Padrão de melanismo em borboletas neotropicais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Schirmer, Sofia Coradini
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/45197
Resumo: Os padrões de brilho e coloração das asas das borboletas podem apresentar papeis intraespecíficos, interespecíficos e fisiológicos, sendo umas das principais funções a termorregulatória. A diferença quanto à quantidade de brilho entre a face ventral e dorsal funciona como captação e dissipação de calor, tendo em vista que regulam a exposição à fonte de calor de acordo com a abertura e fechamento das asas. O melanismo pode variar entre as famílias de borboletas, as diferentes faces das asas, e estar relacionado com o tamanho das asas e com fatores ambientais. Apesar de existirem padrões bem estabelecidos para outras regiões biogeográficas, nenhum estudo avaliou essas questões para borboletas neotropicais. Os dois objetivos principais desse trabalho foram (1) fazer um levantamento da produção científica sobre os padrões de coloração de borboletas em escala global; e (2) avaliar se fatores ambientais, o tamanho da asa e as famílias taxonômicas estão relacionados com o melanismo das asas de borboletas neotropicais. A produção de artigos sobre coloração de borboletas aumentou e acompanhou a produção científica geral (r = 0.076, p = 0.25). Nota-se a concentração da produção de artigos em países de língua inglesa (~60%), sendo a maioria dos estudos publicados por primeiros autores estadunidenses (27,8 %). Encontramos que borboletas menores são mais claras (p < 0.05) e que as famílias variam quanto a diferença de brilho entre a face dorsal e ventral. Não existiu relação das variáveis ambientais com o padrão de brilho para as borboletas neotropicais (p > 0.05), e borboletas de diferentes biomas apresentam padrão de melanismo similar. Provavelmente, outras variáveis podem influenciar o padrão de melanismo dessas borboletas, como a irradiação solar. Para ambientes mais quentes, é vantajoso que a borboleta seja pequena e brilhosa, assim evitaria os estresses decorrentes do sobreaquecimento. Essa variação de brilho entre as famílias pode estar relacionada com diferentes limiares de tolerância termal, bem como diferentes estratégias antipredatórias como “flash dinâmico”. Contudo, é necessário incluir mais espécies de outros biomas e localidades do restante do país para reavaliar nossas hipóteses com base em gradientes ambientais mais extensos, tendo em vista que boa parte dos trabalhos focam em padrão de coloração e brilho de borboletas avaliam comunidades do hemisfério norte.
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O melanismo pode variar entre as famílias de borboletas, as diferentes faces das asas, e estar relacionado com o tamanho das asas e com fatores ambientais. Apesar de existirem padrões bem estabelecidos para outras regiões biogeográficas, nenhum estudo avaliou essas questões para borboletas neotropicais. Os dois objetivos principais desse trabalho foram (1) fazer um levantamento da produção científica sobre os padrões de coloração de borboletas em escala global; e (2) avaliar se fatores ambientais, o tamanho da asa e as famílias taxonômicas estão relacionados com o melanismo das asas de borboletas neotropicais. A produção de artigos sobre coloração de borboletas aumentou e acompanhou a produção científica geral (r = 0.076, p = 0.25). Nota-se a concentração da produção de artigos em países de língua inglesa (~60%), sendo a maioria dos estudos publicados por primeiros autores estadunidenses (27,8 %). Encontramos que borboletas menores são mais claras (p < 0.05) e que as famílias variam quanto a diferença de brilho entre a face dorsal e ventral. Não existiu relação das variáveis ambientais com o padrão de brilho para as borboletas neotropicais (p > 0.05), e borboletas de diferentes biomas apresentam padrão de melanismo similar. Provavelmente, outras variáveis podem influenciar o padrão de melanismo dessas borboletas, como a irradiação solar. Para ambientes mais quentes, é vantajoso que a borboleta seja pequena e brilhosa, assim evitaria os estresses decorrentes do sobreaquecimento. Essa variação de brilho entre as famílias pode estar relacionada com diferentes limiares de tolerância termal, bem como diferentes estratégias antipredatórias como “flash dinâmico”. Contudo, é necessário incluir mais espécies de outros biomas e localidades do restante do país para reavaliar nossas hipóteses com base em gradientes ambientais mais extensos, tendo em vista que boa parte dos trabalhos focam em padrão de coloração e brilho de borboletas avaliam comunidades do hemisfério norte.Patterns of brightness and coloration of butterfly wings may have intraspecific, interspecific and physiological roles, with one of the main functions being thermoregulation. Differences in brightness between the ventral and dorsal surfaces serve to capture and dissipate heat, as butterflies regulate exposure to heat sources by opening and closing wings. Melanism can vary among butterfly families, different wing faces, and be related to wing size and environmental factors. Although well-established patterns exist for other biogeographic regions, no studies have evaluated these issues for Neotropical butterflies. The two main objectives of this work were (1) to survey the scientific production on butterfly color patterns on a global scale, to identify the main knowledge and geographic research gaps; and (2) to evaluate which environmental factors, wing size and taxonomic families are related to neotropical butterfly wing melanism. The production of papers on butterfly coloration increased and followed the overall scientific production rate (r = 0.076, p = 0.25). We note the concentration of published articles in English-speaking countries (~60%), with most studies having American first authors (27.8%). We found that smaller butterflies are lighter (p < 0.05) and that families vary in brightness differences between the dorsal and ventral faces. There was no relationship between environmental variables and brightness pattern for Neotropical butterflies (p > 0.05), and butterflies from different biomes show similar melanism patterns. Probably, other variables may influence the melanism pattern of these butterflies, such as solar irradiance. For warmer environments, it is advantageous for the butterfly to be small and bright, thus avoiding stresses due to overheating. This variation in brightness among families may be related to different thermal tolerance thresholds, as well as different anti-predatory strategies such as "dynamic flash". Nevertheless, it is necessary to include more species from other biomes and localities in the rest of the country to re-evaluate our hypotheses based on more extensive environmental gradients, given that much of the research focusing on coloration and brightness patterns of butterflies evaluates communities from the northern hemisphere.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESUniversidade Federal do Rio Grande do NortePROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOBIOLOGIAUFRNBrasilLepidopteraColoraçãoTermorregulaçãoPadrão de melanismo em borboletas neotropicaisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALPadraomelanismoborboletas_Schirmer_2021.pdfapplication/pdf2549094https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/45197/1/Padraomelanismoborboletas_Schirmer_2021.pdf3d41b0b56c99e6e3089325485cae7019MD51123456789/451972022-05-02 12:53:39.325oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/45197Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2022-05-02T15:53:39Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false
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