A memória roubada na sociedade ditatorial construída em K.: relato de uma busca (2011)

• Autor(a) principal: Costa, Natália Pâmela Silva da
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
• Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/56960
• topic: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES; Ditadura militar brasileira; Sociedade; Literatura; K.; Memória; Silêncio; Brazilian military dictatorship; Society; Literature; memory; silence

Esta monografia se propõe a analisar o romance K.: relato de uma busca (2011), de Bernardo Kucinski, e sua relação com a sociedade. Levando isso em consideração, este trabalho terá como metodologia o estudo da redução estrutural defendida por Cândido (1993), logo, dispositivos narrativos irão ser investigados com o intuito de descobrir a função deles para a representação da coletividade presente no tempo autoritário narrado. Seguindo essa linha de pesquisa, o primeiro elemento estudado será o foco narrativo, que terá como aporte teórico Leite (2007), dado que a pluralidade vocal se ancora na mudança de ponto de vista durante a narrativa. Além disso, o segundo dispositivo será a temporalidade, baseada em Nunes (1995), uma vez que essa ferramenta é essencial para entendermos a relação entre a sociedade contemporânea e a sociedade ditatorial da época. Por fim, teremos a análise de alguns gêneros de discurso presentes no romance, amparados por Bakhtin (2003), na medida que o contexto de uso de cada gênero caracteriza a conjunção social ao qual ele pertence. Como a narrativa é guiada por meio da memória, ela será fundamentada por Bosi (2004). Além disso, a parte historiográfica será aparada por Napolitano (2014). Dessa maneira, este trabalho procura atestar que o coletivo social construído no romance caracteriza a sociedade ditatorial brasileira, contendo, assim, respostas para os silêncios ocasionados pelo regime. Essa dinâmica gera a falta de uma história oficial estável e tem como consequência a incorporação desse trauma repressor ditatorial como um fantasma que nos espreita e se alimenta do nosso esquecimento estrutural.