A influência das mídias sociais na percepção de risco do jovem adquirir HIV: revisão de escopo

• Autor(a) principal: Neco, Klebia Karoline dos Santos
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
• Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/46862
• topic: HIV; Adolescente; Mídia social; Percepção de risco

A vida conectada à internet e às mídias sociais faz do jovem um grupo populacional vulnerável ao risco de contrair HIV. Isso porque as mídias facilitam o sexo com pessoas que se conheceram pela internet, múltiplas parcerias sexuais, o uso inconsistente do preservativo e álcool e/ou drogas. Sendo necessário, então, entender como esses jovens se percebem em risco para o HIV ao utilizar as mídias sociais. O objetivo desse estudo foi analisar a influência das mídias sociais na percepção de risco do jovem adquirir HIV. Trata-se de uma revisão de escopo desenvolvida de acordo com as recomendações do JBI. A mnemônica População, Conceito e Contexto (PCC) resultou na questão de pesquisa: “Qual a influência das mídias sociais na percepção de risco do jovem adquirir HIV?” Os Descritores em Ciências da Saúde/ Medical Subject Headings (DeCS/MeSH) selecionados foram: HIV; “Acquired Immunodeficiency Syndrome”; Adolescent; Tenager; Young; “Social Networking”; “Social Media”; Internet; “Health Risk” e “Risk Perception”. A busca foi realizada nas fontes de dados: Elsevier SciVerse Scopus; U. S. National Library of Medicine - NLM, Web of Science, Science Direct, Scientific Electronic Library Online, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde, Índice Bibliográfico Espanhol de Ciências de Saúde, Catálogo de Teses e Dissertações da CAPES, Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade de São Paulo, Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal; DART- Europe; Trove da National Library of Australia; Theses Canada; e Google Scholar. Foram incluídos artigos originais e de revisão, teses e dissertações, disponíveis na íntegra, sem limite temporal, em qualquer idioma. Para análise, foi criada uma matriz de síntese que contemplou as informações extraídas. Foram identificadas 11.691 publicações, dos quais 37 foram lidos na íntegra, sendo 22 excluídos e 15 estudos compuseram a amostra final. O celular/smartphone foi a ferramenta mais utilizada para acessar mídias sociais, por várias vezes ou horas por dia, para encontrar parceiros sexuais. As mídias encontradas nos estudos foram: as que usaram a internet para acesso a sites e websites, mídias e redes sociais em geral, os sites de redes sociais online, jogos digitais e aplicativos de smartphones. Como condutas de risco: o uso inconsistente ou a não utilização do preservativo durante a prática sexual; se relacionar com múltiplos parceiros; fazer sexo anal desprotegido e sexo com parceiros ou sob efeito de drogas e/ou álcool. A ausência/redução da percepção dos jovens: não ter um parceiro sexual permanente; perceber como improvável ou mínima as chances de contrair HIV pela forma que se relacionam; praticantes de uma religião percebem-se menos expostos e sem conhecimento os jovens não conseguem perceber o risco de adquirir HIV. As mídias sociais, portanto, constituem-se de uma tecnologia inovadora capaz de influenciar diretamente na percepção de risco dos jovens adquirir o HIV/Aids, ao ser utilizada como ferramenta de intervenção, seja por meio dos jogos digitais, aplicativos baseados em localização, microblogs, redes sociais, plataformas de mensagens em tempo real e outras mídias; para promover a conscientização/prevenção e promoção, melhoria dos comportamentos de risco, impactando assim, no controle da epidemia do HIV/Aids.