Obesidade sarcopênica, síndrome metabólica e desempenho físico em mulheres de meia-idade: um estudo transversal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Moreira, Mayle Andrade
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/21618
Resumo: Introdução: O envelhecimento populacional associado ao aumento da expectativa de vida vem fazendo com que as doenças crônicas não transmissíveis exijam mais atenção, particularmente aquelas relacionadas às mudanças nos padrões morfofisiológicos. Neste contexto, a obesidade sarcopênica e a síndrome metabólica estão associadas ao maior risco cardiovascular, entretanto, têm sido pouco estudadas em mulheres de meia-idade, particularmente nas regiões de baixo desenvolvimento socioeconômico, como no Nordeste brasileiro. É importante considerar mulheres nessa faixa etária como um grupo populacional vulnerável à síndrome metabólica, buscando seus potenciais fatores de risco. Ademais, ainda não está claro na literatura a relação da obesidade sarcopênica com o desempenho físico, nem o seu nível de impacto quando comparado à sarcopenia ou obesidade de forma isolada. Objetivos: 1) Analisar a prevalência da obesidade sarcopênica e explorar a relação entre obesidade sarcopênica e desempenho físico em mulheres de meia-idade do Nordeste do Brasil. 2) Determinar a prevalência da síndrome metabólica e identificar os fatores associados a essa síndrome em mulheres de meia-idade do Nordeste do Brasil. Materiais e Métodos: Estudo observacional analítico de caráter transversal com uma amostra de mulheres entre 40 e 65 anos, residentes no município de Parnamirim-RN. Foram coletados dados demográficos e socioeconômicos, medidas antropométricas, estágio menopausal, história reprodutiva, hábitos de vida, atividade física, qualidade de vida, composição corporal (bioimpedância), hormônio estradiol e desempenho físico (força de preensão manual, força de extensores e flexores de joelho, velocidade da marcha e teste sentar-levantar). A sarcopenia foi determinada pelo percentil 20 (<6,08 kg / m²) da soma da massa muscular esquelética apendicular dividida pela altura ao quadrado (Kg / m2) e a obesidade pela circunferência da cintura ≥ 88 cm. Obesidade sarcopênica foi definida como a coexistência da sarcopenia e obesidade. A síndrome metabólica foi considerada pela presença de pelo menos três dos seguintes critérios: glicose em jejum ≥ 110 mg/dL, triglicéridos ≥ 150 mg/dL, lipoproteína de alta densidade (HDL) < 50 mg/dL e pressão arterial ≥ 130/85mmHg, de acordo com o critério diagnóstico do NCEP-ATP III. Os quatro grupos de mulheres (obesas sarcopênicas, sarcopênicas, obesas e normais) foram comparados quanto às variáveis de desempenho físico por meio de análises de variância (ANOVA) e por regressões lineares múltiplas ajustadas pelos potenciais fatores de confusão (idade, educação e estágio menopausal). Para comparar médias e frequências das variáveis entre os grupos com síndrome metabólica presente e ausente foram utilizados teste t ou qui-quadrado. Por fim, foram realizados modelos de regressão multivariada de Poisson para estimar a razão de prevalência e identificar os fatores associados, pelo método passo a passo (stepwise approach). Em todos os testes foi considerado p < 0,05 e intervalos de confiança de 95%. Resultados: As taxas de prevalência dos quatro grupos foram: obesidade sarcopênica (7,1%), obesidade (67,4%), sarcopenia (12,4%) e normal (13%). Mulheres com obesidade sarcopênica apresentaram significativamente menor força de preensão, menor força de extensão e flexão do joelho e maior tempo no teste sentar-levantar quando comparadas às mulheres não-obesas e não-sarcopênicas (p < 0,001). Exceto para o teste sentar-levantar, essas diferenças estatisticamente significativas também foram encontradas entre mulheres obesas e obesas sarcopênicas, sendo as últimas com piores resultados de desempenho. Não houve diferença significativa para a velocidade de marcha entre os quatro grupos (p = 0,50). Quanto à síndrome metabólica, foram identificados 275 (65,6%) casos. Os três indicadores mais prevalentes foram obesidade (73,5%), redução da HDL (63,0%), e hipertensão (60,9%). No modelo ajustado final, raça negra (RP: 1,34, IC: 1,11-1,63), menor força de preensão / IMC (RP: 1,32, IC: 1,15-1,50), pior qualidade de vida (RP: 1,20, IC: 1,03 - 1,40), menor nível de estradiol (RP: 1,16, IC: 1,00-1,34) e, surpreendentemente, caminhada (RP: 1,16, IC: 1,01-1,34) foram significativamente associados com a síndrome metabólica. Conclusões: Obesidade sarcopênica foi presente em 7,1% das mulheres de meia-idade do Nordeste brasileiro e tem relação com o pior desempenho físico, podendo ocorrer com limitações maiores que naquelas com apenas sarcopenia ou obesidade. A prevalência da síndrome metabólica foi alta (65,6%) na presente amostra. Raça negra, menor força de preensão / IMC, pior qualidade de vida e menor nível de estradiol foram fatores de risco para a síndrome metabólica. Maior tempo de caminhada permaneceu relacionado no modelo final, no entanto a direção dessa relação deve ser examinada em estudos longitudinais futuros.
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Tese (Doutorado em Fisioterapia) - Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2016.https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/21618Introdução: O envelhecimento populacional associado ao aumento da expectativa de vida vem fazendo com que as doenças crônicas não transmissíveis exijam mais atenção, particularmente aquelas relacionadas às mudanças nos padrões morfofisiológicos. Neste contexto, a obesidade sarcopênica e a síndrome metabólica estão associadas ao maior risco cardiovascular, entretanto, têm sido pouco estudadas em mulheres de meia-idade, particularmente nas regiões de baixo desenvolvimento socioeconômico, como no Nordeste brasileiro. É importante considerar mulheres nessa faixa etária como um grupo populacional vulnerável à síndrome metabólica, buscando seus potenciais fatores de risco. Ademais, ainda não está claro na literatura a relação da obesidade sarcopênica com o desempenho físico, nem o seu nível de impacto quando comparado à sarcopenia ou obesidade de forma isolada. Objetivos: 1) Analisar a prevalência da obesidade sarcopênica e explorar a relação entre obesidade sarcopênica e desempenho físico em mulheres de meia-idade do Nordeste do Brasil. 2) Determinar a prevalência da síndrome metabólica e identificar os fatores associados a essa síndrome em mulheres de meia-idade do Nordeste do Brasil. Materiais e Métodos: Estudo observacional analítico de caráter transversal com uma amostra de mulheres entre 40 e 65 anos, residentes no município de Parnamirim-RN. Foram coletados dados demográficos e socioeconômicos, medidas antropométricas, estágio menopausal, história reprodutiva, hábitos de vida, atividade física, qualidade de vida, composição corporal (bioimpedância), hormônio estradiol e desempenho físico (força de preensão manual, força de extensores e flexores de joelho, velocidade da marcha e teste sentar-levantar). A sarcopenia foi determinada pelo percentil 20 (<6,08 kg / m²) da soma da massa muscular esquelética apendicular dividida pela altura ao quadrado (Kg / m2) e a obesidade pela circunferência da cintura ≥ 88 cm. Obesidade sarcopênica foi definida como a coexistência da sarcopenia e obesidade. A síndrome metabólica foi considerada pela presença de pelo menos três dos seguintes critérios: glicose em jejum ≥ 110 mg/dL, triglicéridos ≥ 150 mg/dL, lipoproteína de alta densidade (HDL) < 50 mg/dL e pressão arterial ≥ 130/85mmHg, de acordo com o critério diagnóstico do NCEP-ATP III. Os quatro grupos de mulheres (obesas sarcopênicas, sarcopênicas, obesas e normais) foram comparados quanto às variáveis de desempenho físico por meio de análises de variância (ANOVA) e por regressões lineares múltiplas ajustadas pelos potenciais fatores de confusão (idade, educação e estágio menopausal). Para comparar médias e frequências das variáveis entre os grupos com síndrome metabólica presente e ausente foram utilizados teste t ou qui-quadrado. Por fim, foram realizados modelos de regressão multivariada de Poisson para estimar a razão de prevalência e identificar os fatores associados, pelo método passo a passo (stepwise approach). Em todos os testes foi considerado p < 0,05 e intervalos de confiança de 95%. Resultados: As taxas de prevalência dos quatro grupos foram: obesidade sarcopênica (7,1%), obesidade (67,4%), sarcopenia (12,4%) e normal (13%). Mulheres com obesidade sarcopênica apresentaram significativamente menor força de preensão, menor força de extensão e flexão do joelho e maior tempo no teste sentar-levantar quando comparadas às mulheres não-obesas e não-sarcopênicas (p < 0,001). Exceto para o teste sentar-levantar, essas diferenças estatisticamente significativas também foram encontradas entre mulheres obesas e obesas sarcopênicas, sendo as últimas com piores resultados de desempenho. Não houve diferença significativa para a velocidade de marcha entre os quatro grupos (p = 0,50). Quanto à síndrome metabólica, foram identificados 275 (65,6%) casos. Os três indicadores mais prevalentes foram obesidade (73,5%), redução da HDL (63,0%), e hipertensão (60,9%). No modelo ajustado final, raça negra (RP: 1,34, IC: 1,11-1,63), menor força de preensão / IMC (RP: 1,32, IC: 1,15-1,50), pior qualidade de vida (RP: 1,20, IC: 1,03 - 1,40), menor nível de estradiol (RP: 1,16, IC: 1,00-1,34) e, surpreendentemente, caminhada (RP: 1,16, IC: 1,01-1,34) foram significativamente associados com a síndrome metabólica. Conclusões: Obesidade sarcopênica foi presente em 7,1% das mulheres de meia-idade do Nordeste brasileiro e tem relação com o pior desempenho físico, podendo ocorrer com limitações maiores que naquelas com apenas sarcopenia ou obesidade. A prevalência da síndrome metabólica foi alta (65,6%) na presente amostra. Raça negra, menor força de preensão / IMC, pior qualidade de vida e menor nível de estradiol foram fatores de risco para a síndrome metabólica. Maior tempo de caminhada permaneceu relacionado no modelo final, no entanto a direção dessa relação deve ser examinada em estudos longitudinais futuros.Introduction: Population‟s aging associated with increased life expectancy demands chronic diseases to require more attention, particularly those related changes in morph physiological standards. In this sense, sarcopenic obesity and metabolic syndrome are associated with increased cardiovascular risk. However, those conditions have been poorly studied in middle-aged women, particularly in low-income regions such as Northeast Brazil. It is important to consider women in this age group as a vulnerable to metabolic syndrome, seeking their potential risk factors. Furthermore, the relationship of sarcopenic obesity with physical performance is not clear in literature, or their level of impact when compared to sarcopenia or obesity alone. Objectives: 1) To evaluate the prevalence of sarcopenic obesity and to explore the relationship between sarcopenic obesity and physical performance in middle-aged women from Northeast Brazil. 2) To determine the prevalence of metabolic syndrome, and identified factors associated with this syndrome in middle-aged women in Northeast Brazil. Methods: Cross-sectional study in a sample of 500 women between 40 and 65 years living in Parnamirim-RN. We collected demographic and socioeconomic data, anthropometric measurements, menopausal status, reproductive history, lifestyle habits, physical activity, quality of life, body composition (bioimpedance electrical), estradiol hormone and physical performance (grip strength, knee extensor and flexor strength – isometric dynamometry, gait speed and chair stand test). The sarcopenia was determined by the 20th percentile (<6.08 kg/m²) of the sum of appendicular skeletal muscle mass divided by height squared (kg/m2) and obesity by waist circumference ≥ 88 cm. Sarcopenic obesity was defined as the coexistence of sarcopenia and obesity. Metabolic syndrome is considered by the presence of at least three of the following criteria: abdominal obesity (waist circunference > 88 cm), fasting glucose ≥ 110 mg/dL, triglycerides ≥ 150 mg/dL, high density lipoprotein (HDL) < 50 mg/dl and blood pressure ≥ 130/85 mmHg, according to the diagnostic criteria of the NCEP-ATP III. The four groups of women (sarcopenic obese, sarcopenic, obese and normal) were compared to physical performance variables using analysis of variance (ANOVA) and linear regressions adjusted for potential confounders (age, education and menopausal status). To compare means and frequencies of variables between groups of presence or absence of metabolic syndrome t or Chi-square test were used. Finally, multivariate Poisson regression models were conducted to estimate the prevalence ratio and identify associated factors, by the method step by step (stepwise approach). In all tests, it was considered p < 0.05 and confidence intervals of 95%. Results: Prevalence rates of the four obesity-sarcopenia groups were: Sarcopenic obesity (7.1%), obesity (67.4%), sarcopenia (12.4%) and normal (13%) (n = 491). Women with sarcopenic obesity had significantly lower grip strength, weaker knee extension and flexion and longer time to raise from a chair compared with non-obese and non-sarcopenic women (p values < 0.001). Except for the chair stands, these statistically significant differences were also found between sarcopenic obese and obese women. There was no significant difference for gait speed across the four groups (p = 0.50). Regarding metabolic syndrome (n = 419), 275 (65.6%) cases were identified. The three most prevalent indicators were obesity (73.5%), reduced HDL (63.0%), and elevated blood pressure (60.9%). In the final adjusted model, black race (PR: 1.34, CI: 1.11 - 1.63), lower grip strength/BMI (PR: 1.32, CI: 1.15 - 1.50), worse quality of life (PR: 1.20, CI 95%: 1.03 - 1.40), low levels of estradiol (PR: 1.16, CI: 1.00 - 1.34) and surprisingly, more walking (PR: 1.16, CI: 1.01 - 1.34) were significantly associated with metabolic syndrome. Conclusions: Sarcopenic obesity was present in 7.1% of middle-aged women and it was associated with poor physical performance. Sarcopenic obesity may occur in middle-aged women with limitations beyond pure sarcopenia or obesity alone. The prevalence of metabolic syndrome in our sample was high (65,6%) in the present sample. Black race, lower grip strength/BMI, worse quality of life, lower levels of estradiol and more walking were risk factors for metabolic syndrome. Metabolic syndrome and obesity sarcopenic are a long-term threat to the health of middle-aged women with a burden potential for the public health system. The results may help in the development of health promotion strategies to prevent morbidity and mortality associated with these conditions in this vulnerable population.porCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONALComposição corporalSarcopeniaObesidadeEnvelhecimentoMenopausaForça muscularEpidemiologiaObesidade sarcopênica, síndrome metabólica e desempenho físico em mulheres de meia-idade: um estudo transversalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIAUFRNBrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALMayleAndradeMoreira_TESE.pdfMayleAndradeMoreira_TESE.pdfapplication/pdf1660596https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/21618/1/MayleAndradeMoreira_TESE.pdf72b5211298e10f8a3fd8ac3caa53bc7eMD51TEXTMayleAndradeMoreira_TESE.pdf.txtMayleAndradeMoreira_TESE.pdf.txtExtracted texttext/plain250439https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/21618/4/MayleAndradeMoreira_TESE.pdf.txt5b5720627a7f0d58f079de6af891938dMD54THUMBNAILMayleAndradeMoreira_TESE.pdf.jpgMayleAndradeMoreira_TESE.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg2390https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/21618/5/MayleAndradeMoreira_TESE.pdf.jpg1c326b7497bc84606225017354f9f4c1MD55123456789/216182017-11-03 19:23:26.021oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/21618Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2017-11-03T22:23:26Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false
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