Eventos adversos musculoesqueléticos reportados durante o treino em esteira em indivíduos com acidente vascular cerebral: uma revisão sistemática

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Samara Katiane Rolim de
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/35931
Resumo: RESUMO Introdução: O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma das doenças que mais causam incapacidade, levando a comprometimentos na marcha e limitações funcionais importantes. O treinamento em esteira ergométrica tem se mostrado benéfico no tratamento de sequelas pós-AVC, em grande parte pelo esforço musculoesquelético promovido pela atividade. Com isso, é possível presumir que algum risco ou injúria em potencial possa ocorrer por conta desse treinamento. No entanto, os eventos adversos ocorridos em estudos envolvendo treino em esteira não tem sido bem reportados na literatura. Objetivos: Analisar os eventos adversos musculoesqueléticos reportados em ensaios clínicos envolvendo treino de marcha em esteira para reabilitação de indivíduos que sofreram AVC. Metodologia: Este estudo caracteriza-se como uma revisão sistemática de intervenções que praticaram treino de marcha em esteira após AVC. A busca dos estudos foi realizada nas bases de dados: MEDLINE Ovid; CINAHL EBSCO; CENTRAL; PsycINFO Ovid; LILACS Bireme; SPORTDiscus EBSCO; PEDro, nos meses de outubro e novembro de 2019, sem restrição de data de publicação, incluindo estudos com texto completo disponível na língua inglesa. Três revisores independentes avaliaram os títulos e resumos a partir das pesquisas; em seguida, avaliaram a elegibilidade dos potenciais textos completos e extraíram os dados relevantes. Os desfechos considerados foram os eventos adversos musculoesqueléticos reportados nos ensaios clínicos. A classificação relacionada aos eventos musculoesqueléticos foi realizada a posteriori. Os dados foram expostos conforme as características dos estudos incluídos, a descrição da intervenção (treino em esteira) e dos eventos adversos. Resultados: A busca gerou um total 53.068 estudos; após seleção, permaneceram 250 potenciais elegíveis, dos quais 39 mencionaram eventos adversos em seu texto, tabela ou gráfico, sendo que 15 deles reportaram eventos adversos de natureza musculoesquelética (avaliados e/ou ocorridos). A maioria dos estudos incluídos (11) foram ensaios controlados randomizados, nos quais os participantes eram de ambos os sexos, com AVC de qualquer etiologia (60%) e principalmente na fase crônica (80%). Nos estudos, o treino em esteira foi realizado em pelo menos um grupo (ou braço), de forma isolada ou associado com outra intervenção durante o treino. O evento dor foi apontado em 53% dos estudos, e juntamente com o evento queda – apontado em 40%, foram os mais reportados. Os estudos em sua maioria não realizaram a classificação dos eventos adversos de acordo com a sua gravidade, e muitos não deixaram claro a que grupo pertenciam os pacientes que apresentaram os eventos. Poucos estudos reportaram o uso de instrumentos padronizados de avaliação de eventos adversos. Conclusão: Os resultados nos mostram uma necessidade de descrição mais adequada dos eventos adversos nos ensaios clínicos de reabilitação, em razão dos falhos relatos sobre os eventos musculoesqueléticos. Além disso, indicam que o treino em esteira pode ser uma fonte de danos musculoesqueléticos em potencial, e com isso, evidencia-se a importância de um monitoramento sistemático dos eventos adversos musculoesqueléticos em estudos futuros sobre o tema.
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Com isso, é possível presumir que algum risco ou injúria em potencial possa ocorrer por conta desse treinamento. No entanto, os eventos adversos ocorridos em estudos envolvendo treino em esteira não tem sido bem reportados na literatura. Objetivos: Analisar os eventos adversos musculoesqueléticos reportados em ensaios clínicos envolvendo treino de marcha em esteira para reabilitação de indivíduos que sofreram AVC. Metodologia: Este estudo caracteriza-se como uma revisão sistemática de intervenções que praticaram treino de marcha em esteira após AVC. A busca dos estudos foi realizada nas bases de dados: MEDLINE Ovid; CINAHL EBSCO; CENTRAL; PsycINFO Ovid; LILACS Bireme; SPORTDiscus EBSCO; PEDro, nos meses de outubro e novembro de 2019, sem restrição de data de publicação, incluindo estudos com texto completo disponível na língua inglesa. Três revisores independentes avaliaram os títulos e resumos a partir das pesquisas; em seguida, avaliaram a elegibilidade dos potenciais textos completos e extraíram os dados relevantes. Os desfechos considerados foram os eventos adversos musculoesqueléticos reportados nos ensaios clínicos. A classificação relacionada aos eventos musculoesqueléticos foi realizada a posteriori. Os dados foram expostos conforme as características dos estudos incluídos, a descrição da intervenção (treino em esteira) e dos eventos adversos. Resultados: A busca gerou um total 53.068 estudos; após seleção, permaneceram 250 potenciais elegíveis, dos quais 39 mencionaram eventos adversos em seu texto, tabela ou gráfico, sendo que 15 deles reportaram eventos adversos de natureza musculoesquelética (avaliados e/ou ocorridos). A maioria dos estudos incluídos (11) foram ensaios controlados randomizados, nos quais os participantes eram de ambos os sexos, com AVC de qualquer etiologia (60%) e principalmente na fase crônica (80%). Nos estudos, o treino em esteira foi realizado em pelo menos um grupo (ou braço), de forma isolada ou associado com outra intervenção durante o treino. O evento dor foi apontado em 53% dos estudos, e juntamente com o evento queda – apontado em 40%, foram os mais reportados. Os estudos em sua maioria não realizaram a classificação dos eventos adversos de acordo com a sua gravidade, e muitos não deixaram claro a que grupo pertenciam os pacientes que apresentaram os eventos. Poucos estudos reportaram o uso de instrumentos padronizados de avaliação de eventos adversos. Conclusão: Os resultados nos mostram uma necessidade de descrição mais adequada dos eventos adversos nos ensaios clínicos de reabilitação, em razão dos falhos relatos sobre os eventos musculoesqueléticos. Além disso, indicam que o treino em esteira pode ser uma fonte de danos musculoesqueléticos em potencial, e com isso, evidencia-se a importância de um monitoramento sistemático dos eventos adversos musculoesqueléticos em estudos futuros sobre o tema.ABSTRACT Introduction: Stroke is one of the diseases that most cause disability, leading to impaired gait and important limitations. Treadmill training has been beneficial in the treatment of post-stroke sequelae, largely due to the musculoskeletal effort promoted by the activity. With this, it is possible to assume that some potential risk or injury will occur due to this training. However, adverse events in studies involving treadmill training have not been well reported in the literature. Objectives: To analyze musculoskeletal adverse events reported in trials involving treadmill training for the rehabilitation of a companion who suffered a stroke. Methodology: This study stands out as a systematic review of treatment that practiced treadmill training after a stroke. The search for studies carried out in the databases: MEDLINE Ovid; CINAHL EBSCO; CENTRAL; PsycINFO Ovid; LILACS Bireme; SPORTDiscus EBSCO; PEDro, in the months of October and November 2019, without restriction of publication data, including studies with text available in English. Three independent reviewers evaluated the titles and abstracts from the research; then they assessed the eligibility of the full texts and extracted the relevant data. The outcomes considered were the musculoskeletal adverse events reported in clinical trials. The classification related to musculoskeletal events was performed a posteriori. The data were exposed as characteristics of the included studies, a description of the intervention (treadmill training) and adverse events. Results: The search generated a total of 53,068 studies; after selection, 250 eligible potentials will remain, of which 39 mentioned adverse events in their text, table or graph, with 15 of them reporting musculoskeletal adverse events (taken and / or occurred). Most of the included studies (11) were randomized controlled trials, in which the participants were of both sexes, with strokes of any etiology (60%) and mainly in the chronic phase (80%). In the studies, treadmill training was performed in at least one group (or arm), in isolation or associated with another intervention during training. The pain event was reported in 53% of the studies, and together with the fall event - reported in 40%, were the most reported. Most studies did not classify adverse events according to their severity, and many were not clear that the group belonged to the patients who classify the events. Few studies have reported the use of standardized instruments to assess adverse events. Conclusion: The results show us a need for a more adequate description of adverse events in rehabilitation trials, due to the poor reports on musculoskeletal events. In addition, they indicate that treadmill training can be a source of potential musculoskeletal damage, and with that, the importance of systematic monitoring of musculoskeletal adverse events in future studies on the topic is highlighted.Universidade Federal do Rio Grande do NorteUFRNBrasilFisioterapiaPalavras-chave: Reabilitação, Fisioterapia Neurológica, Desordens Neurológicas da Marcha.Keywords: Rehabilitation, Neurological Physiotherapy, Neurological Disorders of the March.Eventos adversos musculoesqueléticos reportados durante o treino em esteira em indivíduos com acidente vascular cerebral: uma revisão sistemáticainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALEventosadversosmusculoesqueléticos_Oliveira_2020Texto Completoapplication/octet-stream527739https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/35931/1/Eventosadversosmusculoesquel%c3%a9ticos_Oliveira_202060f0c6af584f7062c7b2f586b7c955d2MD51LICENSElicense.txttext/plain714https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/35931/2/license.txt7278bab9c5c886812fa7d225dc807888MD52TEXTEventosadversosmusculoesqueléticos_Oliveira_2020.txtExtracted texttext/plain52618https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/35931/3/Eventosadversosmusculoesquel%c3%a9ticos_Oliveira_2020.txt5362b2d38d508ffebf4d09dee2c2b5e4MD53123456789/359312021-09-20 15:01:06.304oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/35931PGNlbnRlcj48c3Ryb25nPkZFREVSQUwgVU5JVkVSU0lUWSBPRiBSSU8gR1JBTkRFIERPIE5PUlRFPC9zdHJvbmc+PC9jZW50ZXI+CjxjZW50ZXI+PHN0cm9uZz5ESUdJVEFMIE1PTk9HUkFQSFMgTElCUkFSWTwvc3Ryb25nPjwvY2VudGVyPgoKPGNlbnRlcj5BdXRob3JpemF0aW9uIFRlcm0gZm9yIHRoZSBhdmFpbGFiaWxpdHkgb2YgTW9ub2dyYXBocyBmb3IgVW5kZXJncmFkdWF0ZSBhbmQgU3BlY2lhbGl6YXRpb24gaW4gdGhlIERpZ2l0YWwgTGlicmFyeSBvZiBNb25vZ3JhcGhzIChCRE0pPC9jZW50ZXI+CgpBcyB0aGUgY29weXJpZ2h0IG93bmVyIG9mIHRoZSBtb25vZ3JhcGgsIEkgYXV0aG9yaXplIHRoZSBGZWRlcmFsIFVuaXZlcnNpdHkgb2YgUmlvIEdyYW5kZSBkbyBOb3J0ZSAoVUZSTikgdG8gbWFrZSBhdmFpbGFibGUgdGhyb3VnaCB0aGUgRGlnaXRhbCBMaWJyYXJ5IG9mIE1vbm9ncmFwaHMgb2YgVUZSTiwgd2l0aG91dCByZWltYnVyc2VtZW50IG9mIGNvcHlyaWdodCwgYWNjb3JkaW5nIHRvIExhdyA5NjEwLzk4ICwgdGhlIGZ1bGwgdGV4dCBvZiB0aGUgd29yayBzdWJtaXR0ZWQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHJlYWRpbmcsIHByaW50aW5nIGFuZCAvIG9yIGRvd25sb2FkaW5nLCBhcyBhIG1lYW5zIG9mIGRpc3NlbWluYXRpbmcgQnJhemlsaWFuIHNjaWVudGlmaWMgcHJvZHVjdGlvbiwgYXMgb2YgdGhlIGRhdGUgb2Ygc3VibWlzc2lvbi4KRepositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2021-09-20T18:01:06Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false
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