Ganhamos, e agora? Identidade nos filmes cômicos no cinema de guerra norteamericanos dos anos 1990 (1990-2001)
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRN |
Texto Completo: | https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/34804 |
Resumo: | Os Estados Unidos venceram a Guerra Fria em 1991, com a queda da URSS, e o mundo começou a sair de um sistema bipolar para algo que não sabia ao certo o que viria a ser. Isso atingiu as narrativas de ficção no cinema, quadrinhos, televisão, nas quais o presente geopolítico era uma importante fonte de elementos, incorporando “vilões” verossímeis dos diversos antagonistas históricos dos norte-americanos: alemães, japoneses, russos, vietnamitas, etc. Ocorreu um período de redefinição da identidade norte-americana, uma vez que estava sem “inimigos” à vista.. Ainda assim, no princípio dos anos 1990, esboçou-se um novo antagonista que logo seria incorporado ao imaginário do cinema: o Iraque e Saddam Hussein. Tal apropriação geopolítica ocorreu com uma experimentação irônica, tratando o antagonista de maneira mais cômica. O processo de construção pode ser observado ao analisarmos três comédias dos anos 1990 que tematizaram a guerra. Em Top Gang (1991) o antagonista Saddam Hussein apareceu de relance. Já em Top Gang 2 (1993) ele tem maior presença no filme, antagonizando diretamente os norte-americanos. Em Três Reis (1999), com sua imagem já consolidada, o iraquiano não aparece fisicamente, mas assombra a todos os personagens. Esta monografia trabalha a apropriação da tema da guerra e do Iraque e seu líder pelo cinema norte-americano como um novo momento da definição da identidade norteamericana. Para melhor entender estes fatores serão trabalhados os conceitos de representação, cômico e ironia que estão presentes nos filmes, para se compreender como os temas da guerra, do Iraque e do humor ajudaram a criar um novo imaginário para a guerra. A análise fílmica fora o método principal de trabalho, partindo da proposto de Laurent Jullier e Michel Marie. Pôde ser observado o processo de construção de um antagonista geopolítico possível, por meio do riso e do uso do processo de estereótipos extremados na cultura norteamericana. Tais estereótipos foram fundamentais para o cenário geopolítico do pós -11/9/2001. |
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