita a ela. Posteriormente, mostro como se dão as relações homossexuais dentro do presídio mesmo sua prática sendo desencorajada e sucetível a punição. No último capítulo examino algumas formas de controle praticadas no estabelecimento, pensando seus metódos e objetivos. Por último, apresento algumas considerações finais versando sobre os temas abordados no presente trabalho e as respostas encontradas através da investigação antropológica.
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Pretende, em termos gerais, compreender a influência das emoções em um determinado espaço de tempo das histórias de vida de nossas interlocutoras que compreende desde a entrada no mundo do crime ao cotidiano dentro da prisão. O texto está estruturado em três partes. A primeira recupera o debate (em termos históricos e sociais) sobre a relação entre mulheres e sistema prisional, a nível nacional e posteriormente local. As partes dois e três foram escritas com o intuito de responder às duas questões centrais que orientaram este trabalho: qual a influência das emoções entre as percepções de crime e justiça? E qual o seu papel nas relações de poder e afeto no cotidiano prisional? A segunda parte examina o processo de inserção dos internos em uma instituição total. Aqui analiso as formas e motivações que levaram as mulheres ao crime e à prisão. No contexto, trato dos sentimentos de amor, humilhação e indignação através de dois exemplos distintos, o primeiro a partir da ideia de insulto moral, e o segundo a partir do termo “amor bandido”. Na terceira parte disserto sobre as regras de convivência que tanto as agentes como as internas têm que aprender para viver cotidianamente umas com as outras. Em um primeiro momento, trato do processo de internalização das regras e como elas funcionam na prática, abordando o papel de quem exerce a coerção normativa e também de quem está sujeita a ela. Posteriormente, mostro como se dão as relações homossexuais dentro do presídio mesmo sua prática sendo desencorajada e sucetível a punição. No último capítulo examino algumas formas de controle praticadas no estabelecimento, pensando seus metódos e objetivos. Por último, apresento algumas considerações finais versando sobre os temas abordados no presente trabalho e as respostas encontradas através da investigação antropológica.The current work was made from a field research at Dr. João Chaves Penal Complex female ward. Female inmates and prison guards were interviewed. This work has the objective of comprehend the influence of emotions in a specified period in the interviewed life stories, from the beginning of their life crimes to their everyday life in the prison. The manuscript is structured in three parts. The first brings up the debate (in historical and social terms) about the relation between woman and the prison system, in a national and local scale. The second and the third part were written with the intention to scrutinize the two central questions that guided this work: 1) what are the influences of emotions in a crime and justice perception? 2) What is the role of the affection and power relation in a prison everyday life? The second part examined the insertion process of the inmates in a total institution. Herein, I analyze the forms and motivations that led the woman to crime and prison. In the context, I address the love feelings, humiliation and indignation through two distinct examples, the former from the idea of insulto moral (moral insult) and the latter from the term amor bandido (prison love). The third part of this work discusses the relationship rules among the female inmates and prison guards. At a first instance, I debate the internalization process of the rules and its practice, approaching the role of who does the normative coercion and who is subjected to it. Afterwards, I present how the homosexual relationship occurs inside a prison, even this practice being disencouraged and susceptible to punishment. In the last chapter, I study some forms of control practiced at the establishment, analyzing the methods and objectives. At last, I present some final consideration discussing over themes approached in the current manuscript and the answers found through anthropological investigation.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)porCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::ANTROPOLOGIAPrisãoEmoçõesMulherMoralReciprocidadeIdentidadeEmoção e penalidade: mulheres no Complexo Penal Dr. João Chavesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA SOCIALUFRNBrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALEmocaoPenalidadeMulheres_Santos_2015.pdfEmocaoPenalidadeMulheres_Santos_2015.pdfapplication/pdf3040732https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/21591/1/EmocaoPenalidadeMulheres_Santos_2015.pdff8248cf3450271cc344b9e508114e623MD51TEXTLeonardoAlvesDosSantos_DISSERT.pdf.txtLeonardoAlvesDosSantos_DISSERT.pdf.txtExtracted texttext/plain319868https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/21591/4/LeonardoAlvesDosSantos_DISSERT.pdf.txt87025c793e650a5938385dab0ebf3a5cMD54EmocaoPenalidadeMulheres_Santos_2015.pdf.txtEmocaoPenalidadeMulheres_Santos_2015.pdf.txtExtracted texttext/plain319868https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/21591/6/EmocaoPenalidadeMulheres_Santos_2015.pdf.txt87025c793e650a5938385dab0ebf3a5cMD56THUMBNAILLeonardoAlvesDosSantos_DISSERT.pdf.jpgLeonardoAlvesDosSantos_DISSERT.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg2144https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/21591/5/LeonardoAlvesDosSantos_DISSERT.pdf.jpg435f25476431105051d87ea2a06d9db6MD55EmocaoPenalidadeMulheres_Santos_2015.pdf.jpgEmocaoPenalidadeMulheres_Santos_2015.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg2144https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/21591/7/EmocaoPenalidadeMulheres_Santos_2015.pdf.jpg435f25476431105051d87ea2a06d9db6MD57123456789/215912019-01-29 19:55:51.395oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/21591Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2019-01-29T22:55:51Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false
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