Leucemia promielocítica aguda: do histórico ao tratamento
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRN |
Texto Completo: | https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/50465 |
Resumo: | A leucemia promielocítica aguda (LPA) é um subtipo de leucemia mieloide aguda caracterizada por eventos hemorrágicos que podem causar a evolução do paciente a óbito, caso não sejam contornados rapidamente, sendo necessário, portanto, diagnóstico rápido e preciso para que o tratamento seja iniciado precocemente. Tendo em vista o papel do profissional biomédico na contribuição para o diagnóstico de patologias, o objetivo deste trabalho foi realizar um levantamento bibliográfico sobre a LPA, compreendendo sua definição, histórico, apresentação clínica, fisiopatologia, epidemiologia, diagnóstico e tratamento, a fim de reunir informações sobre esta neoplasia. Para isso, foram realizadas pesquisas nos bancos de dados PubMed, SciELO, Google Acadêmico e Science Direct, no período entre os meses de maio e dezembro de 2022, utilizando as chaves de busca que combinavam “leucemia promielocítica aguda” e uma segunda palavra-chave, como “sangramento”, “ácido trans-retinoico”, “coagulopatias”, “leucemia mieloide aguda”, diagnóstico”, “prognóstico”, “translocação”, “incidência”, “doenças hemostáticas”, assim como seus correspondentes em inglês e abreviaturas “LPA”, “APL”, “LMA”, “AML” e “ATRA”. Os resultados demonstram que a leucemia promielocítica aguda tem como fisiopatologia a ocorrência de alterações cromossômicas, mais frequentemente a translocação cromossômica recíproca t(15;17)(q22;q21), levando à formação da proteína de fusão PML/RARα, que causa o bloqueio da maturação dos granulócitos no estágio de promielócitos. Os pacientes são acometidos por um estado de coagulopatia severa que pode ter desfecho fatal precoce quando não contornado rapidamente e cujas principais complicações clínicas são quadros hemorrágicos e trombóticos. Felizmente, o prognóstico dessa doença sofreu uma conversão de “forma mais maligna de leucemia aguda” para “altamente curável” ao longo dos anos, graças a implementação de terapias que combinam derivados do ácido retinoico e trióxido de arsênio para a indução da maturação dos promielócitos anômalos e degradação da oncoproteína de fusão. O diagnóstico é feito por um conjunto de exames, que englobam desde a apresentação clínica até os exames laboratoriais com a análise de aspirado de medula óssea por técnicas genético-moleculares, sendo a reação em cadeia da polimerase seguida de transcriptase reversa o padrão ouro para o diagnóstico e acompanhamento da doença. A partir dos resultados obtidos, é possível concluir que a LPA é uma patologia cuja história compreende diversos avanços científicos, que contribuíram positivamente para a mudança de prognóstico da doença. Além disso, é reforçada a importância de um profissional capacitado para o reconhecimento das anormalidades laboratoriais e consequente direcionamento do diagnóstico, contribuindo para o contorno precoce de eventos hemorrágicos e consequente óbito. |
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Araújo, Esther Alice Dantas dehttp://lattes.cnpq.br/7834509976955188http://lattes.cnpq.br/5479629537559105Rachetti, Vanessa de Paula Soareshttp://lattes.cnpq.br/1524215726056886Oliveira, Arthur Renan de Araújohttp://lattes.cnpq.br/5907235499848294Bezerra, Christiane Medeiros2022-12-22T13:18:12Z2022-12-22T13:18:12Z2022-12-13ARAÚJO, Esther Alice Dantas de. Leucemia promielocítica aguda: do histórico ao tratamento. 2022. 49 f. Monografia (Graduação em Biomedicina) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2022.https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/50465A leucemia promielocítica aguda (LPA) é um subtipo de leucemia mieloide aguda caracterizada por eventos hemorrágicos que podem causar a evolução do paciente a óbito, caso não sejam contornados rapidamente, sendo necessário, portanto, diagnóstico rápido e preciso para que o tratamento seja iniciado precocemente. Tendo em vista o papel do profissional biomédico na contribuição para o diagnóstico de patologias, o objetivo deste trabalho foi realizar um levantamento bibliográfico sobre a LPA, compreendendo sua definição, histórico, apresentação clínica, fisiopatologia, epidemiologia, diagnóstico e tratamento, a fim de reunir informações sobre esta neoplasia. Para isso, foram realizadas pesquisas nos bancos de dados PubMed, SciELO, Google Acadêmico e Science Direct, no período entre os meses de maio e dezembro de 2022, utilizando as chaves de busca que combinavam “leucemia promielocítica aguda” e uma segunda palavra-chave, como “sangramento”, “ácido trans-retinoico”, “coagulopatias”, “leucemia mieloide aguda”, diagnóstico”, “prognóstico”, “translocação”, “incidência”, “doenças hemostáticas”, assim como seus correspondentes em inglês e abreviaturas “LPA”, “APL”, “LMA”, “AML” e “ATRA”. Os resultados demonstram que a leucemia promielocítica aguda tem como fisiopatologia a ocorrência de alterações cromossômicas, mais frequentemente a translocação cromossômica recíproca t(15;17)(q22;q21), levando à formação da proteína de fusão PML/RARα, que causa o bloqueio da maturação dos granulócitos no estágio de promielócitos. Os pacientes são acometidos por um estado de coagulopatia severa que pode ter desfecho fatal precoce quando não contornado rapidamente e cujas principais complicações clínicas são quadros hemorrágicos e trombóticos. Felizmente, o prognóstico dessa doença sofreu uma conversão de “forma mais maligna de leucemia aguda” para “altamente curável” ao longo dos anos, graças a implementação de terapias que combinam derivados do ácido retinoico e trióxido de arsênio para a indução da maturação dos promielócitos anômalos e degradação da oncoproteína de fusão. O diagnóstico é feito por um conjunto de exames, que englobam desde a apresentação clínica até os exames laboratoriais com a análise de aspirado de medula óssea por técnicas genético-moleculares, sendo a reação em cadeia da polimerase seguida de transcriptase reversa o padrão ouro para o diagnóstico e acompanhamento da doença. A partir dos resultados obtidos, é possível concluir que a LPA é uma patologia cuja história compreende diversos avanços científicos, que contribuíram positivamente para a mudança de prognóstico da doença. Além disso, é reforçada a importância de um profissional capacitado para o reconhecimento das anormalidades laboratoriais e consequente direcionamento do diagnóstico, contribuindo para o contorno precoce de eventos hemorrágicos e consequente óbito.Acute promyelocytic leukemia (APL) is a subtype of acute myeloid leukemia characterized by hemorrhagic events that can cause the patient's death, if not resolved quickly, thus requiring rapid and accurate diagnosis so that treatment can be started early. Considering the role of the biomedical professional in contributing to the diagnosis of pathologies, the main of this work was to perform a bibliographic survey on APL, including its definition, history, clinical presentation, pathophysiology, epidemiology, diagnosis and treatment, in order to gather information about this neoplasm. To this end, searches were conducted in PubMed, SciELO, Google Scholar and Science Direct databases, in the period between May and December 2022, using search keys that combined “acute promyelocytic leukemia” and a second keyword, such as “bleeding”, “trans-retinoic acid”, “coagulopathies”, “acute myeloid leukemia”, “diagnosis”, “prognosis”, “translocation”, “incidence”, “hemostatic diseases”, as well as their English counterparts and abbreviations “LPA”, “APL”, “LMA”, “AML” and “ATRA”. The results show that acute promyelocytic leukemia has as its pathophysiology the occurrence of chromosomal alterations, most frequently the reciprocal chromosomal translocation t(15;17)(q22;q21), leading to the formation of the PML/RARα fusion protein, which causes the blockage of granulocyte maturation at the promyelocyte stage. Patients are affected by a state of severe coagulopathy that can have an early fatal outcome if not resolved quickly and whose main clinical complications are hemorrhagic and thrombotic conditions. Fortunately, the prognosis of this disease has undergone a conversion from "most malignant form of acute leukemia" to "highly curable" over the years, thanks to the implementation of therapies that combine retinoic acid derivatives and arsenic trioxide to induce maturation of the abnormal promyelocytes and degradation of the fusion oncoprotein. The diagnosis is made by a set of tests taht range from the clinical presentation to laboratory tests with the analysis of bone marrow aspirate by genetic-molecular techniques, being the polymerase chain reaction followed by reverse transcriptase the gold standard for the diagnosis and monitoring of the disease. From the results obtained, it is possible to conclude that APL is a pathology whose history includes several scientific advances, which have contributed positively to the change in the prognosis of the disease. In addition, the importance of a trained professional for the recognition of laboratory abnormalities and the consequent direction of the diagnosis is reinforced, contributing to the early outline of bleeding events and consequent death.Universidade Federal do Rio Grande do NorteBiomedicinaUFRNBrasilCentro de BiociênciasAttribution-NonCommercial-ShareAlike 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA::CLINICA MEDICA::HEMATOLOGIALeucemia promielocítica agudaPromielócitosÁcido retinoicoTrióxido de arsênioAcute promyelocytic leukemiaPromyelocytesRetinoic acidArsenic trioxideLeucemia promielocítica aguda: do histórico ao tratamentoAcute promyelocytic leukemia: from history to treatmentinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALLeucemiaPromielociticaAguda_Araujo_2022.pdfLeucemiaPromielociticaAguda_Araujo_2022.pdfapplication/pdf926426https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/50465/1/LeucemiaPromielociticaAguda_Araujo_2022.pdf97d8938c4e1e11a35f691738a01cc83aMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-81037https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/50465/2/license_rdf996f8b5afe3136b76594f43bfda24c5eMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81484https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/50465/3/license.txte9597aa2854d128fd968be5edc8a28d9MD53123456789/504652023-01-03 14:04:23.392oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/50465Tk9OLUVYQ0xVU0lWRSBESVNUUklCVVRJT04gTElDRU5TRQoKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIGRlbGl2ZXJpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBNci4gKGF1dGhvciBvciBjb3B5cmlnaHQgaG9sZGVyKToKCgphKSBHcmFudHMgdGhlIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIFJpbyBHcmFuZGUgZG8gTm9ydGUgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgb2YKcmVwcm9kdWNlLCBjb252ZXJ0IChhcyBkZWZpbmVkIGJlbG93KSwgY29tbXVuaWNhdGUgYW5kIC8gb3IKZGlzdHJpYnV0ZSB0aGUgZGVsaXZlcmVkIGRvY3VtZW50IChpbmNsdWRpbmcgYWJzdHJhY3QgLyBhYnN0cmFjdCkgaW4KZGlnaXRhbCBvciBwcmludGVkIGZvcm1hdCBhbmQgaW4gYW55IG1lZGl1bS4KCmIpIERlY2xhcmVzIHRoYXQgdGhlIGRvY3VtZW50IHN1Ym1pdHRlZCBpcyBpdHMgb3JpZ2luYWwgd29yaywgYW5kIHRoYXQKeW91IGhhdmUgdGhlIHJpZ2h0IHRvIGdyYW50IHRoZSByaWdodHMgY29udGFpbmVkIGluIHRoaXMgbGljZW5zZS4gRGVjbGFyZXMKdGhhdCB0aGUgZGVsaXZlcnkgb2YgdGhlIGRvY3VtZW50IGRvZXMgbm90IGluZnJpbmdlLCBhcyBmYXIgYXMgaXQgaXMKdGhlIHJpZ2h0cyBvZiBhbnkgb3RoZXIgcGVyc29uIG9yIGVudGl0eS4KCmMpIElmIHRoZSBkb2N1bWVudCBkZWxpdmVyZWQgY29udGFpbnMgbWF0ZXJpYWwgd2hpY2ggZG9lcyBub3QKcmlnaHRzLCBkZWNsYXJlcyB0aGF0IGl0IGhhcyBvYnRhaW5lZCBhdXRob3JpemF0aW9uIGZyb20gdGhlIGhvbGRlciBvZiB0aGUKY29weXJpZ2h0IHRvIGdyYW50IHRoZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSaW8gR3JhbmRlIGRvIE5vcnRlIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdCB0aGlzIG1hdGVyaWFsIHdob3NlIHJpZ2h0cyBhcmUgb2YKdGhpcmQgcGFydGllcyBpcyBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZpZWQgYW5kIHJlY29nbml6ZWQgaW4gdGhlIHRleHQgb3IKY29udGVudCBvZiB0aGUgZG9jdW1lbnQgZGVsaXZlcmVkLgoKSWYgdGhlIGRvY3VtZW50IHN1Ym1pdHRlZCBpcyBiYXNlZCBvbiBmdW5kZWQgb3Igc3VwcG9ydGVkIHdvcmsKYnkgYW5vdGhlciBpbnN0aXR1dGlvbiBvdGhlciB0aGFuIHRoZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSaW8gR3JhbmRlIGRvIE5vcnRlLCBkZWNsYXJlcyB0aGF0IGl0IGhhcyBmdWxmaWxsZWQgYW55IG9ibGlnYXRpb25zIHJlcXVpcmVkIGJ5IHRoZSByZXNwZWN0aXZlIGFncmVlbWVudCBvciBhZ3JlZW1lbnQuCgpUaGUgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZG8gUmlvIEdyYW5kZSBkbyBOb3J0ZSB3aWxsIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZnkgaXRzIG5hbWUgKHMpIGFzIHRoZSBhdXRob3IgKHMpIG9yIGhvbGRlciAocykgb2YgdGhlIGRvY3VtZW50J3MgcmlnaHRzCmRlbGl2ZXJlZCwgYW5kIHdpbGwgbm90IG1ha2UgYW55IGNoYW5nZXMsIG90aGVyIHRoYW4gdGhvc2UgcGVybWl0dGVkIGJ5CnRoaXMgbGljZW5zZQo=Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2023-01-03T17:04:23Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
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